segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
2013, a luta continua
"Nossos adversários políticos fracassaram em três eleições presidenciais consecutivas. E pior: perderam o bonde da história e a confiança popular. Falta-lhes voto, sobra-lhes ódio.
Como conseguirão fazer com que 40 milhões de brasileiros que saíram da pobreza mais aviltante e ingressaram na classe média, retornem às condições miseráveis em que viviam? O que farão com milhares de jovens pobres, negros e indígenas, antes discriminados e sem oportunidade, que encontraram abertos os portões das universidades através do revolucionário Pro-Uni? Os expulsarão?
A elite mais reacionária e preconceituosa, que em 2012 transbordou em seu ódio ideológico, em seu preconceito social e na congênita e sabida mesquinhez, não mais pode conter sua ira quando se viu obrigada a viajar em aviões lotados por trabalhadores e suas famílias, por exemplo. A autêntica perversão de reinar sobre um país pauperizado, doente, sem instrução e sem amanhã, foi derrotada pelo nascimento de uma Nação mais justa e fraterna.
Porém, há uma parcela importante da classe dominante, representada por articulistas da grande imprensa, empresários monopolistas e banqueiros ligados aos partidos da direita, como o PSDB e o DEM, pseudo-intelectuais e oportunistas de toda sorte, que não aceitam de forma alguma - claramente sofrendo inusitada dor íntima – o fato de que um operário e uma ex-presa política chegaram à presidência do Brasil e realizaram (e realizam) governos reconhecidamente exitosos, competentes e com imenso prestígio nacional e internacional. Dói no íntimo dessa malta de ressentidos que o seu escolhido, o incensado “príncipe dos sociólogos”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um ex-marxista envergonhado, carregue a marca de ter quebrado o Brasil em três diferentes oportunidades, de ter vendido o melhor do patrimônio público a preço vil em processo de privatização verdadeiramente doloso"
Comentário de João Paulo Lamberg:
Tentam desestabilizar o governo e tentam minar a imagem do ex-presidente a qualquer custo, em vão. O Brasil é o único País onde a imprensa tenta derrubar um ex-presidente.
Sabe porque não conseguirão?
O poder de compra dos trabalhadores, da nova classe média, dos que realmente trabalham e constroem a grandeza do país está movimentando nossa economia. Hoje filho de pedreiro têm acesso a universidade. Hoje o Brasil é visto de outros olhos lá fora, deixamos de ser apenas o País do Samba e do Futebol para ser o País dos Negócios, dos Grandes Eventos. A Petrobras de hoje, não é a que quiseram transformar em Petrobráx só pra agradar estrangeiros, a Petrobras de hoje é a Petrobrás do pré-sal e de dias melhores. A Petrobras de hoje não é a Petrobras da
P-36 que afundou, hoje a Petrobras constrói suas plataformas em seu próprio País, gerando empregos. As taxas de juros são as menores da história, pela primeira vez uma presidente enfrentou os bancos privados. Ano que vêm a meta é reduzir as tarifas da conta de luz (apesar do lobby de alguns políticos aliados as empresas de energia elétrica), afinal acaba sobrando mais dinheiro para o consumidor poder movimentar ainda mais a economia.
Deixamos de ser o País do futuro pra ser o País do AGORA! E vamos continuar caminhando, seguindo em frente...Retroceder, JAMAIS!
APESAR DE VOCÊS!
MÍDIA, OPOSIÇÃO E OS QUE TORCEM CONTRA
CONTINUAREMOS CAMINHANDO, SEM RETROCEDER!
sábado, 29 de dezembro de 2012
Aécio aparelha Light
Aécio Neves (PSDB-MG), quando era governador, usou a CEMIG para comprar o controle da Light (distribuidora de eletricidade no Rio).
Aparelhou a empresa com políticos compadres do DEM, PSDB e PPS. Resultado: Privataria Tucana e APAGÃO!
Está explicado Aécio ser contra a CEMIG baixar a conta de luz.
Os demotucanos são uma mãe para banqueiros e investidores. Primeiro privatizaram a Light na bacia das almas, dizendo que a iniciativa privada iria investir na empresa. Depois do apagão do racionamento de 2001, depois de subir tarifas, depois que tiraram o lucro sem investir, Aécio Neves (PSDB-MG), quando era governador, comprou de volta o controle da empresa sucateada, ao preço que o Grupo Andrade Gutierrez quis vender.
Mas os problemas não acabaram. A empresa continua sucateada, a terceira pior entre 33 do Brasil no ranking da ANEEL. Bueiros explodiram nas ruas. Vive faltando luz em diversos bairros do Rio e, agora, até nos Aeroportos. É nisso que dá o choque de gestão demotucano.
Aécio arrumou uma boquinha na Light para políticos demotucanos que moram na Bahia e em Pernambuco, mesmo a empresa sendo no Rio. O ex-genro de FHC, David Zylbersztajn (PSDB-RJ), que está em todas, também está lá.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
UMA DÉCADA DE PROGRESSO: Partido completará uma década na presidência em 1º de janeiro com uma vantagem competitiva extra na briga do poder: Lula continua popular; Dilma, idem.
Brasil 247
ECONOMIA
Sem dúvida, a grande responsável pela reeleição de Lula, em 2006, e a eleição de Dilma, em 2010. A grosso modo, Lula manteve alguns pilares básicos da gestão do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, como o câmbio flutuante, o regime de metas de inflação, a autonomia relativa do Banco Central… Mas acrescentou uma postura mais intervencionista na economia. Os bancos públicos, por exemplo, foram usados para forçar a queda dos juros na ponta.
As políticas compensatórias, como o Bolsa Família, antes de instrumentos de inclusão social, viraram políticas de inclusão econômica. Com isso, empresas antes satisfeitas com o atendimento às classes média e média-alta, viram um novo mercado, muito mais numeroso. Surgia uma nova classe média. O salário mínimo, deliberadamente, passou a ter aumentos reais mais significativos, elevando o poder de compra.
A economia no governo Lula passou a crescer mais, chegando a mais de 5% nos últimos anos lulistas. Com Dilma, os números caíram, mas ainda assim o PIB aumentou mais, na média, do que no período FHC.
POLÍTICA EXTERNA
Alvo constante das críticas da oposição, a relação do Brasil com o mundo também mudou no reinado petista em Brasília. A prioridade deixou de ser a relação com a Alca e os Estados Unidos, e mercados antes quase ignorados, como o Oriente Médio, ganharam fôlego na política externa petista.
Lula, aproveitando-se da popularidade e do simbolismo do “ex-operário pobre” que chegou à presidência, correu o mundo tentando dar protagonismo ao país. Foi chamado de “o cara” pelo presidente Obama; tentou, sem sucesso, ajudar na negociação entre palestinos e judeus. O resultado prático não foi tão evidente. Mas a diversificação de mercados acabou ajudando, depois do declive americano a partir de 2008, seguido pelo europeu.
MÍDIA
Poucas vezes, ou talvez nunca, a grande imprensa foi tão impiedosa com um governo federal quanto nos últimos 10 anos. Em 2010, a presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Maria Judith Brito, chegou a admitir que a imprensa estaria atuando como um partido de oposição: “Obviamente que os meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”. O resultado prático dessa “posição oposicionista” foi inócuo, já que Lula continuou popular, foi reeleito e elegeu Dilma, que também é muito popular.
Para fazer frente à “velha” e grande mídia, surgiram blogs simpáticos ao Planalto, logo apelidados de “blogs progressivos”, ou “blogs sujos”. Foram, e ainda são, acusados de serem chapa branca. Nos dez anos de PT no poder, uma nova palavra ganhou a internet: o PIG, ou Partido da Imprensa Golpista. A resposta veio no mesmo tom, criando-se o JEG, ou Jornalismo da Esgotofera Governista.
O PT, mas principalmente Lula e Dilma, ficou em situação embaraçosa. Sem querer comprar briga com os grandes grupos, protelaram e protelam qualquer discussão sobre uma regulação na mídia, nos moldes do que fez a presidente argentina Cristina Kirchner. São criticados pelos aliados por isso; e são igualmente criticados pela chamada grande mídia, que vê no partido e no governo federal uma “vontade” pouco oculta de controlar a imprensa.
Mais Acesso à EDUCAÇÃO:
Educação superior avançou substancialmente, em número de matriculados e de conclusões dos cursos de Graduação.
A boa notícia é que o número de matrículas e de alunos concluintes de cursos superiores no Brasil não para de crescer...
Daí a primeira lição aos oposicionistas - aqueles que acreditam, por conta de sua síndrome de vira-latas, que tudo vai mal no país e que nosso futuro está ameaçado - não adianta jogar contra o país, pois não é simulando más notícias que vocês vão convencer alguém a votar contra o governo atual e por consequência devolver o governo às elites conservadoras, hoje representadas pelos PSDBistas, DEMocratas e PPSistas...
POLÍTICA PARA O MÍNIMO EXPLICA CICLO DO PT
Brasil 247
A média de aumentos no salário base no governo de Fernando Henrique Cardoso, com efeito, foi de R$ 17,50 ao ano. Lula mais do que dobrou esse número em seus oito anos no Palácio do Planalto (R$ 38,57 anualmente, na média). Com Dilma, nova expansão na média (R$ 56). Em dólares, o quadro fica ainda mais favorável aos petistas, uma vez que, a partir de 1999, a desvalorização do real jogou para baixo o valor relativo do mínimo (veja o gráfico acima). Em dólares, por exemplo, o mínimo começa 2013 valendo US$ 322,85. Lembrando que ele começou 2003, primeiro ano de Lula, em US$ 77 -- depois de atingir um pico de US$ 120 em 1998, sob FHC -- e praticamente não parou de elevar-se desde então.
São números incontestáveis. Com FHC, houve retrocesso. Com Lula, transferência de renda. A partir daí, claro, podem-se fazer julgamentos políticos. Um deles é que os últimos anos foram beneficiados por um mundo melhor na economia, ao contrário do período dos tucanos no poder, com crises frequentes em todos os continentes. Mas esse argumento esbarra na situação mundial desde 2008, com a crise americana.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Filha de Serra na revista de bilionários e no Mercado Livre
A filha do governador José Serra (PSDB/SP), Verônica Allende Serra, mostra-se uma verdadeira "Ronaldinha" nas artes de fazer fortuna no regime capitalista.
O talento capitalista é tão grande que ela já aparece nas páginas on-line da revista Forbes (dedicada a bilionários e milionários do mundo, encabeçada por gente da estirpe de Bill Gates, George Soros, Carlos Slim, etc).
Sua presença na revista Forbes, é porque ela já é sócia e membro da multinacional e maior empresa de leilão na internet da América Latina, Mercado Libre (Mercado Livre, no Brasil). A filha de José Serra, ocupa destacada posição na diretoria entre os 10 principais executivos (top-10).
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
CAI CONFIANÇA DO LEITOR NA IMPRENSA TRADICIONAL
Pesquisa Datafolha mostra que o percentual de pessoas que "confiam muito" na imprensa caiu de 31% para 22%. Por outro lado, a taxa daqueles que "não confiam" de jeito nenhum nos jornais subiu de 18% para 28%. Explicação estaria na partidarização dos grandes grandes grupos de mídia
16 DE DEZEMBRO DE 2012 ÀS 18:41
247 - Pesquisa Datafolha sobre confiança nas instituições mostra que o percentual de pessoas que "confiam muito" na imprensa caiu de 31% para 22%. Já a proporção daqueles que "confiam um pouco" teve queda leve, de 51% para 50%. Por outro lado, a taxa daqueles que "não confiam" de jeito nenhum nos jornais subiu de 18% para 28%, um percentual maior do que os que "confiam muito".
Como a pesquisa chega após meses de intensa cobertura do julgamento do mensalão e após um processo eleitoral, o resultado vem sendo visto por analistas (como Emir Sader, por exemplo) como decorrência da partidarização dos grandes veículos de comunicação. O resutado disso é que, aproximadamente, apenas um a cada cinco brasileiros confia plenamente na imprensa.
Leia abaixo análise do Blog da Cidadania:
Blog da Cidadania - Nos últimos dias, duas pesquisas de opinião (do Ibope e do Datafolha) sobre quem é quem hoje na grande política nacional revelaram um quadro de polarização e de cristalização de posições políticas entre a sociedade, com vantagem renitente para os atuais detentores do poder federal, que, nessas pesquisas, aparecem com popularidade inabalada.
Mas, apesar da reiterada pregação desta e de tantas outras páginas da internet e de pequenos exércitos de militantes virtuais no sentido de que seria "inútil" a campanha da grande imprensa contra Lula, PT e – por tabela – Dilma Rousseff, as pesquisas revelam que, cada um a seu modo, direita e esquerda têm – ou pensam que têm – razão em suas táticas atuais.
Ter razão, claro, no sentido de que ambos os lados confiam em suas estratégias com base em elucubrações racionais e amplamente discutidas internamente. É, pois, ingenuidade achar que a passividade do PT e a virulência da oposição midiática derivam de não saberem o que estão fazendo.
Não há bobinhos no Palácio do Planalto; não há bobinhos no PT; não há bobinhos no PSDB e tampouco há bobinhos na Globo, na Folha, na Veja ou no Estadão. A forma como agem – ou reagem, conforme o lado – ao jogo político é produto de intensa reflexão, de sondagens do eleitorado e de sólidas teorias políticas.
Então você dirá, leitor petista, que a perenidade da aprovação de Lula, Dilma e PT revelada pelas pesquisas mostra que ao menos do lado da direita midiática, se não há "bobinhos", há dementes, pois quanto mais batem nos petistas mais eles se fortalecem perante a opinião pública. E, em alguma medida, pode estar certo. Mas não totalmente.
Vejamos o que acontece do outro lado. As lideranças e os militantes da direita midiática serão tão alucinados que não enxergam que foi inútil tudo o que fizeram de agosto para cá, desde o início concomitante da campanha eleitoral de 2012 e do julgamento do mensalão?
Nem a militância destro-midiática é alucinada nem foi inútil sua campanha anti-Lula, anti-PT e – sempre por tabela – anti-Dilma. Já conversei com muitos desses militantes e sei por que persistem na artilharia incessante contra esses três eixos da situação hoje no Brasil, mas nem precisaria.
Todos se lembram da pregação de dona Judith Brito no Instituto Milenium no sentido de que cabia à imprensa fazer oposição ao governo federal, explicando que a debilidade da oposição, decorrente do desenvolvimento econômico e social do país, requeria o concurso dos meios de comunicação para evitar a "hegemonia lulopetista".
Para quem não sabe, em entrevista ao jornal O Globo, em 2010, no âmbito da campanha eleitoral à Presidência da República, a presidente da Associação Nacional de Jornais e executiva da Folha de S. Paulo, Maria Judith Brito, fez a seguinte declaração:
"A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo"
Leia agora, abaixo, comentário do verbete "Partido da Imprensa Golpista" na Wikipedia.
"A declaração de Maria Judith Brito foi bastante criticada por repórteres e intelectuais, bem como por autoridades ligadas ao governo. As críticas focaram no aparente reconhecimento de que a imprensa estaria, de fato, assumindo um papel de oposição.
Em artigo publicado na Carta Maior, Jorge Furtado afirmou que a presidente da associação teria assumido que a grande imprensa do país virou um 'partido político' e a criticou por não questionar a 'moralidade de seus filiados [ao] assumirem a 'posição oposicionista deste país' enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo'
Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, fez crítica semelhante, afirmando que 'o risco maior para a imprensa vem da própria imprensa, quando os jornais se associam para agir como um partido político'.
O ministro Paulo Vannuchi, titular da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, também criticou a declaração, afirmando que a imprensa 'vem confundindo um papel que é dela — informar, cobrar e denunciar — com o papel do protagonismo partidário'.
Washington Araújo, no Observatório da Imprensa, questiona: 'será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição? (...) Em isso acontecendo... não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?'"
Você pode concordar ou discordar da posição da grande imprensa brasileira – ou de seus maiores componentes –, mas não se pode discordar de que há uma lógica no que faz. Vamos a ela.
É claro que sem as campanhas acusatórias aos petistas e aos aliados deles, estariam com popularidade muito mais alta. Há pouco, Dilma anunciou duas medidas que têm um potencial imensurável de beneficiar a sociedade. O que seja, a forte redução nos juros e no valor da conta de luz.
Imagine você, leitor, o que aconteceria se essas medidas fossem implantadas sem que ninguém tentasse minimizar e até desmentir, ainda que de forma absurda, o potencial delas para melhorar a vida da sociedade e fomentar o desenvolvimento. A esta altura, Dilma teria 99,99% de aprovação.
A mídia, pois, apela à idiotia ou ao preconceito ou à falta de instrução ou ao egoísmo ou à falta de caráter de setores da sociedade – ou a tudo isso junto – para formar seu exército antilulista e antipetista. E consegue. E esse êxito está expresso nos números da pesquisa Datafolha divulgada neste domingo pela Folha de São Paulo, com destaque para Lula, que continua forte como nunca apesar de estar sofrendo uma das maiores ofensivas de seus adversários.
As pessoas, porém, confundem aprovação com intenção de voto e é por isso que alguns não entendem por que Dilma tem 78% de aprovação pessoal, mas só 53% a 57% de intenções de voto para presidente da República.
A explicação é muito simples: aprovação não é pesquisada só entre eleitores, mas também entre quem não vota ainda ou entre quem não vota mais. E também entre quem não quer votar.
Uma analogia pode explicar melhor esse aparente paradoxo: a pessoa pode gostar muito de ir à praia, mas isso não significa que deseje ou pretenda morar na praia, da mesma forma que reconhecer que o governo está indo bem não significa que a pessoa não julgue que pode ir melhor.
A estratégia midiática, portanto, é, sim, racional. É questionável? Claro que é. Afinal, por mais que o engajamento político-partidário da grande imprensa tenha tido êxito no que se propôs (formar uma militância ampla de resistência à possibilidade de "hegemonia lulopetista"), Ibope e Datafolha acabam de mostrar que todo esse esforço tem sido insuficiente.
O contraponto à estratégia da direita midiática é o de auto vitimização dos detentores do poder, o que não seria possível se não houvesse um imenso fundo de verdade na premissa de que Lula, PT e Dilma são alvos de injustiças e violações de seus direitos civis.
Essa estratégia também tem tido largo êxito. E, à diferença da estratégia oposicionista, um êxito majoritário, pois se estão cristalizadas posições contra o governo, igualmente se cristalizaram as posições no sentido de que a imprensa está sendo vista como um legítimo partido político, o que, por si só, não condena, mas descredencia para a crítica.
É claro, evidente e cristalino que quem não é corintiano ou palmeirense não irá levar em conta a opinião de um torcedor do Corinthians sobre o Palmeiras e vice-versa. É o que ocorre com a disputa entre situação petista e oposição demo-tucano-midiática. A maioria já se convenceu de que não dá para levar em conta o noticiário "da Globo" porque "a Globo" odeia o PT.
Resta, pois, a insinuação que o Partido da Imprensa tenta contrabandear dentro do noticiário sobre essas recentes pesquisas Ibope e Datafolha, a de que, aos poucos, a campanha midiática está surtindo efeito. Isso porque os pesquisados revelaram um pouco mais de desagrado com aspectos da governança do país, com destaque para a Segurança, por exemplo.
Essa premissa ignora o fato de que não há nada de inédito ou de espantoso em um contingente maior, mas ainda muito pequeno dos pesquisados, desaprovar aspectos da condução do país pelo governo do PT, pois governos estaduais e municipais de oposição têm sofrido revés muito maior – pesquisas recentes mostram, por exemplo, que 71% dos paulistas não confiam no governador tucano Geraldo Alckmin para resolver os problemas de Segurança que assolam São Paulo.
Além disso, sempre que aumenta o nível de crítica ao governo, a Lula e ao PT na mídia, o efeito imediato é o de aumentar, de alguma maneira, a visão crítica da sociedade sobre este ou aquele aspecto, e essas pesquisas estimulam isso ao fazerem perguntas ao pesquisado que o induzem a refletir sobre o que possa existir de negativo em um governo que considera bom.
Sobre a economia, apesar de a mídia agir como se o crescimento não estivesse diminuindo fortemente no mundo inteiro, praticamente tentando vender que esse é um problema brasileiro, quem não sabe que enquanto aqui não decorre nenhum grande problema por conta da crise internacional nos países que sempre foram o oásis do bem-estar social as famílias estão sendo despejadas de suas casas aos milhares, o desemprego grassa e aquele bem-estar vai sumindo?
Apesar do fato de uma parcela da sociedade entrar nessa onda da mídia, a grande maioria – que as pesquisas dizem ser de quase 80% – sabe muito bem que estamos nos saindo brilhantemente ao navegar por uma crise que assola o planeta inteiro.
Essa é a fraqueza da estratégia da direita midiática, e é devido a ela que o governo federal e a sua titular vão conseguindo não apenas cristalizar, mas aumentar o contingente dos que apoiam o rumo da administração do país. A maioria dos brasileiros está convencida de que a grande imprensa virou mesmo o que até já assumiu que é: um partido político.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Ofensiva contra Lula não tem mais limites
R7
Os antigos donos do poder simplesmente não se conformam de ter perdido o controle do país depois de 500 anos de dominío.
Como não conseguiram recuperá-lo em sucessivas eleições, buscam agora outros meios para impedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff, atingindo o seu principal eleitor, o ex-presidente Lula.
Para atingir este objetivo, tentam desde o início do governo Dilma jogar um contra o outro, buscando desqualificar o PT e as forças sociais que o levaram à vitória em 2002.
Até hoje não funcionou. Ainda ontem, durante visita oficial à França, a presidente Dilma foi a primeira autoridade brasileira a sair em defesa de Lula:
"É sabida a minha admiração, meu respeito e a minha amizade pelo presidente Lula. Portanto, eu repudio todas as tentativas - e esta não será a primeira vez - de tentar destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem".
A iniciativa do debate político no país para a discussão dos grandes temas nacionais deixou de ser do Executivo e do Legislativo e hoje é determinado por uma ação coordenada entre a mídia e as instituições jurídico-policiais, que estabelecem a pauta do noticiário.
Na mesma terça-feira em que uma reportagem do "Estadão" vazou as declarações feitas por Marcos Valério em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em setembro, envolvendo Lula no mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao ser indagado sobre a necessidade da abertura de novas investigações, não pensou duas vezes: "Creio que sim".
Foi o que bastou para que a concorrente "Folha" saísse com a manchete garrafal: "Presidente do Supremo quer Lula investigado no mensalão".
Faltando ainda dois anos para as eleições presidenciais de 2014, só posso atribuir esta ofensiva contra Lula agora ao desespero de setores alijados do poder pelo PT que não conseguem encontrar um candidato viável e confiável. Na falta de um candidato, procuram destruir o outro lado.
Cada vez que sai uma nova pesquisa de opinião mostrando a força de Dilma e Lula no eleitorado e a fragilidade dos candidatos da oposição, parece aumentar o furor dos que não se conformam com as conquistas sociais e econômicas dos últimos anos que garantem a alta popularidade dos líderes petistas, apesar do bombardeio sofrido nos últimos meses.
Desta forma, antes mesmo do julgamento do mensalão terminar, vai começar tudo de novo, quem sabe esticando o caso até as próximas eleições presidenciais, enquanto repousam no Supremo Tribunal Federal toneladas de processos antigos envolvendo outros políticos de outros partidos.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Niemeyer Além da Arquitetura
Mais que um arquiteto, um pensador do mundo e um defensor dos direitos Sociais
Niemeyer, transformador de horizonte
Niemeyer é homenageado pelos comunistas franceses
O edifício sede do Partido Comunista Francês foi projetado em 1966 por Niemeyer, que nada cobrou pelo projeto
"Niemeyer foi um sábio, solidário e comunista!
O povo brasileiro e a humanidade perderam um de seus melhores amigos que viveu ao longo do seculo 20.
Niemeyer foi mais do que um arquiteto, foi um amante da vida e um incansável defensor da igualdade entre todos os seres humanos."
Jornal Cubano destaca a Amizade entre Fidel Castro e Niemeyer
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Tucanos impedem redução da tarifa de energia
Fiesp quer que SP, MG e PR paguem a conta Brasil247
Estados que não aceitaram aderir integralmente às renovações das concessões de energia elétrica "vão ter que arcar com as consequências de frustrar os brasileiros", defende o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf.
PARABÉNS INCOMPETENTES DOS GOVERNOS DO PSDB...ENTÃO AS EMPRESAS DE ENERGIA SÃO MAIS IMPORTANTES QUE OS CONSUMIDORES E A MAIOR COMPETITIVIDADE DA INDUSTRIA BRASILEIRA.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Energia a Preço Justo: Têm Gente Jogando Contra
Os governadores tucanos Geraldo Alckimin (SP), Beto Richa (PR) e Anastasia (MG) com apoio do senador Aécio Neves, deram um tiro no pé, ou melhor, no bolso da população de seus estados, ao não aderirem ao plano da presidenta Dilma para baixar a conta de Luz.
O resto do Brasil todo aderiu. Com isso a queda média nacional na tarifa será de 16,7%. Se os governadores tucanos tivessem aderido, seria 20,2%.
Os tucanos preferiram priorizar o lucro maior dos acionistas da CEMIG, CESP e COPEL do que aliviar o bolso da população, e os custos da industria. A população destes estados será mais penalizada do que o resto do Brasil. Além de pagar tarifa maior, espantará para outros estados novos investimentos industriais que geram empregos, impostos e movimenta a economia.
Os tucanos e acionistas só olharam para o curto prazo. Terão um lucro pouco maior por um, dois ou três anos, depois perderão a concessão das Usinas que estão vencendo, e irão a leilão. Terão que disputar com outras empresas em condições mais desfavoráveis.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Regulação da Mídia: O Ruim Sempre Pode Piorar
Por Venício Lima em Observatório da Imprensa
Apesar do trabalho desenvolvido há décadas por pessoas e/ou entidades da sociedade civil, e apesar do inegável aumento da consciência coletiva sobre a centralidade da mídia na vida cotidiana, não tem havido resposta correspondente dos poderes da República no sentido da proposta e/ou implementação de políticas públicas que promovam a universalização do direito à comunicação em nosso país.
Ao contrário. Ações que representariam avanços relativos, muitas vezes, não são cumpridas, se descaracterizam ou se transformam em inacreditáveis recuos – alguns, com apoio em decisões do Judiciário.
São muitos os exemplos. O principal deles é certamente a própria Constituição de 1988, cuja maioria dos artigos relativos à comunicação social não logrou ser regulamentada decorridos 24 anos de sua promulgação.
Outros, não menos importantes, incluem:
- O decreto que criava o serviço de retransmissão de TV institucional (RTVIs), que foi revogado dois meses depois (2005);
- O resultado do trabalho de duas comissões criadas no âmbito do governo federal para propor uma nova regulamentação para as rádios comunitárias (GT 2003 e GTI 2005), que nunca foi levado em conta;
- O primeiro decreto sobre o modelo de TV digital (2003), que foi substituído por outro apontando para a direção inversa (2006);
- O pré-projeto que transformava a Ancine em Ancinav (2004) que nunca chegou sequer a se tornar projeto, mas seus opositores foram contemplados com a criação do Fundo Setorial do Audiovisual (2006) e, mais recentemente, com a polêmica Lei 12.485/2011;
- As diretrizes originais para a comunicação constantes da primeira versão do III Programa Nacional de Direitos Humanos, PNDH3 (2009) foram alteradas menos de cinco meses depois por novo decreto (2010): excluíram-se as eventuais penalidades previstas no caso de desrespeito às regras definidas; e exclui-se a proposta de elaboração de “critérios de acompanhamento editorial” para a criação de um ranking nacional de veículos de comunicação.
- A convocação e realização da 1ª Confecom – Conferência Nacional de Comunicação, que produziu mais de 600 propostas que jamais saíram do papel (2009);
- Os três decretos que finalmente geraram um anteprojeto de marco regulatório para a comunicação eletrônica (2005, 2006 e 2010) que nunca se tornou público
E por aí vai.
Temas recorrentes
Há de se registrar ainda decisões do poder Judiciário como:
1. A improcedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que sustentava a inconstitucionalidade de quatro artigos do decreto 5820/2006 (TV Digital);
2. A não regulamentação do “direito de resposta” em função da inconstitucionalidade total da antiga Lei de Imprensa;
3. O estabelecimento de uma hierarquia de liberdades que privilegia o direito das empresas sobre o direito do cidadão; e,
4. A recente criação de um Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa no Conselho Nacional de Justiça – onde terão assento as principais entidades representantes da grande mídia – com o objetivo de monitorar as ações judiciais que envolvem o que tem sido chamado de “censura judicial”. Na prática, mais uma proteção à liberdade das grandes empresas de mídia em detrimento do direito do cidadão.
Muitas dessas questões têm sido tratadas neste Observatório mais de uma vez, ao longo do tempo. Não há qualquer novidade nisso.
Os conselhos de comunicação
Há, todavia, um exemplo que merece referência especial pela constatação da incrível impotência de atores da sociedade civil – inclusive, de partidos políticos e parlamentares – além da imensa frustação que representa para aqueles que lutam pela universalização da liberdade de expressão no nosso país: os conselhos de comunicação.
A história é conhecida, mas vale um breve resumo. Ponto principal de disputa na Constituinte de 1987-88, a criação de uma agência reguladora nos moldes da FCC americana se transformou, na undécima hora, no Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Nacional (artigo 224). Regulamentado por lei em 1991, só foi instalado 11 anos depois, em 2002. Funcionou por quatro anos e ficou desativado por cerca de seis anos. Recentemente foi reinstalado de forma autoritária e sob protesto da Frentecom e do FNDC. Sua composição não traduz a ideia da Constituição de 1988, de um órgão plural com representação diversa. Há um claro predomínio de interesses empresarias.
Na primeira sessão do novo CCS, um representante da grande mídia propôs reduzir suas funções regimentais para que sua ação de assessoramento se restrinja apenas às demandas do Congresso Nacional, excluindo, por exemplo, a possibilidade de debate e encaminhamento das propostas aprovadas na 1ª Confecom.
Nos 10 estados (e no Distrito Federal) onde as Constituições e a Lei Orgânica preveem conselhos estaduais de comunicação – a exemplo do CCS –, até hoje apenas na Bahia ele foi instalado (2012) e, mesmo assim, com funcionamento precário.
Em pleno século 21, na contramão de países vizinhos e das democracias liberais consolidadas, permanecemos praticamente sem um único espaço democrático institucionalizado onde questões relativas à universalização da liberdade de expressão possam ser sequer debatidas.
No Brasil, no que se refere à regulação democrática da mídia, o ruim pode sempre piorar. E tem piorado.
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