quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Fumo e a consciência coletiva




Antes, não existiam avisos.

Depois as placas sinalizavam "POR FAVOR NÃO FUMAR NESTE LOCAL"

Mais tarde as placas diziam "PROIBIDO FUMAR NESTE LOCAL". 
Tornou-se até LEI.

Hoje, em ambientes fechados já não é preciso mais de placas e avisos . As pessoas formaram uma consciência coletiva de que não se pode fazer tais hábitos em ambientes fechados e que incomodem outras pessoas que não partilham dos mesmos hábitos.

Isso prova que campanhas educacionais e políticas públicas bem conduzidas podem influenciar no comportamento do indivíduo em pról do coletivo.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Copom reduz taxa básica de juros para 8,5%, a menor desde 1999



O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu para 8,5% ao ano a taxa básica de juros que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). É o nível mais baixo da taxa Selic, desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999.

A redução veio em linha com as expectativas da maioria dos analistas financeiros, como mostra o boletim Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (28).

Foi a sétima redução consecutiva da taxa básica de juros, que chegou a 12,5% em julho do ano passado, começou a declinar no mês seguinte e, desde então, caiu 4 pontos percentuais.


Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada)


A dívida do Governo cai.


A nova regra da poupança exige que todo o sistema financeiro reduza seus custos.


Fundos de investimento vão ter que correr risco e comprar papel das empresas.


Fica mais barato comprar carro e geladeira.


Um horror!

O crime perfeito nas páginas da Veja





O código penal é claro:

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

A liberdade de imprensa, e de expressão, é plena e não cabe falar em retorno de censura. Cada um publica o que bem entende, mas convenhamos que, se uma revista publicar fotos de pedofilia recebidas em "off", seu editor irá preso, e a revista recolhida imediatamente. Ninguém falará que a liberdade de imprensa foi afrontada, nem que houve censura, pois o que se estaria fazendo é combater um crime.

Então por que o mesmo não vale com outros crimes publicados na imprensa, como de calúnia, formação de quadrilha para atividades clandestinas, etc?





terça-feira, 29 de maio de 2012

Exame de voz destaca "segmentos fraudulentos" em fala do ministro Gilmar Mendes




O laudo de uma perícia em análise de frequência de voz aponta trechos "fraudulentos e suspeitos" na entrevista do ministro Gilmar Mendes veiculada nesta segunda-feira (28) pelo canal "GloboNews", sobre um encontro seu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na edição do último domingo (27), a revista Veja publicou reportagem em que o ministro Gilmar Mendes relata um suposto encontro entre ele, Lula e o ex-ministro Nelson Jobim no dia 26 de abril.

Segundo Mendes, o ex-presidente teria insinuado que poderia protegê-lo na CPMI do Cachoeira, que investiga a relação entre políticos e agentes públicos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento dos envolvidos no mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). O escândalo do mensalão, que deve ser julgado em agosto próximo, envolveu pagamentos a parlamentares da base aliada do então presidente Lula em troca de aprovação de projetos no Congresso Nacional.
À emissora de TV, Mendes confirmou o teor da conversa que teria travado com Lula.
Na análise de um total de 3 minutos de trechos da entrevista, foram detectadas 11 ocorrências de "alto risco", cinco de "provável risco" e duas de "baixo risco".


ASSISTA AQUI: 

"Alto risco é uma maneira de dizer que a pessoa está mentindo", afirma o perito responsável pela análise, Mauro Nadvorny.
Nadvorny é diretor-presidente da empresa Truster Brasil, que produz a tecnologia que detecta sinais de tensão, estresse, medo, embaraço e excitação em arquivos de voz.. De acordo com Nadvorny, esses fatores permitem situar declarações em uma escala de veracidade.

Novo formato da Veja



segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Veja e o Gilmar MENTES esqueceram de combinar com o Nelson Jobim





O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou a versão de Veja para os fatos em entrevista ao jornal Zero Hora. Ele confirmou o encontro, realizado em 26 de abril em seu escritório em Brasília, mas garantiu que acompanhou toda a conversa e não surgiu em momento algum o tema do mensalão. Jobim, também ex-ministro do STF, afirmou que o encontro foi agendado a pedido de Lula, que queria visitá-los, e rebateu a afirmação da revista de que não quis negar o teor da conversa. “Como não neguei? Me ligaram e eu disse que não. Eu disse para a Veja que não houve conversa nenhuma.”


Nota oficial sobre reportagem da revista Veja



Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:


1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.


2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.


3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.


4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.


Assessoria de Imprensa do Instituto Lula








Entenda a letra de “Indiretas Já”, do Comédia MTV



Plim Plim coloriu 89, editou pra não ver Lulala = referêcncia ao apoio da Globo a Fernando Collor nas eleições presidenciais (e o boicote ao Lula na edição de um debate entre os então candidat)


Olimpíada não se promove, é bueno a boca calar = referencia às Olimpíadas de Londres, cujos direitos de transmissão foram comprados pela Record e não podem ser mencionadas pelos apresentadores da emissora, como Galvão Bueno

Liberta a raposa do cabo = briga para que a Fox Sports saia da tv a – cabo e vá para a tv aberta

Chato que não deu pra acabar = referência ao filme “Chatô, o Rei do Brasil”, dirigido por Guilherme Fontes e que não foi terminado, embora tenha consumido muitos recursos da Lei de Incentivo à Cultura.

Tem cenoura no angu do Gomes = o Angu do Gomes era uma barraquinha muito famosa no Rio de Janeiro nas décadas de 50 a 80, mas esse trecho se refere ao boato de 2008 onde o ator Mário Gomes teria ido para o hospital com uma cenoura entalada no rabo.

Veste a carapuça pra lá = na época que contou a história da cenoura, Daniel Filho não revelou o nome do ator.

Todo mundo já foi pra band, tem argentino, tem arregão = ida do Pânico pra band onde o argentino é o Bolinha e o arregao é o Ceará.

Quem mexeu com os garis ontem… = Boris Casoy falando mal dos garis e virou piada na net

Nem tudo é possivel sem flores, marido falou muito mais = Chris Flores saiu do Tudo é possivel por causa de a briga com o marido da Ana Hickman

Papa raso quem não teve fama = Paparazzi e as fofocas da TV Fama (da Rede TV)

Erra sete pra desinformar = Referência ao portal R7

Tem gente que não é criativa, copia faz mix por lá = Indireta para a mix tv que copiou os (conceitos dos) programas da mtv;

Mas quando a casseta vai fundo nem adianta miar = sobre o novo programa do Casseta e Planeta e a contratação da Mia Mello para ajudar a melhorar.

Agora é tarde, saturday é sunday = Mais um talk-show (como o Agora É Tarde), o Saturday Night Live brasileiro vai ser no domingo;

Quanto é que custa o Maracanã = sobre as falhas no projeto e orçamento da reforma do estádio;

A tarde é suja de sangue = “A Tarde É Sua”, da Sonia Abraão só mostra morte e sangue nas tardes;

O Rei fazendo operação = Dr. Rey mostrando cirurgias plásticas na Rede TV

Pastor só sai de madrugada, rebanho não pode enxergar = Fala que te escuto, que passa de madruga;

Dizem-me (dízimo) que quem não paga, mais cedo (Macedo) ou mais tarde cai cai = referência às idas e vindas de José Luiz Datena, que saiu da Record do Bispo Macedo sob multa, foi para a Band, depois voltou para Record, foi limado pela diretoria, que colocou ele em horários estranhos, voltou para a Band e hoje apresenta, além do “Brasil Urgente”, o “Quem fica em pé?”, programa em que os perdedores caem em um alçapão;

ET massageou minhas costas, desculpe errei de tv (Rede TV) = O depoimento de Daniela Albuquerque sobre sua experiência física com ETs.

Está a maior zorra na praça, só pra agradar a classe C = “A Praça é Nossa” e “Zorra Total”, que tem a classe C com público-alvo;

Anãozinho, bunda gigante, tem dançarino, competição, vai já pro sofá figurante, reality vale um milhão = Legendários, Rodrigo Faro, A Fazenda?

Um belo monte de artistas, pra gota d’água não cair = Referência ao projeto gota d’água, contra a construção da usina belo monte, que contava com a presença de muitos artistas e que fez um certo buzz na internet.

Mas no delta da cachoeira, tucano não pode sorrir = Fala sobre o imbróglio das suspeitas de corrupção da Construtora Delta, do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Tucano é o símbolo do PSDB.

Calou-se o prefeito na sombra, o André deu perda total = Sobre o escândalo Celso Daniel, que morreu por supostamente não concordar com a corrupção petista em Santo André e seu (suposto amante) assessor Sombra, que é réu nas investigações;

Ai que (Eike) bom ter o mapa da mina = Dizem que o pai do Eike batista soltou alguns mapas de minas de ouro para ele, antes de serem públicos;

Paris quem descobriu foi Cabral = Sergio Cabral, o dono da Delta, toalhas na cabeça, blog do Garotinho, Paris.

E aí, ficou faltando indireta pra alguém?



Explodindo cortinas de silêncio



Luis Nassif

O conceito da “primavera” foi adotado para descrever países ou comunidades em que a Internet entrou quebrando barreiras de silêncio.

Nos países de regime ditatorial, a “primavera” significou romper o controle estatal sobre a informação. Mas em muitos países democráticos, significou romper cortinas de silêncio impostas pela chamada velha mídia – os grandes meios de comunicação nacionais.

Nos Estados Unidos, a blogosfera ajudou a romper o sigilo em torno das guerras do Iraque e Afeganistão. Na Espanha, antes mesmo da explosão da Internet, os sistemas de SMS (torpedos) telefônicos ajudaram a desarmar a tentativa de grandes grupos midiáticos de atribuir um atentado à oposição.

Na Argentina, há um conflito latente entre o governo Cristina Kirchner e os grandes grupos midiáticos. No momento, passeatas tomam as ruas da cidade do México, contra a imprensa local.

No Brasil, em pelo menos três episódios exemplares a blogosfera foi fundamental para romper barreiras de silêncio.

O primeiro foi na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Capitaneados pela revista Veja, a chamada grande mídia se esmerou em demonizar os agentes públicos, vitimizar o banqueiro Daniel Dantas e transformar Gilmar Mendes no maior presidente da história do STF (Supremo Tribunal Federal).

Apenas a blogosfera preocupou-se em mostrar o outro lado, o das investigações.

O episódio terminou com o Opportunity se safando junto à Justiça. Mas, no campo da opinião pública, poder judiciário, Ministros que se aliaram ao banqueiro, o próprio banqueiro e Gilmar Mendes saíram amplamente derrotados. O episódio mostrou os limites da grande mídia para construir ou destruir reputações.

Várias armações foram denunciadas pela blogosfera, como o caso do falso grampo no STF, o grampo sem áudio da suposta conversa entre Demóstenes Torres e Gilmar Mendes, a lista falsa de equipamentos da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) brandida pelo então Ministro da Justiça Nelson Jobim.

O segundo episódio relevante foi a promoção do livro “A Privataria Tucana”, com indícios de enriquecimento pessoal do ex-governador José Serra. Apesar de totalmente ignorado pela velha mídia, o livro bateu todos os recordes de vendas do ano.

Agora, tem-se o caso do envolvimento da revista Veja com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Foram quase dez anos de parceria, que transformaram o bicheiro no mais poderoso contraventor da república.

Graças às reportagens de Veja, o senador Demóstenes Torres tornou-se símbolo da retidão na política. Com o poder conquistado, participou de inúmeros lobbies em favor de Cachoeira e de avalista das denúncias mais extravagantes da revista.

Veja sempre soube das ligações de Demóstenes com Cachoeira. Mas por quase dez anos enganou seus leitores, não só escondendo essa relação, como difundindo a ideia de que Demóstenes era político inatacável.

Na velha mídia, não há uma linha sobre essas manobras, nada sobre as 47 conversas gravadas entre o diretor da revista em Brasília e Cachoeira, as quase 200 dele com todos os membros da quadrilha.

Assim como no Egito, Estados Unidos, Espanha, México, França, é a Internet que está explodindo cortinas de silêncio.



domingo, 27 de maio de 2012

Estudante brasileira relata Cuba através de experiências próprias e derruba mitos


Luiza, estudante da UFSC, diz ter partido para Cuba com espírito aberto. “Vivi com eles e percebi como a falta de estrutura causada pelo bloqueio provoca, por exemplo, racionamento, falta de energia, limitação de medicamentos e falta de materiais escolares.”

Pragmatismo Político


Cursando a oitava fase do curso de licenciatura em Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina, a estudante participou da 19ª Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba, realizada pelo Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) e organizada no Brasil através da Associação Cultural José Martí.

Luiza, de 23 anos, participa do projeto Vitral Latino-Americano de Educação Física, Saúde e Esporte, fazendo um trabalho de pesquisa sobre a infância na América Latina. Também é bolsista do projeto “Corpo em Movimento”, no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI/UFSC). Nesta viagem pensa ter dado os primeiros passos para entender o processo político, social e educacional vivido pelo povo cubano. Após a conclusão das Brigadas, permaneceu mais cinco dias no país do Caribe, para visitar escolas e a Universidad de Ciencias de la Cultura Física y el Desportos Manuel Farjado, de Havana.


Luiza afirma ter partido para Cuba com o espírito aberto. “Lá, vivi com eles, comi a mesma comida de que o povo se nutre. Descobri como os cubanos sofrem com o bloqueio, com a falta de infraestrutura e produtos, até de remédios. Tudo isso relatado por eles mesmos.”

Os brigadistas se alojaram no Campamento Internacional Julio Antonio Mella, na cidade de Caimito, província de Artemisa. Ali, assistiram a conferências, a filmes cubanos e apresentações artísticas, além de visitarem museus e escolas. “Participamos também de uma experiência de trabalho voluntário agrícola, introduzido por Che Guevara, que os cubanos fazem questão de compartilhar como conceito, pois não se baseia em uma lógica de mercado, mas tem a proposta de formar uma consciência coletiva que sustente o ideal socialista”, diz a estudante.

Assim, além de conhecer cooperativas agrícolas, os participantes das Brigadas de Solidariedade trabalharam em um campo de feijão e uma plantação de manga. “Visitamos também a ilha da Juventude, onde ficamos quatro dias, e uma cooperativa de artesãs que trabalham com argila. Foi bonito ver que elas mesmas determinam as horas de atividade, pois se trata de um trabalho artístico, que não depende de regras mecânicas de produção.”

Na ilha, como observou a estudante, há uma boa produção de frutas e outros produtos agrícolas, mas o modo de produção ainda não está mecanizado como no Brasil, embora o processo de irrigação tenha lhe parecido bem eficiente. “As vacas são destinadas à produção de leite, por isso, em Cuba, come-se principalmente carne suína. A alimentação para a população é barata e de boa qualidade. Cada família recebe de acordo com o que necessita. Se há mais crianças em casa, recebem mais leite. Se há mais adultos, uma quantidade maior de mantimentos.” O transporte também é praticamente gratuito, paga-se simbolicamente. “E se a pessoa não tiver dinheiro, não há problema, ela pode embarcar no ônibus do mesmo jeito. Isso é para todos.”


Cerco à ilha

Luiza também se surpreendeu com a reação do povo diante do bloqueio que a economista Nidia Alfonso Cuevas, do Instituto Superior de Relações Internacionais, define como uma barbárie. “O país perdeu parceiros comerciais. No contexto mundial, o princípio da extraterritorialidade imposto pelos Estados Unidos impede qualquer empresa norte-americana que se encontre em outro país de ter relações com Cuba”, comenta a estudante.

A estudante viu as consequências geradas por este cerco absurdo à ilha ao visitar hospitais e escolas. A falta de estrutura causada pelo bloqueio provoca, por exemplo, racionamento, falta de energia, limitação de medicamentos e falta de materiais escolares. “O acesso à internet (que é via satélite e muito caro), está disponível principalmente em universidades, centros de pesquisa, setores do governo e em hotéis.”

Mas, mesmo com toda a dificuldade do dia a dia, as pessoas manifestam alegria e espontaneidade. “As crianças se divertem, parecem felizes e protegidas nos pátios das escolas, nas ruas. Isto foi o que vi em Havana, um grande centro, que é a capital, quando visitei algumas escolas. Não posso generalizar, mas as pessoas que eu conheci estão sintonizadas com a revolução, defendem o governo e sabem o que acontece fora de Cuba”.

Luiza comenta que os cubanos demonstram conhecer muito bem a realidade do mundo. “Pensei que por causa do bloqueio eles não soubessem dos acontecimentos, mas os documentários na TV aberta informam muito bem sobre a situação mundial. Alunos bem pequenos sabiam, por exemplo, muitos fatos relacionados ao Brasil, e queriam conhecer mais.”

Em relação á educação Luiza constatou que “é realmente para todos, e totalmente gratuita, desde o Círculo Infantil até a Universidade.” Na saúde o acesso também é universal. “Fui atendida no posto de saúde, pois me faltou um remédio, e paguei um preço simbólico. Se não tivesse dinheiro, seria de graça. Também não percebi nos médicos uma postura arrogante de quem diz ‘eu sou o doutor’.”

Lá, existe o médico de família e há, em cada quadra da cidade, núcleos de atendimento à família, com profissionais da psicologia, serviço social, entre outros. ”É visível a humanidade no atendimento à saúde, mas também no geral, com as pessoas com quem relacionei. Ouvi relatos de quem tinha doença grave e recebe todo auxílio. Conversei com uma senhora diabética, que teve que amputar as pernas, e ela me disse que recebe todo o atendimento de que necessita.”


Teoria na prática

O acesso dos cubanos ao mundo da arte, da cultura, da literatura também impressiona. “A vida cultural é riquíssima, com muitas atividades de acesso gratuito para a população. Há numerosas feiras de livros, que realmente são bem baratos. Lá se nota que há a prática da teoria deles. Eles entendem o conhecimento como algo integral. E se você conhece, tem a obrigação de compartilhar com o outro.” Uma das paixões nacionais é a novela brasileira. “Mas os cubanos não se enganam com a ficção, têm consciência de que é fantasia, que a realidade social brasileira não é como mostram as novelas”.

Várias conferências que Luiza assistiu despertaram seu interesse, uma delas, da Federación de Mujeres Cubanas. Há muitos núcleos desta federação no país, que atuam na prevenção, esclarecimento e proteção das mulheres acerca da sexualidade e violência, por exemplo. Em Cuba, conta a estudante, as grávidas condenadas por algum delito têm direito a acompanhamento médico idêntico ao de uma mulher em liberdade, pois o bebê é um cidadão cubano como todos os demais, e não vai para a prisão com a mãe. Após o nascimento, ela e o bebê recebem atendimento até o fim da amamentação, quando então a mulher volta a cumprir a pena. A licença maternidade em Cuba, vale dizer, tem a duração de um ano. “‘Los hijos de la pátria’ (os filhos da pátria), crianças e adolescentes que perderam os pais, são acolhidos pela sociedade, com todo atendimento de educação, saúde, até a universidade.

A vida política na nação caribenha é intensa, como notou Luiza. Os deputados não recebem salário de político, somente a remuneração da profissão em que atuam enquanto também cumprem o mandato. “Os políticos entendem que trabalhar no governo é uma extensão de seu papel social, um dever. Eles têm que prestar contas do trabalho à sociedade, de modo rigoroso.”

Ao final das brigadas, nos cinco dias em que ainda ficou na ilha, Luiza teve contato com alguns jovens que reclamaram por não poder viajar, “Eles disseram que é difícil passear no próprio país, pela falta de dinheiro, pois recebem em peso cubano. Falaram também que são poucos os que conseguem viajar para fora, pois isso só acontece se for para realizar uma pesquisa, uma palestra ou para fazer um curso.”

Educação para todos

Ao visitar a Universidad de la Cultura Física y el Desporto Manuel Farjado, acompanhada pelo professor Pedro Martinez, diretor da Radio Havana Club, Luiza pôde conversar com o reitor Antonio Becalli Garrido, “Ele me explicou que em Cuba o conhecimento é parte da sociedade, sendo assim, é fácil de adquiri-lo. Todos que querem frequentar a universidade podem ter acesso a ela, pois ali se investe em educação para todos. Em outros países, muitas vezes, pode-se ter talento mas, se não há dinheiro, não é possível estudar ou praticar esportes.”

Em Cuba há 14 escolas de Educação Física e todas são de graduação e pós, e os estudantes incentivados a prosseguir estudos. O curso é fundamentado por três eixos: regular diurno, regular para atletas de alto rendimento e o de universalização. “Entende-se que a vida do atleta é diferenciada, com rotina de treinos e preparação para competição. Por isso é necessária uma adaptação à estrutura do currículo, para que siga sua vida acadêmica, com uma boa formação e uma profissão, pois a vida do atleta é relativamente curta por fatores como o intenso desgaste físico.”

O curso de universalização foi implantado por Fidel para levar a universidade em todos os cantos do interior, dando oportunidade de estudos para todos os cubanos. São 500 os professores que ensinam nesta área, sendo 68% mulheres. Na ilha há 23 mil estudantes de educação física e a universidade que Luiza conheceu conta com 2.200 alunos. Os mestrados mais importantes são em treinamento desportivo e cultura física terapêutica, formação professores de educação física, atividade física na comunidade e esporte de combate.

Luiza cita que o reitor Antonio Garrido, durante a entrevista, afirmou: “A essência do desporte cubano parte da universidade. Quando falamos das nossas medalhas olímpicas – e poucos países podem falar disso como nós – essas fundamentalmente surgem dos professores da universidade, porque a ciência assume um papel muito importante no desporte; pois estamos falando de biologia, fisiologia e metodologia do desporte. Tratamos o alto rendimento em forma de sistema, temos que ter uma equipe muito disciplinada para trabalhar com o atleta, sendo assim a universidade tem um papel de protagonista.”

Inspiração para lutar

Luiza também teve contato com a Federação dos Estudantes Universitários, entidade estudantil que trabalha com uma atuação política organizada. “Alguns estudantes disseram que a classe estudantil tem o privilégio de manter uma boa relação com as reitorias, pois o entendimento em Cuba é de que a universidade é dos estudantes.”

Para Luiza, a viagem foi uma oportunidade de conhecer “a realidade de um país que apresenta um sentido avançado de humanidade, mas vive boicotado por uma grande potência, que não lança um olhar humano sobre este povo.” Mas os cubanos, como ela diz ter percebido, não têm raiva dos americanos. “Falam deles como irmãos. Nunca queimaram uma bandeira dos EUA em Cuba, tanto que muitos turistas estadunidenses vão conhecer a ilha, onde são bem acolhidos.”

A estudante, que veio de Lages, interior de Santa Catarina, para estudar em Florianópolis, mora em uma república com outras quatro estudantes. Ela perdeu o pai em 2009, tem dois irmãos e para estudar conta com o apoio da mãe, que trabalha como auxiliar de contabilidade em uma empresa. Para continuar seu trabalho de pesquisa, ela agora espera poder viajar para o Chile e, se tudo correr como sonha, pretende aprofundar as pesquisas sobre infância e educação física na Venezuela, Equador e Argentina. Esta primeira viagem de estudos contou com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, e ela frisa que não teria se concretizado sem a atenção e orientação do professor Paulo Capela, do curso de Educação Física da UFSC.

Luiza de Liz pensa que a o início de sua caminhada pela América Latina foi emblemático. “Cuba é um exemplo de que muitos tiveram que morrer para que houvesse a mudança. É uma inspiração para grandes lutas. Mas penso que apenas espelhar-se no modelo cubano seria um engano, pois cada país tem que encontrar seu próprio modo de fazer a sua revolução transformadora.”


Fonte: Iela UFSC



Gilmar Mendes e Veja: a pauta do desespero




A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes' que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os movimentos sociais e agendas progressistas teve a credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira.

VEJA sangra em praça pública. 

Mas na edição desta semana tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a própria deriva. À falta dos auxilares de Cachoeira, recorreu ao ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que assumiu a vaga dos integrantes encarcerados do bando para oferecer um 'flagrante' à corneta do conservadorismo brasileiro.

Desta vez, o alvo foi o presidente Lula. A semanal transcreve diálogos narrados por Mendes de uma inexistente conversa entre ele e o ex-presidente da República, na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes - sempre segundo a revista - acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demóstenes Torres, com quem já simulou uma escuta inexistente da PF (divulgada pelo indefectível Policarpo Jr, de VEJA, a farsa derrubou o diretor da ABI, Paulo Lacerda), deveria operar para postergar o julgamento do chamado 'mensalão'.

Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: 'O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha); o Lula saiu antes; durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou.

A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero; possivelmente, investigações da CPI tenham chegado perto demais de promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos.

Foram para o tudo ou nada. No esforço para mudar o foco da agenda política e criar um fato consumado capaz de precipitar o julgamento do chamado 'mensalão',jogaram alto na fabricação de uma crise política e institucional. O desmentido de Jobim nivela-os à condição dos meliantes já encarcerados do esquema Cachoeira.

A Justiça pode tardar.
A sentença da opinião pública não. 

Indiferença: Se eu não me importo com os outros quem vai se importar comigo?





"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


BERTOLT BRECHT (1898-1956)



Código Florestal: PSDB tornou-se partido desmatador. Dilma vetou estragos.




Na votação do código florestal na Câmara, a bancada da motoserra retalhou o projeto, e costurou todo tipo de emendas inaceitáveis, que tirava dos donos de terras a responsabilidade social de conciliar a produção com a preservação do meio ambiente.


Dilma vetou 12 dispositivos e fez 32 modificações. Os principais vetos visaram impedir anistia a desmatadores, obrigar a recompor reservas desmatadas e manter as reservas naturais dentro das propriedades, sem redução de área feita na Câmara.

O que causou estranheza foi um partido como o PSDB empunhar a motoserra com vigor para desmatar a versão do código florestal mais ecológica.

Dos 48 deputados tucanos que votaram, 26 votaram pelo desmatamento, e só 22 votaram pela preservação.

Significa que o partido se tornou majoritariamente composto por oligarquias rurais, com pensamento do velho coronelismo político retrógrado do século passado.

Para piorar, não se pode falar em "baixo-clero", já que a alta cúpula do partido na Câmara, votou pelo desmatamento:
- Sérgio Guerra (PE), o presidente do partido;
- Bruno Araújo (PE), líder da bancada;
- Duarte Nogueira (SP), ex-líder da bancada;

Três deputados da tropa de choque de Aécio Neves (metade da bancada do partido em Minas) também fizeram "uso da motoserra" no Código Florestal, impiedosamente.

A bancada ligada a Carlinhos Cachoeira, como  Carlos Alberto Leréia  e Leonardo Vilela, também votou pelo desmatamento.

Portanto, torna-se tão falsa como uma nota de R$ 3 reais, o discurso ecológico dos tucanos na hora de pedir o voto aos eleitores.

Nome aos bois:

Eis os 26 tucanos que votaram na versão desmatadora do código florestal, ordenado por estado:


AC - Marcio Bittar (PSDB)
AP - Luiz Carlos (PSDB)
CE - Raimundo Gomes de Matos (PSDB)
GO - Carlos Alberto Leréia (PSDB)
GO - João Campos (PSDB)
GO - Leonardo Vilela (PSDB)
MA - Carlos Brandão (PSDB)
MG - Bonifácio de Andrada (PSDB)
MG - Domingos Sávio (PSDB)
MG - Paulo Abi-Ackel (PSDB)
MS - Reinaldo Azambuja (PSDB)
MT - Nilson Leitão (PSDB)
PA - Dudimar Paxiúba (PSDB)
PA - Wandenkolk Gonçalves (PSDB)
PE - Bruno Araújo (PSDB)
PE - Sergio Guerra (PSDB)
PR - Alfredo Kaefer (PSDB)
PR - Fernando Francischini (PSDB)
PR - Luiz Nishimori (PSDB)
RN - Rogério Marinho (PSDB)
RR - Berinho Bantim (PSDB)
RS - Nelson Marchezan Junior (PSDB)
SC - Jorginho Mello (PSDB)
SC - Marco Tebaldi (PSDB)
SP - Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB)
SP - Duarte Nogueira (PSDB)

Para ver como votaram todos os deputados, de todos os partidos, consulte aqui.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Família Civita já passou por CPI para explicar corrupção do Grupo Abril





Na época da ditadura – no ano de 1982 – o irmão de Roberto Civita já depôs em CPI, e não foi por perseguição do governo ditatorial, muito pelo contrário. Foi por se envolver num escândalo de corrupção com o governo daquela época, acusado de favorecimento por ministros e dirigentes de bancos estatais.

Leia na íntegra 





A Blogosfera independente provoca medo nos Barões da Mídia


Eduardo Guimarães

Blogueiros estão sendo processados, difamados e até ameaçados de violência
 
Ali Kamel, que é, simplesmente, diretor de jornalismo da Globo, processa vários blogueiros conhecidos. Jornalistas da Veja que escrevem em seções do portal da revista que chamam de “blogs” não passam dois dias sem difamar e insultar um blogueiro independente. Gente que aparece em fotos com jornalistas da grande mídia ameaça blogueiros de espancamento.

A blogosfera, no entanto, foi ignorada pela grande mídia durante muito tempo. Este blog está chegando ao seu oitavo ano e só começou a notar esse processo há, no máximo, uns dois anos, dois anos e pouco. E, desde então, a virulência midiática só fez aumentar.

Âncoras de telejornais, por exemplo, estão atacando a blogosfera com ímpeto irrefreável. Um deles chegou a criar um blog só para atacar blogueiros progressistas. E as principais colunas políticas dos grandes jornais e revistas não passam mais de uma semana sem atacar.

A Folha de São Paulo, O Globo e a revista Veja têm sido os mais virulentos. A Folha, por exemplo, frequentemente publica ataques a blogs em sua página A2. Na sua versão digital, os ataques a blogs são ainda mais comuns.

Os ataques se baseiam exclusivamente em acusação a tais blogs de serem “chapas-brancas” e “financiados pelo governo” – e quando a grande imprensa alude a “governo”, refere-se ao governo federal, o mesmo que despeja milhões em suas arcas.

A característica que une esses ataques midiáticos é o cuidado em não dar nomes aos bois, ou seja, acusam genericamente porque não podem provar o que dizem e sabem que, à exceção de dois blogs que já citaram em meio a centenas deles, o que dizem é mentira.

Só dois blogs têm anúncios de empresas estatais, os de Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif. Isso porque esses dois jornalistas são expoentes da televisão e, assim, atraem anunciantes públicos e privados. Quanto ao resto da blogosfera, a mídia mente na cara dura. Inventa.

Todavia, o que tem feito aflorar a ira dos jornalistas e das direções dos grandes meios é o fato de que, a despeito dos ataques, a blogosfera só faz ganhar audiência.

A única recompensa que um blog como este propicia, portanto, é o prazer intelectual de estar se tornando alvo dos recibos que a grande imprensa vai passando ao atacar, o que vai carreando multidões para a blogosfera.

Quando um grande jornal acusa blogs sem citá-los, desperta a curiosidade do seu público justamente por não dar nomes aos bois. O que se supõe é que o público que lê esses jornais fica curioso e vem à internet buscar os tais blogs sem nomes.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Jornalistas se unem contra atitude grotesca da repórter Mirella Cunha


Movidos pela reportagem “Chororô na delegacia: acusado de estupro alega inocência”, produzida pelo programa “Brasil Urgente Bahia” e reprisada nacionalmente na emissora Band, um grupo de jornalistas enviou uma carta aberta ao governador Jaques Wagner para protestar contra programas jornalísticos que chamam de policialescos

Confira abaixo a íntegra da carta pública destinada ao governador Jaques Wagner e a toda sociedade baiana e brasileira.





Carta aberta de jornalistas sobre abusos de programas policialescos na Bahia
‘O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.’
(Gregório de Mattos e Guerra)

Ao governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner.
À Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia.
Ao Ministério Público do Estado da Bahia.
À Defensoria Pública do Estado da Bahia.
À Sociedade Baiana.

A reportagem “Chororô na delegacia: acusado de estupro alega inocência”, produzida pelo programa “Brasil Urgente Bahia” e reprisada nacionalmente na emissora Band, provoca a indignação dos jornalistas abaixo-assinados e motiva questionamentos sobre a conivência do Estado com repórteres antiéticos, que têm livre acesso a delegacias para violentar os direitos individuais dos presos, quando não transmitem (com truculência e sensacionalismo) as ações policiais em bairros populares da região metropolitana de Salvador.

A reportagem de Mirella Cunha, no interior da 12ª delegacia de itapoã, e os comentários do apresentador Uziel Bueno, no estúdio da Band, afrontam o artigo 5º da Constituição Federal: “É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral“. E não faz mal reafirmar que a República Federativa do Brasil tem entre seus fundamentos “a dignidade da pessoa humana”. Apesar do clima de barbárie num conjunto apodrecido de programas policialescos, na Bahia e no Brasil, os direitos constitucionais são aplicáveis, inclusive aos suspeitos de crimes tipificados pelo Código Penal.

Sob a custódia do Estado, acusados de crimes são jogados à sanha de jornalistas ou pseudojornalistas de microfone à mão, em escandalosa parceria com agentes policiais, que permitem interrogatórios ilegais e autoritários, como o de que foi vítima o acusado de estupro Paulo Sérgio, escarnecido por não saber o que é um exame de próstata, o que deveria envergonhar mais profundamente o Estado e a própria mídia, as peças essenciais para a educação do povo brasileiro.

Deve-se lembrar também que pelo artigo 6º do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, “é dever do jornalista: opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos“. O direito à liberdade de expressão não se sobrepõe ao direito que qualquer cidadão tem de não ser execrado na TV, ainda que seja suspeito de ter cometido um crime.

O jornalista não pode submeter o entrevistado à humilhação pública, sob a justificativa de que o público aprecia esse tipo de espetáculo ou de que o crime supostamente cometido pelo preso o faça merecedor de enxovalhos. O preso tem direito também de querer falar com jornalistas, se esta for sua vontade. Cabe apenas ao jornalista inquirir. Não cabem pré-julgamentos, chacotas e ostentação lamentável de um suposto saber superior, nem acusações feitas aos gritos.

É importante ressaltar que a responsabilidade dos abusos não é apenas dos repórteres, mas também dos produtores do programa, da direção da emissora e de seus anunciantes – e nesta última categoria se encontra o governo do Estado que, desta maneira, se torna patrocinador das arbitrariedades praticadas nestes programas. O governo do Estado precisa se manifestar para pôr fim às arbitrariedades; e punir seus agentes que não respeitam a integridade dos presos.

Pedimos ainda uma ação do Ministério Público da Bahia, que fez diversos Termos de Ajustamento de Conduta para diminuir as arbitrariedades dos programas popularescos, mas, hoje, silencia sobre os constantes abusos cometidos contra presos e moradores das periferias da capital baiana.

Há uma evidente vinculação entre esses programas e o campo político, com muitos dos apresentadores buscando, posteriormente, uma carreira pública, sendo portanto uma ferramenta de exploração popular com claros fins político-eleitorais.

Cabe, por fim, à Defensoria Pública, acompanhar de perto o caso de Paulo Sérgio, previamente julgado por parcela da mídia como ‘estuprador’, e certificar-se da sua integridade física. A integridade moral já está arranhada.

Salvador, 22 de maio de 2012.

Veja a baixo a atitude ridícula da repórte:

Justiça determina a "desmonopolização" do Grupo Clarín

A Suprema Corte argentina determinou que o Grupo Clarín tem até o dia 7 de dezembro de 2012 para "desinvestir" em seu conglomerado midiático. O Clarín havia apresentado uma medida cautelar no dia 1º de outubro de 2009 sobre o artigo 161 da Lei de democratização de meios de comunicação, que estabelece “a obrigatoriedade de desinvestir para aqueles grupos que superam o limite da regulação legal”.

 

Carta Maior 

Buenos Aires - Depois de três anos de debate, a Suprema Corte argentina determinou que o Grupo Clarín tem até o dia sete de dezembro de 2012 para "desinvestir" em seu conglomerado midiático. O Clarín havia apresentado uma medida cautelar no dia 1º de outubro de 2009 sobre o artigo 161 da Lei de democratização de meios de comunicação, que estabelece “a obrigatoriedade de desinvestir para aqueles grupos que superam o limite da regulação legal”.


Por decisão unânime, o Tribunal se pronunciou no processo "Grupo Clarín SA e outros sobre medidas cautelares”, afirmando que “as medidas cautelares são resoluções jurisdicionais precárias e não podem substituir a solução de fundo porque afetam a segurança jurídica”. Ainda que a demanda do Grupo Clarín tenha se enquadrado no marco do direito de defesa da competição, o Grupo também esgrimiu razões de proteção à liberdade de expressão. Neste sentido, a sentença sustenta que a Corte foi muito clara e consistente em seu reconhecimento ao longo de uma extensa e importante jurisprudência. Entretanto, no processo “não há mais que uma menção ao tema” – liberdade de expressão -, já que a parte autora – Clarín - “não acrescentou nenhum elemento probatório que demonstre de que maneira resultaria afetada essa liberdade”.

Textualmente, o artigo da Lei de Meios de Comunicação afirma que "os titulares de licenças dos serviços e registros regulados por esta lei, que na data de sua sanção não reúnam ou não cumpram os requisitos previstos pela mesma, ou as pessoas jurídicas que, no momento de entrada em vigor desta lei fossem titulares de uma quantidade maior de licenças, ou com uma composição societária diferente da permitida, deverão ajustar-se às disposições da presente em um prazo não maior que um (1) ano de que a autoridade de aplicação estabeleça os mecanismos de transição".

Os juízes Ricardo Lorenzetti, Elena Highton, Carlos Fayt, Juan Carlos Maqueda, Raúl Zaffaroni e Enrique Petracchi avaliaram, através de sua resolução, que o prazo de 36 meses “resulta razoável para a vigência da medida cautelar e se ajusta aos tempos que tarda a via processual tentada”.

No dia 1º de outubro de 2009, o Clarín solicitou que se ditasse uma medida de “não inovar” para suspender o tratamento legislativo da Lei de Medios. O pedido foi indeferido pela justiça civil e comercial federal. Em outubro de 2010, em uma decisão unânime, a Corte confirmou a medida cautelar.

A Corte Suprema afirmou em sua sentença que “quando as cautelares se tornam ordinárias e substituem a sentença definitiva, se cria um direito precário, o que constitui uma lesão ao objetivo de afiançar a justiça, garantido no próprio Preâmbulo da Constituição Nacional”.

A Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) celebrou a decisão e afirmou que "a resolução garante a segurança jurídica e a equidade para todas as partes, de um modo compatível com o interesse geral e a propriedade privada, na medida em que, anteriormente e por via de regulamentação, a AFSCA já havia prorrogado o prazo até o dia 28 de dezembro de 2011 para o resto dos grupos do setor".

“A Corte Suprema considerou que a questão litigiosa fica circunscrita ao campo do estritamente patrimonial afirmando que, em função dos elementos probatórios, a norma em questão não afeta a liberdade de expressão". Também afirmou que “em todo o direito comparado existem normas de regulação do mercado dos meios de comunicação sem que sua constitucionalidade tenha sido questionada".

A Lei de democratização de meios de comunicação foi aprovada no dia 10 de outubro de 2009, com 44 votos a favor e 24 contra. Consta de 165 artigos e o eixo central está colocado nos seguintes pontos:

- O desinvestimento (ou desmonopolização). O artigo 161 obriga as empresas de radiodifusão a vender, no prazo de um ano, os meios que não se ajustem aos limites da nova regulação.

- Novo regime. As distribuidoras de cabo não poderão ter canais de tv aberta e só é permitido ter um sinal de cabo de alcance local. Nenhuma empresa pode operar mais de 10 licenças (até então eram 24).

- Autoridade de aplicação. Foi criada a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), um ente formado por dois membros escolhidos pelo Governo, três pelo Congresso (um pela situação e dois opositores) e dois surgidos de um Conselho Federal dominado pelos governadores.

- Meios do Estado. Ficou estabelecido que o espaço radioelétrico se dividisse em 3/3, com uma parte para os privados, outra para o Estado e uma última para empresas administradas por ONGs.

- Concessão de licenças. O Poder Executivo se reserva essa faculdade para as cidades com mais de 500.000 habitantes.

- Conteúdos. Ficam estabelecidos limites mínimos de produção nacional (em programas e música) nas rádios e canais de TV.

- Telefônicas. Suprimiu-se a autorização para participar do negócio da TV a cabo. Mas poderiam chegar a fazê-lo associadas à cooperativas.

- Publicidade. Regula a distribuição da grade nos canais privados, mas não se refere à publicidade oficial.

Diga-me com quem tu andas...



O candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra, recebe oficialmente o apoio do partido Democratas, o DEM, partido de Demóstenes Torres, mergulhado na lama do Cachoeira e do ex governador Arruda que ja passou uma temporada na cadeia depois de roubar os cofres públicos do Distrito Federal

Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde 2000. O DEM, é o campeão com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração. Esse é o partido que está apoiando José Serra á prefeitura de São Paulo

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dilma doará ao Tortura Nunca Mais indenização recebida do governo do Rio por prisão na ditadura




A presidenta Dilma Rousseff vai doar ao grupo Tortura Nunca Mais a indenização de aproximadamente R$ 20 mil que receberá, em junho, do governo do Rio por ter sido presa no estado durante a ditadura militar. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, 316 pessoas receberão a indenização.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mayara Petruso é condenada por racismo



Estudante é condenada por ofensa a nordestinos no Twitter


A estudante Mayara Penteado Petruso foi condenada a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo contra os nordestinos.

A ofensa foi cometida pelo Twitter no dia 31 de outubro de 2010, logo após a vitória eleitoral da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra.

"Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!", escreveu a estudante pela rede social.

A pena contra ela foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa. A decisão foi tomada pela juíza da 9ª Vara Federal Criminal em São Paulo, Mônica Aparecida Bonavina Camargo.

Em sua defesa, Mayara admitiu a publicação da mensagem e disse que foi motivada pelo resultado das eleições presidenciais.

Ela afirmou que não tinha a intenção de ofender (?), que não é preconceituosa (??) e que não esperava tamanha repercussão. De acordo com o processo, Mayara disse estar envergonhada e arrependida.

A reportagem ligou para o advogado dela, mas não foi atendida.

Estudante de Direito, Mayara perdeu o emprego em um escritório de advocacia após o episódio. Ela também teve que mudar de cidade e abandonar a faculdade.

"O que se pode perceber é que a acusada não tinha previsão quanto à repercussão que sua mensagem poderia ter. Todavia, tal fato não exclui o dolo", afirma a juíza na decisão.

A juíza estabeleceu a pena abaixo do mínimo legal já que Mayara sofreu consequências com a infração. "Foram situações extremamente difíceis e graves para uma jovem" (tadinha...), diz Bonavina Camargo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Revista da Editora Abril busca candidatos para vaga


A Revista Veja da editora Abril lançará testes para novos candidatos ao jornalismo de araque. Os interessados deverão enviar seus currículos através do site www.jornalismotendencioso.com.br ou através do e-mail:  manipulacaoagenteveporaqui@globo.com 




O candidato deve ter os seguintes pré-requisitos:

- Saber omitir informações

- Ser amigo de políticos e saber fazer grampos ilegais

 “Aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura.


Os candidatos devem estar aptos a fazer campanha eleitoral "subliminar", através da ocultação planejada de notícias desfavoráveis para uns e superdimensionamento de notícias desfavoráveis para outros.






segunda-feira, 14 de maio de 2012

Escândalo: a Veja quer censurar a internet


Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem?


Carta Capital


A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros.

Para quem diz defender com a própria vida a liberdade de expressão, é preocupante. Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem? No caso da Veja, certamente eles não tratavam do bicheiro Carlos Cachoeira, espécie de sócio na elaboração de pautas da publicação.

Getúlio Vargas valia-se da expressão “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. A revista, em sua peça de realismo fantástico disfarçada de “reportagem”, a reformula: “aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura. Ou não é isso, ao desferir um golpe contra as manifestações livres na rede e sugerir uma “governança” na internet, que os editores do semanário propõem? Eles tem urticária só de ouvir falar em um debate sobre a regulação dos meios de comunicação. Mas pimenta nos olhos dos outros…

Na própria peça de defesa, Veja distorce. Não foi a revista que derrubou Fernando Collor de Melo. É uma mistificação que só a ignorância permite perpetuar. A famosa entrevista do irmão do ex-presidente não teria resultado em nada. O que derrubou Collor foi o depoimento do motorista Eriberto França, personagem descoberto pela rival IstoÉ, na ocasião dirigida por Mino Carta.

Em termos de desonestidade intelectual, Veja se superou. Ao misturar aranhas, robôs e comunistas, a semanal de Roberto Civita produziu um conto de terror B. Nem se vivo fosse o falecido cineasta norte-americano Ed Wood, famoso por suas produções mambembes, toparia filmar um roteiro parecido. Além de tudo, a argumentação cheira a mofo, tem o tom dos anos da Guerra Fria. Quem tem medo de comunistas a esta altura? Nem na China.

PS: a lanterna na capa do semanário mostra outra coisa: calou fundo na editora o apelido Skuromatic, a lâmpada que provoca a escuridão ao meio-dia, dado a Roberto Civita por jornalistas da antiga redação de Veja.



domingo, 13 de maio de 2012

Não acredite em quem manipula a informação




A revista, com a batata assando, está com medo, e tenta enganar seus leitores, dizendo-se vítima de uma guerrilha que estaria "manipulando" as redes sociais.

O efeito foi negativo, e todos ingressaram nessa "guerrilha" disparando #VejaComMedo no twitter.


Apesar do tuitaço com #VejaComMedo estar marcado para as 18hs, no início da tarde de sábado já está bombando e já atingiu o topo em todo o Brasil ("trending topics").

Cartaz completo em: http://goo.gl/0BbmH

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Chegou a hora da verdade que o Brasil tanto espera.


Após dois anos e meio de polêmicas e negociações, a presidente Dilma Rousseff nomeou nesta quinta-feira os integrantes da Comissão Nacional da Verdade, que pretende esclarecer violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988.

Os membros da comissão serão sete:José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).


Manifesto de apoio à criação da Comissão da Verdade


A democracia não nos foi dada, ela foi conquistada por uma geração que não se calou diante da opressão. A experiência vivenciada naquele período de repressão marcou vidas e foi capaz de mudar a história, mas ainda não podemos celebrar a democracia se não tivermos pleno conhecimento das violações cometidas nesse passado tão recente.

O que nos move nesse momento é a esperança de que os parlamentares possibilitem a atual e as futuras gerações o conhecimento desses fatos, para sabermos a verdadeira verdade. Como defensores da livre expressão do pensamento e da democracia, manifestamos ao Congresso Nacional nosso desejo de aprovação do Projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão Nacional da Verdade para que essas violações sejam lembradas e conhecidas pelo povo brasileiro, pois essa é a única forma de garantirmos que isso nunca mais aconteça.

Solidariedade entre "irmãos"

Como já ensinou o intelectual italiano Antonio Gramsci, apesar da cruel concorrência no mercado, o capital se “funde como aço” quando os seus interesses políticos e ideológicos estão em jogo.


A Globo, até onde se sabe, não se associou a Cachoeira diretamente. Mas a Globo e o JN são “sócios” das “reportagens investigativas” policarpianas. Isso desde 2005. Ali Kamel adotou a estratégia do telejornalismo por escrito. Semanas a fio, o JN fazia a “leitura” das páginas de “Veja”, repercutindo para o grande público as “apurações” de “Veja”. Sobre isso, já escrevi aqui.

Ou seja, desmascarar a “Veja” é também desmascarar o jornalismo de araque praticado por Ali Kamel nos últimos anos, à frente da emissora da familia Marinho.

A Globo pode ser acusada de muita coisa, mas jamais de ”abandonar um companheiro ferido na estrada” (copyright: Paulo Preto). “Globo” e “Veja” jogaram juntas anos a fio. Na hora do aperto, os irmãos Marinho não se recusariam a oferecer colo ao irmãozinho mais novo com fama de traquinas. Ou fascista.

É a solidariedade das famílias.


Fonte: Escrevinhador

terça-feira, 8 de maio de 2012

Globo defende liberdade de corrupção da imprensa ao pedir blindagem da Veja



Se não estivéssemos falando de organizações criminosas, seria motivo de comédia o editorial do jornal "O Globo"


O jornalão não defende liberdade de expressão, nem liberdade de imprensa, o que o jornalão defende, de forma indecente, é a liberdade de corrupção para empresas jornalísticas, blindando-as de investigações, onde a revista aparece porque se meteu com a organização criminosa por conta própria.

Nenhum membro da CPI, nem ninguém do PT, inventou um grampo sem aúdio para investigar a Veja. Foi a Justiça quem autorizou gravar os telefones de Cachoeira, inclusive habilitados em Miami, e foi o jornalista Policarpo Júnior quem caiu na malha fina da PF, tramando com o bicheiro por conta própria, durante anos.

Agora "O Globo" invoca a presunção de inocência da revista Veja para que ela não seja INVESTIGADA por uma CPI.

Ora, ninguém está pré-condenando criminalmente a revista nem jornalistas, e justamente por isso que todo mundo quer investigar o verdadeiro papel de cada um, durante a CPI. Se inocentes forem, inocentes sairão. Se culpados forem, culpados sairão, espera-se.

O que toda Nação está querendo esclarecer são as diversas evidências, que existem de sobra, sobre os seguintes supostos crimes praticados nos bastidores da redação de uma grande revista:

- associação para o crime, ao estabelecer relação de toma-lá-dá-cá com organização criminosa;
- favorecimento a uma organização criminosa;
- auferir vantagens comerciais através de acordos clandestinos com organização criminosa;
- formação de quadrilha;
- corrupção ativa e passiva;
- incitação a crimes de violação de domicílios, sigilos, segredos de justiça;
- crimes eleitorais, fazendo campanha eleitoral "subliminar", através da ocultação planejada de notícias desfavoráveis para uns e superdimensionamento de notícias desfavoráveis para outros;
- crimes planejados de calúnia, injúria ou difamação;
- conspiração contra instituições democráticas;

Liberdade de imprensa e de expressão é uma coisa. Corrupção em conluio com organizações criminosas com fins lucrativos e de poder é outra.

A Editora Abril, dona Veja, é uma empresa com fins lucrativos, tanto quanto a empreiteira Delta. Se licitações combinadas, aparelhamento de cargos com fins de corrupção são crimes quando envolvem empreiteiras, matérias jornalísticas combinadas com organizações criminosas com objetivos planejados para atingir lucros de ambos os lados, também é.

A pergunta que fica no ar é, do que a Globo tem medo? Será que se a CPI abrir a caixa preta da revista Veja, pegará também a Globo?

Quantas vezes a Globo repercutiu no "Jornal Nacional" matérias da revista Veja sem fazer apuração própria?

Tudo isso deixa as empresas da organizações Globo em situação bastante delicada, expostas tanto a eventuais processos criminais em massa, como também a processos civis pedindo polpudas indenizações para quem foi ofendido, caso apareçam confidências nos telefonemas provando que reportagens foram feitas de má-fé.


Em tempo: É piada ver "O Globo" escrever que, contra a Veja, existem "fragmentos" de conversas, quando o próprio "Jornal Nacional" já pinçou frases soltas, omitindo trecho de diálogos que inocentavam o governador Agnelo Queiroz (PT-DF), para fazer "reporcagens" direcionadas a derrubar um governo eleito do Distrito Federal, recorrendo não a provas e fatos, mas a mera difamação e discursos de uma oposição comandada por gente com a folha corrida de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda (ex-DEMos-DF).

Do blog Os Amigos do Presidente

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Maioria do Supremo vota a favor de cotas no Prouni: O STF disse NÃO a segregação

Programa dá bolsa em universidade particular para aluno do ensino público.
Parte das vagas é reservada para negros, índios e pessoas com deficiência.




Maioria do Supremo vota a favor de cotas no Prouni


Programa dá bolsa em universidade particular para aluno do ensino público.

Parte das vagas é reservada para negros, índios e pessoas com deficiência.

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legal em julgamento nesta quinta-feira (3) a reserva de vagas por critérios sociais e raciais do Programa Universidade para Todos (Prouni), em que o governo federal concede bolsas de estudos em universidades particulares a estudantes egressos do ensino público.

Até as 16h desta quinta, 6 dos 11 ministros da Corte já haviam votado a favor das cotas. A decisão só poderia ser alterada caso algum deles altere seu voto até o fim do julgamento.

A ação em análise nesta quinta foi proposta pelo DEM e pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem) para contestar a constitucinalidade das cotas no Prouni. O julgamento começou em 2008, com o voto do relator, ministro Carlos Ayres Britto, favorável à manutenção das regras, e contrário à ação proposta. O julgamento foi interrompido devido a um pedido de vista do ministro Joaquim Barbosa, primeiro a votar nesta quarta.

Prouni


O Prouni foi criado pelo governo em 2004 e entrou em vigor em janeiro de 2005. Desde então, concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.

Em contrapartida, as instituições que aderem ao programa recebem isenção de alguns tributos, como o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), além de PIS e Cofins.

Segundo o Ministério da Educação, o Prouni já atendeu, desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2011, 919 mil estudantes, 67% com bolsas integrais.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sorteiro do livro: As Veias Abertas da América Latina

O blog fará um sorteio para seus leitores/seguidores. Esse primeiro sorteio será realizado em Junho e o primeiro livro a ser sorteado é o livro As veias Abertas da América Latina do escritor Uruguairo Eduardo Galeano.


O autor quebra a cronologia linear da historiografia oficial para desnudar o saque ao continente que persiste desde o descobrimento. Analisando os mecanismos de poder, os modos de produção e os sistemas de expropriação, Eduardo Galeano reescreve a história da América Latina e expõe os quinhentos anos de exploração econômica e miséria social.


Obs: O sorteio acontecerá no início de junho e apenas para seguidores do blog. Será entregue pelos correios em todo território Nacional.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Serra deu R$ 34 milhões à Editora Abril

Um levantamento feito junto ao Diário Oficial do Estado de São Paulo mostra que o ex-governador José Serra, quando ocupava o cargo, pagou cerca de R$ 34 milhões ao longo de um ano ao Grupo Abril, responsável pela publicação da revista Veja. 


Portal R7