quarta-feira, 6 de julho de 2011

Light / Cemig e a explosão de Bueiros tem endereço


Vamos entender o caso:

1996, Maio - José Serra (PSDB/SP) privatizou a Light quando conduziu o programa neoliberal de privatização no governo FHC, como ministro do planejamento, alegando que a mão invisível do mercado é que tinha dinheiro para investir.

1996 a 2009 - A Light privatizada não investiu como Serra alegava que faria. Sofreu todo tipo de especulação financeira, trocou de mãos algumas vezes depois de privatizada, demitiu técnicos e terceirizou serviços com mão-de-obra barata e menos qualificada; e deixou de investir na manutenção da rede e na troca de equipamentos antigos, com "prazo de validade" vencido, que estão explodindo em série.

2009, Dezembro - Aécio Neves (PSDB/MG), quando era governador de Minas, recomprou o controle da Light (que pertencia à Andrade Gutierrez, entre outros acionistas privados), através da CEMIG. Agora ele é o responsável político direto pela lerdeza da empresa em fazer manutenção e troca de equipamentos vencidos, que colocam a vida da população em risco.

Conclusão: Os acionistas privados deixaram parte da rede da Light "apodrecer", tirando o máximo de lucros da empresa, sem gastar o necessário com manutenção. Venderam a empresa "bichada" pelo preço de nova ao então governador Aécio Neves, passando a sucata para a conta do estado (através da CEMIG) pagar o conserto caro que terá que fazer, e que não foi feito em mais de uma década privatizada.

Esse é o choque de gestão demo-tucano. Privatizam os lucros para os magnatas amigos e financiadores de campanha dos tucanos e socializam os prejuízos para o povão pagar a conta.

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