quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Procura-se foto de FHC abraçando o povo




Coisas impossíveis de se achar: enterro de anão, entrevistador do Ibope, cabeça de bacalhau e foto de FHC abraçando o povo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ProUni promove salto econômico e social, mostra pesquisa



RedeBrasilAtual

São Paulo – Ao todo, 73,4% dos universitários que concluíram o ensino superior em 2011 com bolsas integrais ou parciais pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do Ministério da Educação, aumentaram sua renda individual depois de formados. Os dados são de uma pesquisa realizada pela doutora em educação pela PUC-SP, Fabiana Costa, que concedeu uma entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Dentre os jovens pesquisados, 72% já trabalham na área em que se formaram e 64% estavam contratados com carteira assinada e benefícios trabalhistas. “Houve uma elevação da renda individual, que se reflete na renda da família e na mobilidade social dela”, afirma Fabiana. “Existe a possibilidade de vincular conhecimento teórico com a opção de profissão. Isso amplia o leque de possibilidades e perspectivas dos jovens”.

Os pais de quase todos os jovens ouvidos pela pesquisa (90%) não possuíam diploma universitário, de acordo com o levantamento. “Eles são os primeiros universitários da família. Isso traz uma elevação do conhecimento e uma série de perspectivas e, sem sombra de dúvidas, se reflete na sua inserção no mercado de trabalho”, avalia a especialista.

É o caso da psicóloga Estela Franzin, de 30 anos, que se formou em 2011 com bolsa do Prouni. “Minha mãe era doméstica. Então, eu nunca tive oportunidade de estudar uma língua diferente e fazer uma escola com mais conteúdo”, conta.

Para Fabiana, histórias como a de Estela trazem uma perspectiva de mobilidade social. “Se não fosse um programa como esse teríamos menos um milhão de jovens graduados hoje. Independente das críticas, ele tem uma relevância social importantíssima”.

O ProUni foi criado em 2004, no governo do então presidente Lula, para oferecer bolsas de estudo integrais ou parciais em universidades particulares a estudantes egressos de escola pública, com renda familiar de até três salários mínimos e que alcançassem pelo menos 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2013, mais de um milhão de estudantes se inscreveram para concorrer a uma das 162 mil bolsas de estudo oferecidas pelo Prouni.



ProUni dobra renda dos estudantes formados: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QXVOJIDOOQ8


Partido da Ave do bico grande que proibir o uso da cor vermelha e qualquer arte que faça alusão a uma Estrela







"O partido da privataria tucana adverte: Não use, não coma, não ponha as mãos, nem beba ou use, nem chegue perto de nada da cor VERMELHA.

Os que se negarem serão enquadrados na Lei Tucana nº 45 que, após a sua assinatura substituirá inclusive o nº 13, O QUAL SERÁ BANIDO DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO!

Em seu inciso 1º, ela também determina que: fica proibido qualquer desenho, gráfico, enfeite, obras de jardinagens, pinturas ou modelagens e esculturas sob a forma de ESTRELA.

A LEI TEM EFEITO RETROATIVO E ENTRARÁ EM EFEITO A PARTIR DO INÍCIO DO ANO DE 2013 E SERÁ IMUTÁVEL."

[Delza Maria Frare Chamma]




OBS: Por mais alto que um Tucano possa voar, nunca alcançará uma Estrela.

COMO SER BRILHANTE OU INFAME NUMA TRAGÉDIA



O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, compara duas charges feitas sobre o drama de Santa Maria. Enquanto Carlos Latuff soube, com arte, ironizar o comportamento dos meios de comunicação na cobertura do caso, Chico Caruso, do Globo, fez uma peça que merece ser esquecida, com uma piada sem graça envolvendo a presidente Dilma e as vítimas do holocausto na boate Kiss




Por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo
Fazer charge num drama como o de Santa Maria é uma tarefa para poucos.
É fácil fazer bobagem, e é difícil fazer coisa boa.
Na tragédia de Santa Maria, tivemos as duas situações. O cartunista Carlos Latuff, que se celebrizou no Brasil há  pouco tempo depois de ser acusado de antissemita, brilhou.
Latuff ironizou o abominável comportamento da mídia diante de calamidades como a da casa noturna Kiss. Um repórter tenta extrair palavras de um familiar da vítima no enterro, numa exploração abjeta da dor alheia.
Clap, clap, clap. De pé.
Latuff deu voz a milhões de brasileiros que somaram à tristeza pelas centenas de mortes a indignação pela atitude de jornalistas que não respeitam a dor alheia e simulam, como canastrões, uma dor que não sentem.
O lado B veio com Chico Caruso, no Globo. Ele fez uma prisão em chamas, na qual ardem as pessoas ali dentro e da qual se exala uma fumaça sinistra. Dilma, sempre Dilma, observa de longe e exclama: “Santa Maria!”
Era para rir? Os leitores acharam que não. Mas viria uma segunda etapa. Numa decisão estapafurdiamente incompreensível, Ricardo Noblat republicou a charge em seu blogue com o acréscimo da palavra “humor”.
A reação nas redes sociais foi imediata. Caruso e Noblat foram simplesmente abominados. No próprio blog de Noblat, os leitores manifestaram repúdio. Um deles notou que a dupla conseguiu unir petistas e antipetistas na mesma reprovação torrencial a Noblat e Caruso.
Noblat defendeu Chico Caruso, e sobretudo a si próprio,  em linhas antológicas: quem não gostou da charge, foi o que ele essencialmente disse depois de uma cômica interpretação do desenho,  não a entendeu. Os leitores são burros, portanto.
Tenho para mim que parte da raiva se deve ao fato de ambos estarem fortemente identificados com a Globo. Alguma coisa da rejeição que existe em boa parte da sociedade à Globo se transmite a seus funcionários.
Mas a questão vai além. É complicado, ficou claro, fazer charge decente para as Organizações Globo. A de Latuff jamais seria publicada pelo Globo. O espesso conservadorismo da empresa acaba por ceifar a possibilidade de iconoclastia, de inconformismo de cartunistas da Globo.
Se nas colunas políticas o reacionarismo nos veículos da Globo não chega a chocar, porque é esperado, na charge aparece como um estigma. De artistas se espera uma atitude diferente, mais arejada, mais provocativa.
Caruso, nos anos 1980, se destacou como um dos melhores chargistas de sua geração. Prometia mais do que entregou, é certo, mas fez uma carreira boa.
Agora, vai passar para a história como o autor da charge mais repudiada e mais infame da mídia brasileira em muitos anos —  em parte por um mau momento, em parte por carregar no peito o crachá das Organizações Globo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

Papel da Imprensa nas grandes tragédias




Quando vejo a cobertura da imprensa de tragédias como o deslizamento no morro do Bumba, o massacre na escola em Realengo ou o incêndio em Santa Maria, me pergunto: isso é jornalismo? Carlos Latuff



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"AQUELES QUE SÃO DO CONTRA ESTÃO FICANDO PARA TRÁS"


Brasil 247


"Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava, e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas.

Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado.

Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país. Vamos reduzir os custos do setor produtivo, e isso significa mais investimento, mais produção e mais emprego. Todos, sem exceção, vão sair ganhando.

Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão, ainda assim, sua conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que eu estou dizendo.

Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.

O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões alarmistas. Nos últimos anos, o time vencedor tem sido o dos que têm fé e apostam no Brasil. Por termos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história. E a maioria dos brasileiros sente e expressa esse sentimento. Vamos viver um tempo ainda melhor, quando todos os brasileiros, sem exceção, trabalharem para unir e construir. Jamais para desunir ou destruir. Porque somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais."

Muito obrigada e boa noite.

Pronunciamento da Presidenta da República, Dilma Rousseff, sobre redução da tarifa de energia elétrica



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa: Fé opcional, Respeito fundamental!


Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana. O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões [...] a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.

É importante salientar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades de opinião e expressão. Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica. (http://www.guiadedireitos.org/)


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quem não te conhece que te compre


Outro Olhar


Os serviçais da mídia conservadora costumam rebater quaisquer questionamentos sobre o jornalismo venal praticado no Brasil, com um discursinho decorado, uma piada de péssimo gosto : "Tudo que acontece de importante no país deve-se à imprensa."
Elevado ao topo do Olimpo pelo monopólio midiático, o STF se vende como um infalível poder entre os poderes, afrontando a Constituição que não prevê nenhuma hierarquia entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Uma rápida olhada pelo retrovisor da história, no entanto, revela um sem número de acontecimentos que envergoham o país, protagonizados exatamente pela dobradinha da moda. Vale lembrar alguns :



STF entrega Olga Benário Prestes aos nazistas - Grávida do líder comunista Luis Carlos Prestes, a judia Olga Benário foi deportada e acabou assassinada num campo de concentração nazista, nos  anos 30. O Supremo contribuiu decisivamente para o martírio de Olga, ao negar um pedido de habeas corpus em seu favor. O relator do processo foi o ministro Bento de Faria. O STF era presidido por Edmundo Lins.

Mídia ajudou a levar Vargas ao suicídio - Sob fogo cerrado do poder econômico e seus sócios na imprensa da época, como O Globo, Rádio Globo, Tribuna da Imprensa e Dários Associados, Vargas mete um tiro ne peito. Esses veículos foram os principais alvos da revolta popular que se seguiu à morte do presidente da República, tendo suas sedes invadidas e incendiadas pela massa enfurecida e seus jornais empastelados.

Firmes e unidos no apoio ao golpe militar - Jornal do Brasil, o Globo, Tribuna da Imprensa, Folha, Estadão, Correio da Manhã, Diários Associados e Tribuna da Imprensa fomentaram e apoiaram decididamente  a quebra da ordem constitucional do país. A implantação da ditadura no Brasil foi saudada efusivamente por todos esses jornais. Durante os anos de terror, a imprensa tratava os que resistiam à ditadura como terroristas. A Folha de São Paulo chegou ao ponto de emprestar suas viaturas para a Operação Bandeirantes (Oban).

Supremo apoia usurpação do poder - O presidente do Supremo, em 1964, Álvaro Ribeiro da Costa, legitimou o golpe,a farsa e a usupação do poder ao comparecer e prestigiar a posse do presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazilli, na presidência da República, quando o presidente João Goulart ainda estava em território nacional e, portanto, gozando dos todos os poderes constitucionais conferidos pela soberania popular.

Globo trama fraude junto com Proconsult - Se não fosse Leonel Brizola ter colocado a boca no trombone diante dos correspondentes estrangeiros, teria sido consumada uma fraude monumental nas eleições para o governo do estado do Rio de Janeiro, em 1982. Restou provado o conluio entre a empresa mandrake de informática Proconsult  e a Globo para dar a vitória ao candidato da PDS (ex-Arena), Moreira Franco.

O escândalo fabricado da Escola Base - Com grande estardalhaço, em 1984, a mídia denunciou abusos sexuais cometidos contra crianças de quatro anos pelos donos e professores da Escola Base, de São Paulo. Logo as investigações revelaram que nada disso acontecera e que todas as acusações eram falsas. Embora a Globo, por exemplo, tenha sido condenada a pagar, a título de indenização por danos morais, 1,35 milhões aos injustamente acusados, a escola teve que fechar as portas e seus proprietários tiveram suas vidas destruídas.

A histórica armação no debate Lula x Collor - A TV Globo conseguiu frear a subida de Lula rumo à vitória no segundo turno das eleições presidenciais de 1989 através de uma edição fraudulenta do último debate entre os dois candidatos, ocorrido depois que o período de propaganda eleitoral dos candidatos havia terminado.



Mídia mostra sequestradores com camisa do PT - Numa encenação patética e grosseira, na véspera da eleição de 1989, a polícia prendeu os sequestradores do empresário Abílio Diniz, os quais foram obrigados a se vestirem com camisas do Partido dos Trabalhadores e da campanha de Lula à presidência. Mesmo sabendo que os depoimentos dos sequestradores e a entrevista do delegado responsável pelo caso  não deixavam dúvidas de que não havia nenhuma ligação do crime com a política brasileira, os jornalões fizeram questão de estampar as fotos para prejudicar a candidatura de Lula.

STF garante impunidade de torturadores - Em 2010, o STF decidiu, por 7 votos a 2, pela não revisão da Lei da Anistia, negando provimento a uma ação da OAB segundo a qual crimes contra a humanidade como a tortura não podem ser alcançados por anistias. Ao contrário do que aconteceu na Argentina, no Chile e no Uruguai, que julgou e puniu os criminosos de suas ditaduras, no Brasil, essa decisão do Supremo varreu para debaixo do tapete os horrores dos porões da ditadura brasileira, assegurando a impunidade dos que torturaram, sequestraram e mataram.

* Sem contar o Habeas Corpus ao Banqueiro Daniel Dantas: STF concede habeas corpus a Daniel Dantas e irmã

Dilma enfrenta eleição mais suja da história - O candidato Serra e seus ferrenhos apoiadores na mídia lançaram mão, em 2010, de um estoque de baixarias e calhordices contra a canditada Dilma Rousseff jamais visto na história das eleições brasileiras. Destilando ódio e intolerência, os jornalões, as revistas e a Globo fizeram uma campanha obscuratista ao extremo, com base em ataques pessoais, calúnias e infâmias contra a candidata.



terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As Grandes Famílias...Midiáticas!

Salafehrio

UMA SAGA ÉPICA SOBRE UM  OLIGOPÓLIO
MANTIDO AO CUSTO DE SANGUE, SUOR E
LÁGRIMAS (DO POVO), EM MÃOS DE UMAS
POUCAS FAMÍLIAS 'SUPERPRIVILEGIADAS'!

O SUCESSO DE PÚBLICO, AGORA EM DVD!


 "Essa(s) família(s) é(são) muito unida(s)
  mas também muito ouriçada(s)!"

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Dilma baixa conta de luz. Cadê o Aécio?





Por Altamiro Borges

"Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, que prorroga as concessões das empresas de geração de energia e reduz as tarifas para os consumidores. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, ela faz parte do pacote de iniciativas do governo para aquecer a economia, afastando os riscos de maiores impactos da crise mundial do capitalismo. A lei beneficiará empresas e residências, com cortes de até 20% nas contas de luz.

Conforme esclarece a reportagem da Agência Brasil, "para terem o contrato de geração renovado, as concessionárias devem atender a requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação a tarifas e qualidade do serviço. A agência também disciplinará o repasse, para a tarifa final paga pelo consumidor, de investimentos necessários para manter a qualidade e continuidade da prestação do serviço pelas usinas hidrelétricas".

A mídia rentista, que tentou sabotar a medida e até apostou num racionamento de energia, terá de ser mais hábil agora para atacar o corte das contas de luz - sob o risco de perder ainda mais a sua já frágil credibilidade. Já a oposição demotucana recuou na última hora e aprovou o projeto, temendo um novo desgaste eleitoral. Quem mais se expõs contra a medida foi o cambaleante presidenciável do PSDB, o senador Aécio Neves. Em férias nos EUA, ele não vai falar nada sobre a redução das tarifas?"



O que move Sérgio Cabral contra os índios?


Jornal do Brasil
Marcelo Auler


A cena protagonizada no sábado (12) por policiais militares do Batalhão de Choque, fortemente armados e com uniformes típicos de confronto, cercando um prédio onde estavam indígenas munidos de arco e flecha, pode parecer bisonha em pleno século XXI, mas além do ridículo da situação, demonstra a maneira pouco democrática com que o governo do estado do Rio de Janeiro conduz a questão da reforma do Estádio do Maracanã.

Naquele estádio, em 16 de julho de 1950, o Brasil se viu derrotado na Copa do Mundo quando, na final, o uruguaio Alcides Ghiggia marcou o gol da virada que deu ao país vizinho seu segundo e último título de campeão mundial.  Anos mais tarde, de forma irônica, o jogador comentou a façanha destacando que “apenas três pessoas, com um único gesto, calaram um Maracanã com 200 mil pessoas: Frank Sinatra, o papa João Paulo II e eu”.

Isto apenas mostra que o Maracanã, ao longo dos seus 62 anos, já recebeu públicos variados. Na época em que suas arquibancadas eram corridas – sem cadeiras individuais – e que existia a famosa “geralzona”, onde o público – a maioria pobre, mas não apenas eles – assistia aos jogos em pé, ao redor do campo, o Estádio Mário Filho abrigou facilmente quantidade muito superior aos 100 mil torcedores.

O governador Sérgio Cabral Filho, vascaíno doente e descendente de um jornalista que além do samba é vidrado no futebol, certamente quando criança e jovem esteve em jogos que tenham atraído esta multidão de admiradores do esporte. Sempre em quantidade muito superior aos 76 mil espectadores que o estádio abrigará, por exigência da Fifa, na Copa do Mundo de 2014, após a reforma que está instalando cadeiras individuais nas antigas arquibancadas



Uma reforma que foi decidida entre quatro paredes, sem a participação do público, nem nenhum tipo de consulta mais aberta a especialistas ou órgãos de classe. Prevaleceram os interesses da Fifa, da CBF, na época presidida por Ricardo Teixeira que, todos sabem, comandou a entidade movido por propósitos nem sempre muito claros, e pelos governantes do Rio, Sérgio Cabral à frente. Mas a reforma está sendo sustentada com dinheiro público, de bancos oficiais, ou seja, em última instância, pelos impostos que os torcedores – aqueles que não foram jamais ouvidos – recolhem.

Curiosamente, o projeto estipulado entre quatro paredes e sem a participação popular decidiu pela impossibilidade de convivência entre o estádio reformado e um prédio erguido naquela região muito antes de se pensar em ali se instalar um estádio de futebol.

Datado de 1862, portanto com mais de 150 anos, o prédio do antigo Museu do Índio não tem valor histórico apenas pela sua construção centenária, mas pelo que abrigou. Foi nele que o marechal Rondon inicialmente, depois com a ajuda do antropólogo Darcy Ribeiro e dos irmãos Villas Boas, traçou e conquistou para o país a política nacional de preservação dos indígenas. Foi ali, por exemplo, que eles juntos travaram a batalha em defesa do Parque Nacional do Xingu que, como o filme de mesmo nome acaba de mostrar a milhões de pessoas, tanto nas salas de cinema quanto pela Rede Globo, garantiu a sobrevivência de diversas nações indígenas. E ali se manteve uma tradição indígena, fazendo do prédio abrigar a Aldeia Maracanã, que se transformou em referência para os índios no Rio de Janeiro.

A convivência entre o prédio com 150 anos e o estádio com 62 anos sempre foi pacífica. Mesmo tendo abrigado algumas vezes até 200 mil pessoas, não há registro de que o antigo prédio tenha atrapalhado a hoje denominada “mobilidade urbana”. Estas duas centenas de milhares de pessoas entraram e saíram do estádio Mário Filho sem maiores pertubações, às vezes incomodadas apenas pelos congestionamentos causados por carros particulares transportando quantidade ínfima de passageiros.

Ora, se no passado por ali circularam sem maiores problemas duas centenas de milhares de pessoas, sejam torcedores, fiéis que foram ver o papa ou fãs de Frank Sinatra, por que motivos há de se alegar que o prédio atrapalhará a “mobilidade urbana” em jogos onde são esperados muito menos espectadores?

Fala-se da necessidade de construção de um grande estacionamento. Ou seja, mais uma vez as autoridades priorizam o transporte individual, quando na verdade, em nome da “mobilidade” e até da defesa do meio ambiente, deveriam se preocupar não em derrubar um prédio, que em nada atrapalha o ir e vir dos torcedores, mas sim criar corredores exclusivos de ônibus para que estes, ao lado dos trens da SuperVia e do Metrô garantam o escoamento do publico sem maiores congestionamentos.

Na verdade, toda esta mobilização do governo, inclusive utilizando soldados do Batalhão de Choque que vivenciaram o ridículo papel de cercarem uma aldeia cujos índios possuíam apenas arcos, flechas e, talvez, tacapes improvisados, leva a crer que o governo de Sérgio Cabral está sendo movido por outros interesses.

O que se percebe é a vontade de limpar a área para que a iniciativa privada possa explorar a região com estacionamentos que terão preços abusivos e shoppings onde o chamado mercado irá faturar em cima dos 76 mil torcedores esperados nos jogos da Copa do Mundo. Por detrás disto, consta, estariam também os interesses do megaempresário Eike Batista, aquele que emprestava aviãozinho para os passeios do senhor governador.

Por conta de interesses não dos mais nobres é que toda a história do velho e centenário prédio onde outrora se desenhou a política indigenista do país e, por isto, abrigou o Museu do Índio e tornou-se referência para as tribos indígenas, está sendo jogada no lixo. O pior é que tudo pode acontecer com a omissão ou mesmo a participação do Judiciário Federal fluminense, uma vez que partiu da presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Maria Helena Cisne, a decisão de suspender a liminar que impedia a remoção da aldeia indígena. Ainda há tempo de se evitar que se jogue um pedaço da História do Brasil na lata do lixo. Por enquanto, apenas a Defensoria Pública da União, alguns poucos políticos e movimentos sociais tentam evitar isto. Mas, quem sabe, outras entidades não despertarão do sono profundo no raiar desta segunda-feira, antes do governador promover nova cena dantesca, mandando fuzis e metralhadoras cercarem arcos, flechas, tacapes e parte da História do Brasil?





sábado, 12 de janeiro de 2013

Nota da Embaixada da Venezuela sobre os comentários desastrosos de Arnaldo Jabor





Nota da Embaixada da Venezuela sobre os comentários desastrosos de Arnaldo Jabor:

Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povoque escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular - entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa - essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.

Embaixada da República Bolivariana da Venezuela

Industria foi mal em estados governados por tucanos e foi bem nos demais, isso o JN não diz.




Mas o telejornal omitiu uma informação importante: dos 6 estados em que a produção industrial caiu, 5 são governados por tucanos.

Eis os 6 estados pesquisados onde houve queda na produção industrial:

Goiás (PSDB): -14,7%
Espírito Santo (PSB): -6,3%
Pará (PSDB): -6,0%
Paraná (PSDB): -5,1%
São Paulo (PSDB): -1,9%
Minas Gerais (PSDB): -0,7%

Eis os 8 estados pesquisados onde houve crescimento:

Bahia (PT): 3,5%
Santa Catarina (PSD): 3%
Amazonas (PSD): 2,9%
Ceará (PSB): 2,2%
Rio de Janeiro (PMDB): 2,1%
Pernambuco (PSB): 1,3%
Rio Grande do Sul (PT): 0,4%

Os governadores tucanos Geraldo Alckmin (SP), Anastasia (MG), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO) e Simão Jatene (PA) estão destruindo seus estados, e continuam contra o crescimento industrial ao tentarem sabotar a conta de luz mais barata, o que incentivará a produção industrial.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dr. Joaquim Barbosa, ou julga o mensalão tucano em 2013 ou prescreverá




Se não for julgado logo, não será julgado nunca, pois em 2014 os crimes, que ocorreram em 1998, completarão 16 anos de ocorrência e estarão prescritos.

Se o STF cometer esse disparate de deixar prescrever, pode trocar o crucifixo que fica na parede por uma estátua de tucano de uma vez por todas.

Já chega ter "furado a fila" e ter dado prioridade de julgar

"Ocultação de Patrimônio". Laranja complica Aécio e Andréa Neves



Arrolada como testemunha de acusação, ex "sócia" dos irmãos Andréa e Aécio Neves abre o jogo na PF e confessa que era apenas laranja Novo Jornal



A situação do Senador Aécio Neves (PSDB/MG), complica-se cada vez mais, depois de divulgada por Novojornal a “Lista de Danilo de Castro”, que fundamentou a “Lista de Furnas”, descrevendo como foram distribuídos os recursos arrecadados ilicitamente por Dimas Fabiano na campanha de Aécio para governador de Minas em 2002.
Denunciado juntamente com sua irmã Andréa pelos deputados estaduais de Minas Gerais Sávio Sousa Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), perante a Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, Procuradoria Geral da República e Receita Federal, o senador mineiro e sua irmã viram de uma hora pra outra suas realidades patrimoniais devassada.
Em Minas Gerais, onde Aécio tem controle absoluto sobre decisões e ações dos que ocupam o cargo de Procurador Geral de Justiça desde 2002, quando assumiu o cargo Jarbas Soares, seu sucessor Alceu Torres, em uma decisão segundo seus próprios colegas, “desprovida de fundamentação legal e total parcialidade”, determinou o arquivamento do pedido de investigação.
Decisões idênticas foram tomadas em relação a todas as iniciativas de investigações contra Aécio Neves e integrantes do Governo de Minas Gerais, que tramitaram na PGJ-MG nos últimos 10 anos.  Atualmente encontra-se pendente de julgamento o pedido de reconsideração da decisão tomada.  
Em Brasília, o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, determinou “sigilo total” sobre as investigações. Porém, procuradores críticos de sua atitude, por considerá-la partidária, informam que na semana anterior ao natal de 2012 chegou à mesa de Gurgel parecer de 35 páginas contendo levantamentos preliminares recomendando que fosse aberto procedimento investigatório.
Os mesmos procuradores informam ainda que desde 2004 já existiam informações suficientes para o indiciamento de Aécio e de sua irmã Andréa, fato que foi omitido na denúncia apresentada pelo ex-Procurador Geral da República Antônio Fernando de Souza, no esquema criminoso denominado “Mensalão do PSDB”, que arrecadou e distribuiu recursos ilícitos, alguns oriundos de empresas públicas mineiras, que operou na campanha de Azeredo em 1998 para o governo de Minas.
Fundamentam suas afirmações no que vinha sendo guardado a sete chaves, o “Relatório da Polícia Federal” sobre as investigações realizadas na época sobre o “Mensalão Tucano”. Procedimento “desarquivado” em novembro de 2012, devido a denúncia apresentada pelo ministro do STF Gilmar Mendes contra a revista Carta Capital por ter divulgado uma lista dos que teriam sido beneficiados pelo esquema criminoso, contendo seu nome.
A fundamentação da denúncia de Gilmar Mendes era de que a lista noticiada seria falsa, obrigando a Polícia Federal abrir procedimento investigatório para ouvir os apontados por Gilmar Mendes como envolvidos no caso.  Segundo as mesmas fontes, o relatório encontrava-se “guardado”, porque no mesmo está provado documental e testemunhalmente como funcionou todo o esquema criminoso em relação ao PSDB, ao contrário do ocorrido em relação ao mensalão do PT.
O relatório comprova que a lista, publicada por Carta Capital, além de não ser falsa, era de conhecimento da Polícia Federal, da Procuradoria Geral da República e do STF a origem da lista e informada na pagina 11 em seqüência a;
“RESUMO DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA OCORRIDA NO ANO DE 1988 NA CAMPANHA PARA REELEIÇÃO AO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PELO ATUAL SENADOR DA REPÚBLICA, SR. EDUARDO BRANDÃO DE AZEREDO E DO ATUAL VICE-GOVERNADOR, SR. CLÉSIO SOARES DE ANDRADE. ELEIÇÃO DE 1998 – HISTÓRICO”.
Documento obtido através de apreensão, foi este resumo que possibilitou a investigação da PF, que fundamentou a denúncia do Procurador Geral da República, aceita e em curso no STF através da Ação Penal 536/MG, tendo como relator o ministro Joaquim Barbosa.
Assessores do STF mostraram-se assustados com as indagações do Novojornal, depois de confrontados com cópia do relatório e do protocolo, foram obrigados a reconhecer o fato informando que o inquérito encontrava-se “guardado”, por estratégia do ministro Joaquim Barbosa, para evitar pressões principalmente depois de cumprida determinação do ministro para que as testemunhas de acusação fossem ouvidas.
O apurado e descrito no Relatório da Polícia Federal comprova que Lídia Maria Alonso Lima, funcionara como “Laranja” de Aécio e Andréa Neves. Ouvida pela Polícia Federal, ela disse:
“Que em 1998 trabalhava na Empresa Comercial Factoring Ltda, de propriedade de Andréia Neves da Cunha, onde exercia a função de gerente na referida empresa.
Que indagada acerca das empresas denomínas  Sistema de Comunicação Azaléia ltda, Editora Gazeta de São João Del Rey Ltda, e Taking Care Ltda, onde seu nome faz parte do quadro societário das mesmas, a declarante confirma tal participação. Que, quanto a empresa Sistema de Comunicação Azaléia Ltda, trata-se da Radio Azaléia FM, cujo contrato social foi registrado em 1997, conforme cópia que ora apresenta, porém, até o momento a mesma ainda não entrou em funcionamento por questões burocráticas; Que, quanto à empresa Editora Gazeta de São João Del Rey LTDA, a mesma foi aberta pelo senhor Herval da Cruz Braz (já falecido), esposo de Andréa Neves da Cunha, irmã de Aécio Neves; Que, com a morte do senhor Herval, a declarante foi convidada por Andréa Neves a integrar o quadro societário da mesma, uma vez que Andréa Neves se ausentou por três anos de Belo Horizonte/MG, indo morar no Rio de Janeiro, de 1999 a 2001, e por questões de confiança, deixou referida empresa sob a responsabilidade da declarante; Que, a declarante acredita que nunca fez nenhum tipo de retirada na mencionada editora, mesmo por que o histórico financeiro da empresa nunca foi dos melhores; Que, quanto à empresa Taking Care LTDA, a mesma foi fundada em 12/12/1995, por Andréa Neves da Cunha e Herval da Cruz Braz; Que, em outubro de 1999, com a morte do senhor Herval, a declarante foi convidada para integrar o quadro da Taking Care, com 0,01%, ou seja, apenas para cumprir exigência legal; Que, na 6ª Alteração Contratual a declarante deixou de figurar no quadro societário da Taking Care, passando a funcionária formalmente contratada, ocasião em que passou a fazer parte do quadro societário da mesma, com 49%, o senhor Aécio Neves da Cunha, irmão de Andréa Neves; Que, em 2003, quando o senhor Aécio Neves assumiu o cargo de governador do Estado de Minas Gerais, este solicitou a Andréa que retirasse o seu nome do quadro societário da Traking Care; Que, na sétima alteração contratual a declarante voltou a compor o quadro societário da Traking Care, desta feita com 49%, Que, na última alteração contratual a declarante passou a ter apenas 5% do capital social da Traking Care e a senhora Andréa Neves 95%. 
A Radio Azaléia encontra-se instalada na cidade de Bocaiúva, FM 101,5 MHz. Em 1997, segundo depoimento de Lídia Maria Alonso Lima, quando foi registrada, Aécio era deputado federal e pela lei estaria impedido de ter concessões do Estado.
Segundo fontes da PGR, “apenas estes fatos seriam suficientes para apresentação de denúncia contra Aécio e Andréa Neves no processo do “Mensalão Tucano”, movido contra Eduardo Azeredo, o que não ocorrera por decisão política, porém, a situação complicou-se após a denúncia apresentada pelos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB-MG) e Rogério Correia (PT-MG)”. 
“A confissão de Lídia Maria Alonso Lima perante a Polícia Federal somada as denúncias apresentadas pelos dois deputados mineiros comprovam como vem operando a mais de uma década o esquema montado para ocultar o patrimônio, benefícios de concessões e recursos públicos sem que apareça Andréa e Aécio Neves”, conclui.
Sabe-se que investigações da Receita Federal aprofundaram-se na analise do patrimônio das empresas IM Participações e Administração Ltda e NC Participações Ltda, nas quais são sócios Aécio, Andréa e sua mãe Inês Maria, principalmente em relação ao patrimônio incorporado que não teve origem nos bens deixados por Gilberto Faria.
A denúncia dos deputados Sávio Souza Cruz e Rogério Correia relata a ocultação de patrimônio e rendas:
A declaração de bens apresentada por Aécio na Justiça Eleitoral aponta um cidadão de pouco patrimônio, com rendas de servidor público incompatível com a vida de Aécio Neves, que viaja constantes ao exterior, utilização de veículos de luxo, refeições e hospedagens em points do jet set nacional e internacional e a utilização de jatinhos particulares para o seu deslocamento.
Certamente, tais condutas e procedimentos não são próprias de um mero agente político, que ocupa cargos públicos desde os 18 anos de idade.
Perante a Justiça Eleitoral, para seu registro de candidatura ao Senado da República no ano de 2010, apresentou a seguinte relação de bens, com os seguintes valores:
a) Apartamento no Rio de Janeiro, no valor de R$ 109.500,00;
b) Lote, no valor de R$ 6.639,73;
c) Lote, no valor de R$ 9715,62;
d) Ações, no valor de R$ 0,09
e) Ações, no valor de R$ 217,26
f) Quotas de capital da IM Participações , no valor de R$ 95.179,12;
g) Empréstimo a NC Participações Ltda, no valor de R$ 8.544,12;
h) Objeto de Arte no valor de R$ 13.650,00;
i) 50% de imóvel rural, no valor de R$ 87.000,00;
j) Saldo em conta corrente no valor de R$ 331,07;
k) Aplicação financeira no valor de R$ 40.142,20;
l) Saldo em conta corrente no valor de R$ 10,00;
m) Aplicação financeira no valor de R$ 14.393,28;
n) Saldo em conta bancária no valor de R$ 496,93
o) Apartamento em Belo Horizonte no valor de R$ 222.000,00.
Total do patrimônio declarado : R$617.938,42
A declaração de bens apresentada pelo primeiro representado à Justiça Eleitoral possui os mesmos valores históricos, quanto ao patrimônio imobilizado, da declaração apresentada em 2006, quando de sua segunda candidatura a Governador de Minas Gerais, com pequenas variações. Quanto ao patrimônio total, houve uma redução nominal em quatro anos da ordem de cerca de 20% (vinte por cento).
Em quatro anos, o primeiro representado teve decrescido o seu patrimônio.
A remuneração do Governador do Estado de Minas Gerais, ocupação principal do primeiro representado no período de janeiro de 2003 a abril de 2010, era de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais) brutos, nos termos da Lei Estadual 16658.
Durante este período apontado, o primeiro representado realizou 11 (onze) viagens ao exterior às suas expensas, segundo dados colhidos junto à Assembleia Legislativa, muitas vezes em companhia da família e segundo notas de imprensa, frequentemente a destinos de alto luxo como Aspen, estação de esqui nos Estados Unidos.
De abril de 2010 a Fevereiro de 2011, quando voltou a assumir mandato eletivo, o primeiro representado esteve desempregado. Entretanto, continuou realizando viagens ao exterior e com seus hábitos caros e pouco comuns à maioria esmagadora da população.
O primeiro representado tem uma de suas residências fixas na cidade do Rio de Janeiro, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Bairro Leblon, considerado de classe alta. Outra, em Belo Horizonte, também em um bairro considerado zona residencial nobre.
As despesas com manutenção de suas residências e de seu nababesco estilo de vida, compreendendo restaurantes de primeira linha, festas com celebridades, boites e viagens a bordo de jatos particulares são incompatíveis com os seus rendimentos declarados.
É bem verdade que o primeiro representado tem declarado em seu patrimônio a participação societária nas empresas NC participações Ltda (CNPJ 23205958/0001-14), no valor de R$ 9.819,00 (nove mil e oitocentos e dezenove reais) e da IM Participações e Administração Ltda (CNPJ 28264463/0001-80) no valor de R$ 95.179,12 (noventa e cinco mil e cento e setenta e nove reais e doze centavos) esta com sede na residência de sua mãe, a anciã Inês Maria Neves de Faria, com endereço na Rua Pium-i, 1601, apto 901, em Belo Horizonte e agora, incorporada ao seu patrimônio a Rádio Arco-Iris Ltda, cujas operações serão detalhadas a seguir.
Mas seria o rendimento auferido pelo primeiro representado por sua participação acionária nestas empresas que suportariam todas as elevadas despesas de seu estilo de vida ostentoso ou, a exemplo do que acontece comprovadamente com a empresa Rádio Arco-Iris, o primeiro representado utiliza-se diretamente de recursos ou de patrimônio destas e de outras pessoas jurídicas para fazer frente aos seus gastos faraônicos?
Ao que se demonstra o primeiro representado, face os seus rendimentos oficiais, apresenta sinais exteriores de riqueza incompatíveis com seus rendimentos, nos exatos termos do art. 6º da Lei Federal 8021/90, fruto de ocultação de patrimônio, de fraude fiscal ou de ambos”.
Prosseguindo:
“Um dos instrumentos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de patrimônio é a Rádio Arco-Iris Ltda.
A empresa Rádio Arco-Iris Ltda (terceira representada) é de propriedade do primeiro e da segunda representados, segundo consta de registro extraído da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.
A aquisição de cotas da empresa foi realizada pelo primeiro representado no ano de 2010, quando ainda se encontrava desempregado e, portanto, sem nenhuma renda formal.
Segundo o mesmo registro, a sociedade tem por objeto “a execução de serviços de radiodifusão sonora de quaisquer modalidades, em quaisquer localidades do país, desde que para tanto o Governo Federal lhe outorgue permissão e/ou concessões, podendo paralelamente explorar a propaganda comercial e a música funcional.”
Para a consecução de seu objeto social, a sociedade poderá ter os gastos de custeio exclusivamente vinculados aos seus fins.
Pressupõe-se pois que as despesas legítimas que podem ser utilizadas contabilmente para dedução na receita e via de consequência abatimento no lucro são aquelas afetas aos serviços de radiodifusão sonora e, paralelamente, exploração de propaganda comercial e a música funcional.
Assim, ter-se-ão como despesas ordinárias e possíveis de constar no passivo da terceira representada as referentes a aluguel de imóvel, compra e manutenção de equipamentos, salários e encargos trabalhistas, manutenção geral das suas dependências, bem como locação, manutenção e despesas referentes a veículos colocados à disposição das finalidades da empresa, dentre outros gastos, desde que não configurado o desvio das finalidades empresariais.
O recente episódio envolvendo o primeiro representado, Sr. Aécio Neves da Cunha,  parado em operação policial na cidade do Rio de Janeiro, que ganhou repercussão nacional, face às infrações de trânsito cometidas por um Senador da República e ex-governador de Estado, não passariam de noticiário e de impressões de natureza política, não fosse o primeiro representado o condutor de um veículo de propriedade de uma empresa concessionária de serviço de radiodifusão, in casu, a terceira representada.
Constatou-se, à ocasião, que o primeiro representado conduzia o veículo Land Rover “TDV8 Vogue”,  ano 2010, placa HMA 1003, de valor aproximado de mercado de R$ 255.000,00, adquirido após as últimas eleições pela “Rádio Arco-Iris”, de propriedade do segundo e  da terceira representada.
Segundo informações fornecidas pela Assessoria de Imprensa do primeiro
representado, o veículo ficava à disposição da família do primeiro e da segunda representada, que são irmãos, e era utilizado por eles durante seus deslocamentos de caráter particular e privado,  no Estado do Rio de Janeiro.
Constatou-se também ser a empresa Rádio Arco-Iris, terceira representada, proprietária de 12 veículos registrados no DETRAN-MG, sendo eles:
Placa Marca/Modelo ano FIPE
HEZ 1502 Toyota Fieldes 2006  R$   34.513,00
HMA 1003 Land Rover TDV8 Vogue 2010  R$ 254.625,00
HMO 9226 Fiat Strada Advent Flex 2009  R$   38.723,00
HMO 8922 Microonibus Fiat Ducato 2009  R$   67.785,00
HJO 1804 Moto Honda CG 150 Titan 2009  R$    5.397,00
HHH 0211 Toyota Hilux SW4 SRV 4x4 2006  R$   93.600,00
HBM 7500 Land Rover Discovery TD5 2004  R$   65.210,00
HCL 4278 MMC L200 Sport 4x4 GLS 2004  R$   47.215,00
GYV 7361 Microonibus M Bens 312D Sprinter  2000  R$   40.055,00
LCQ 3053 Audi A6 1998                          R$   35.311,00
HCV 0083 Uno Mille Fire 2005               R$   15.175,00
GZF 3318 Gol 1.0  2001                          R$   16.825,00
 TOTAL                                       R$ 714.434,00
Observe-se que dos 12 veículos registrados em nome da Rádio Arco-Iris, seis deles, pelo menos, não guardam qualquer nexo com os veículos de utilização normal da empresa e para os fins do objeto empresarial. Indubitavelmente são automóveis de passeio, não utilitários, e de categoria de luxo.
Além disso, tratando-se de emissora com sede e transmissão na região metropolitana de Belo Horizonte, a freqüente autuação de seus veículos, no Estado do Rio de Janeiro, também atesta que os veículos não são utilizados em serviços da empresa.
As multas aplicadas aos veículos de nº. 1 e de nº. 2 da lista acima, conforme site do DETRAN/MG esclarecem que estes foram flagrados em excesso de velocidade em Búzios (RJ), Rio Bonito (RJ) em rodovias no Estado do Rio de Janeiro e também na cidade do Rio de Janeiro.
Não é crível que tais automóveis estivessem a serviço da Rádio Arco-Iris naquele Estado, tanto mais considerando que a mesma é uma Rádio que não possui departamento de jornalismo, atendo-se tão somente ao entretenimento do público jovem e adolescente através de programação musical e, vale lembrar, transmite sua programação na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ad argumentandum , apesar de a Rádio Arco-Iris ser a retransmissora da Rádio Jovem Pan, e conforme declarado pela Assessoria de Imprensa do primeiro representado, possuir alto faturamento anual(sic), mesmo sem entrar no mérito da destinação pelo primeiro e segundo representados de verbas públicas de publicidade ao terceiro representado, não se justifica a imobilização de patrimônio através de aquisição de veículos de luxo, imprestáveis à finalidade empresarial.
Obtempere-se que, a propriedade de tais veículos, ´por parte da terceira representada , poderão se prestar a:
a) contabilização de seu custeio como despesas da empresa. Assim, o pagamento dos altíssimos valores de seguro, IPVA, multas e taxas, são lançados como despesa e portanto dedutíveis para a apuração do lucro, o mesmo ocorrendo com as despesas de combustível, revisão e peças;
b) contabilização da depreciação patrimonial dos veículos, também dedutível para apuração do lucro;
c) contabilização dos possíveis contratos de arrendamento mercantil, se houverem, como despesa corrente, também passível de dedução no lucro.
Tais operações contábeis, se ocorreram, configuram burla ao fisco e evidenciam o lançamento de despesas estranhas à atividade empresarial na contabilidade da empresa, reduzindo a base de cálculo para a apuração do quantum devido à Receita Federal, em todos os tributos e contribuições fiscais e parafiscais em que o lucro for a base de cálculo. Constitui, portanto, sonegação fiscal, devendo ser apurada para a responsabilização dos envolvidos.
As cotas da Rádio Arco-Iris foram adquiridas pelo primeiro representado em 28/12/2010, com o valor declarado à Junta Comercial do Estado de Minas Gerais de R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais) de um total de cotas da sociedade de 200.000 cotas, no valor total de R$200.000,00 (duzentos mil reais).
Sobre este item, deve-se considerar o seguinte:
a) O valor declarado à JUCEMG não representa necessariamente o valor real da empresa;
b) Somente os veículos registrados no DETRAN-MG em nome da empresa têm valor de mercado de aproximadamente R$715.000,00 (setecentos e quinze mil reais). – conforme Tabela FIPE
c) O valor comercial da concessão da Rádio Arco-Iris Ltda, retransmissora da Rádio Jovem Pan e ocupante do 6º lugar no ranking de audiência é de aproximadamente R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais), segundo informações de mercado;d) o primeiro representado não possuía patrimônio declarado para a aquisição de tal empresa, conforme já demonstrado.
Como dito, a empresa Rádio Arco-Iris é apenas um dos mecanismos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de seu patrimônio e a prática de sonegação fiscal.  Só foi detectada em função de mais um excesso público cometido pelo primeiro representado, o qual é useiro e vezeiro. Apenas a investigação criteriosa da Receita Federal do Brasil poderá detectar outros métodos de sonegação utilizados pelo primeiro representado, bem como a extensão dos danos ao erário”.
Com relação às empresas IM Participações e Administração Ltda e NC Participações Ltda, das quais Aécio e Andréa são co-proprietários, solicitaram a verificação da utilização de suas rendas e patrimônio. Embora apenas a compra por Aécio Neves da participação na Radio Arco-Iris (Jovem Pan), por R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais) enquanto o valor comercial da empresa seja de R$ 15.000.000,00 demonstre a ocultação de bens, outros fatos foram denunciados a PGR;
"O primeiro representado( Aécio Neves), faz uso frequente de aviões particulares para seu deslocamento no Brasil e no exterior.
Constata-se por declarações dadas pelo representado à imprensa, o uso frequente de um jato particular, cujo valor de avaliação é de 24 milhões de reais, de propriedade da Banjet Taxi Aéreo Ltda., é feito graciosamente, por cortesia da empresa.
Ocorre que tal empresa, pertencente ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, liquidado em ruidosa nuvem de má gestão, tem como sócio administrador o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, nomeado para aquele cargo pelo primeiro representado.
No que toca ao Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes na área de mineração em Minas Gerais, tendo em vista sua posição privilegiada como presidente de uma grande estatal, o mesmo participa da diretoria ou é sócio proprietário de outras pessoas jurídicas. Tal influência passou a ser exercida a partir da posse do primeiro representado no governo de Minas. Antes disso, o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho nada mais era do que um nome nas colunas sociais.
São elas: Minasmáquinas S/A, BAMAQ S/A Bandeirantes Máquinas e Equipamentos, Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá COMIPA, Comercial de Veículos Delta Ltda., CGO Administradora e Corretora de Seguros Ltda. e OEC Memória do Automóvel Ltda.
Foi também proprietário de outras empresas, juntamente com o ex banqueiro Clemente de Faria, como a  Star Diamantes Ltda., de sua propriedade quando já era presidente de empresa estatal.. A primeira e a segunda empresas citadas mantém relações comerciais com o Estado de Minas Gerais, da qual o primeiro representado foi Governador nos últimos dois mandatos e o Sr. Oswaldo foi e continua sendo presidente de estatal e membro de conselhos de administração de outras empresas.
Ainda sobre a Banjet Taxi Aéreo Ltda., CNPJ 23.348.345/0001-36, frise-se, pertencente ao mesmo grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, e que cede graciosamente suas aeronaves ao primeiro representado, aponte-se que suas aeronaves foram utilizadas na campanha de 2010 ao Governo de Minas e ao Senado da República pelos candidatos Antônio Anastasia, Aécio Neves e Itamar Franco. Estas informações estão no sítio eletrônico do TSE e o custo de tais locações superou o valor de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais). A Banjet ainda locou suas aeronaves ao PSDB nacional, pelo que consta da prestação de contas daquele partido, também registrada no TSE.
Estas informações apenas ilustram o perfil das empresas dirigidas pelo Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes no cenário empresarial mineiro.
Mas o que levanta suspeitas é o fato de que pertenceram ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, que tinha um de seus endereços na Avenida Rio de Janeiro, 600,  Belo Horizonte, coincidentemente o mesmo endereço da empresa IM Participações  e Administração Ltda., à época em que a genitora do primeiro representado, Inês Maria Neves Faria, era uma das gestoras do malfadado Banco, juntamente com o seu marido já falecido, o ex banqueiro Gilberto Faria.
Observe-se que a empresa IM Participações e Administração Ltda. é de propriedade do primeiro representado, da segunda representada e de sua mãe, viúva do ex banqueiro, conforme documento anexo.
Como é de praxe, são essas empresas de participação quem administram inteiras fortunas, para acobertar patrimônio de particulares, que não tem como justificar contabilmente a aquisição de ativos.
Haveria aí uma triangulação de patrimônio, de forma que não só a Banjet Taxi Aéreo Ltda., como outras empresas ligadas ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes ou não fossem de co-propriedade do primeiro e da segunda representada? Certamente. Tal triangulação seria possível uma vez que a genitora de ambos representados era gestora de empresas ligadas ao banco e sócia daqueles."
Espera-se para o primeiro trimestre deste ano a divulgação, pela Procuradoria da República e Receita Federal, do resultado das investigações, além das medidas que serão tomadas em função das denúncias apresentadas. Novojornal consultou Aécio e Andréa Neves através de suas assessorias. Eles preferiram nada comentar a respeito dos fatos noticiados.