quarta-feira, 6 de julho de 2011

Argentina critica palavras do Reino Unido sobre Malvinas

Cebrapaz

O MOPASSOL (Movimento pela Paz, a Soberania e a Solidariedade entre os Povos) repudia as bravatas do governo britânico, com as quais ameaça o povo argentino. A nós que trabalhamos pela paz, não nos surpreende essas provocações, típicas de governos de rapinagem e depredação. Como se sabe, em 27 de junho último, o ministro da defesa britânico, Liam Fox, declarou publicamente que “os políticos do outro lado do mundo podem se cansar” das reclamações, mas que as Malvinas seguirão como até agora e que a Grã-Bretanha dispõe de aviões de combate e poder naval “se necessário”, ou seja, estão dispostos a uma agressão militar contra a Argentina.

Essas declarações de um ministro de Estado britânico não deixam nenhuma dúvida sobre a atitude militarista e imperialista da Grã-Bretanha e da OTAN, sobretudo considerando que nosso país está longe de constituir uma ameaça militar para aquela potência nuclear. Por outro lado, tanto o atual governo argentino, quanto os anteriores, têm se ajustado estritamente ao direito internacional, em todas as reivindicações e denúncias sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sanduíche do Sul, submetidas à ocupação militar e à exploração comercial colonialista.

A atitude de nosso governo é digna ao responder serenamente às ameaças de Londres e manter a atividade diplomática dirigida à recuperação dos territórios usurpados, reivindicando a aplicação das resoluções da ONU sobre a descolonização dos arquipélagos do Atlântico Sul.

A base militar que a OTAN mantém em Mount Pleasant (Ilha de Soledad) é uma ameaça militar à Argentina e à América Latina, além disso, há suspeitas fundamentadas de que por ali circulam aviões portando armas nucleares; e está comprovado que submarinos atômicos chegam ao porto próximo desta base. Por tudo isso, o Mopassol participa da Campanha Continental por uma América Latina de Paz, sem bases militares estrangeiras e convoca as organizações populares a mobilizarem-se neste mesmo sentido.


Veja também a Matéria do Portal Terra

Argentina critica palavras do Reino Unido sobre Malvinas

O governo da Argentina chamou nesta segunda-feira de "lamentáveis" as declarações do ministro da Defesa britânico, Liam Fox, sobre a insistente reivindicação de soberania pelo país sul-americano sobre as Ilhas Malvinas e a disposição do Reino Unido em utilizar a força para defender seus direitos no território.

"O Reino Unido continua demonstrando seu desprezo pelo direito ao ignorar os apelos da comunidade internacional em negociar com a Argentina a fim de resolver a disputa de soberania", afirmou o Ministério das Relações Exteriores argentina em nota oficial. Segundo a imprensa britânica, Fox disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva que "os políticos do outro lado do mundo podem falar à vontade que isso não mudará nossa determinação política de reter a independência e a soberania das ilhas Malvinas".

O ministro respondeu deste modo ao ser consultado sobre recentes manifestações da presidente argentina, Cristina Kirchner, nas quais reiterou que "o Reino Unido continua sendo uma "grosseira potência colonial em declínio em pleno século XXI". A governante tachou de "arrogantes" e "medíocres" as declarações do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que sustentou que enquanto as ilhas "quiserem ser território soberano britânico, vão permanecer território soberano britânico, ponto final".

Sobre as discussões em torno da soberania do arquipélago disputado por ambos os países desde a guerra de 1982, Fox advertiu nesta segunda-feira que já há aviões de combate britânicos estacionados nas ilhas. "Temos (aviões) lá. Lançamos uma mensagem muito clara, que é a de que temos também a força naval, se ela for necessária, e certamente a determinação de nos assegurar de que as ilhas Malvinas continuam sendo livres e de que seus habitantes desfrutam da libertação pela qual lutamos tão duramente há 30 anos", disse o ministro da Defesa.

Segundo a Chancelaria argentina, as declarações de Fox "evidenciam mais uma vez a atitude militarista do Reino Unido no Atlântico Sul, que contrasta com a intenção de uma resolução pacífica do conflito insistentemente defendida pela Argentina". O governo de Cristina Kirchner afirmou estar "comprometido" com a busca por uma "solução pacífica", mas advertiu que "não aceitará provocações belicistas como as formuladas pelo ministro da Defesa britânico".

"Em uma época em que o mundo ainda sofre as consequências de uma grave crise econômica, as referências do ministro britânico à excessiva despesa militar de seu país é particularmente infeliz, já que ditos recursos podem ser empregados de maneira mais adequada em benefício da população", disse o Ministério. "A história está cheia de exemplos de governantes que apelaram para um falso nacionalismo como distração de seus problemas internos. Também conhecemos suas lamentáveis consequências", acrescenta a nota.

Buenos Aires lembrou também que o Comitê Especial de Descolonização das Nações Unidas e a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos renovaram recentemente os apelos para um início das negociações entre a Argentina e o Reino Unido sobre a soberania das Malvinas.




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