segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Veja, Estadão e Folha de SP procuram novos candidatos para cargos jornalísticos


Se você possui o dom de omitir, manipular e esconder a verdade, faça já suas inscrição no site www.euseimentir.com.br ou pelo e-mail: mentiratempernacurta@vagas.com.br.



 Os candidatos deverão primeiramente passar pelo teste do polígrafo (detector de mentiras) para saber se realmente estão aptos a ocupar as vagas a serem preenchidas.




OBS: Os candidatos que passarem serão chamados a partir do dia 1° de abril do próximo ano


BOA SORTE!

Entrada da redação da revista Veja



sábado, 27 de agosto de 2011

Indio da Costa cobra R$ 10 por curso. Ele espalhou outdoors pelo Rio para divulgar seu curso



Por uma taxa de R$ 10, o ex-deputado Indio da Costa promete formar candidatos qualificados para disputar vagas nas Câmaras Municipais brasileiras em 2012.

O futuro presidente do PSD no Rio mandou espalhar 65 outdoors pela capital fluminense para anunciar o curso Seja Vereador. Em três horas de aula, ele espera passar noções de atividade legislativa, administração pública municipal e mostrar aos alunos "como ganhar uma eleição".

- Nosso objetivo é elevar o nível da política brasileira. A ideia é atrair pessoas novas, que nunca militaram politicamente e têm capacidade de gerar voto.

Indio foi vereador, deputado federal e candidato a vice na chapa do tucano José Serra na campanha presidencial do ano passado.

O site do curso (sejavereador.org.br) convoca líderes comunitários, estudantis e de movimentos sociais e promete ensinar "o passo a passo para a vitória".

A página informa que a taxa de R$ 10 é simbólica e coffee breaks serão oferecidos nos intervalos das apresentações.

- O valor é simbólico, uma taxa para evitar que apareçam pessoas que não têm nenhum interesse político.

Os seminários serão usados para arregimentar candidatos para o PSD, em processo de formação. Um instituto coordenado por Indio será o organizador do curso, mas o novo partido passará a conduzir os seminários depois que for criado oficialmente.

Um projeto piloto começa em setembro, no Rio, e vai até 4 de outubro - três dias antes da data-limite de filiação de candidatos para as eleições de 2012. O ex-deputado garante que os alunos serão livres para decidir se querem se filiar ao PSD e afirma que o curso será aberto a políticos de outras legendas.

No Rio, os outdoors do curso serão expostos principalmente nas zonas norte e oeste, onde estão concentrados bairros populares e a maior parte da população da cidade.

Na verdade ele quer ensinar como se conseguir uma popularidade igual a essa que ele têm na Rocinha:


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cresce cerco a Teixeira



Para quem torce pela saída de Ricardo Teixeira da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL), uma boa notícia.

Oito advogados paulistas levaram uma série de denúncias contra o dirigente, denúncias que vão desde a década retrasada passam pelo nebuloso amistoso do Brasil contra Portugal, no Distrito Federal, que teria favorecido amigos do dirigente, e chegam até 2011, para a Frente Suprapartidária de Combate à Corrupção e à Impunidade.

Entre os pontos levantados estão também possível favorecimento a parentes e amigos dentro da CBF e do próprio COL, cuja diretora-executiva é nada mais nada menos do que a filha de Teixeira.

As denúncias serão enviadas também a senadores, entre os quais Ana Amélia Lemos (PP-RS), cujo gabinete deve analisar ponto por ponto levantados pelos advogados paulistas.

Pedro Simon (PMDD-RS) e Cristóvam Buarque (PDT-DF) também receberão a documentação, já enviada para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que faz parte da Frente Suprapartidária.

A frente em questão, além da OAB, conta com representantes da Controladoria Geral da União (CGU), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que foi quem conseguiu recolher assinaturas para a aprovação da Lei da Ficha Limpa para o Congresso brasileiro.

Agora a ideia é recolher assinaturas contra Ricardo Teixeira, assim como querem fazer grupos de torcedores que têm se reunido para pedir uma Copa sem Teixeira.

Devagarzinho, devagarzinho, a sociedade civil começa a se mexer. Afinal, a Copa está aí. E a Olimpíada, para lembrar a quem esqueceu, também.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Deputado pede audiência sobre censura da Folha contra blog


O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) apresentou, na semana passada, um requerimento que pede a realização de uma audiência pública "para debater o silêncio da mídia no caso de censura imposto pelo jornal Folha de S.Paulo ao site www.falhadesaopaulo.com.br".


No requerimento, Pimenta sugere que sejam convidados para a audiência Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha, e Taís Gasparian, advogada do jornal. Também sugere convite a Lino e Mario Bocchini, responsáveis pelo blog citado.

O pedido para audiência pública foi apresentado no último dia 16 na Comissão de Legislação Participativa da Câmara. Ainda não foi votado.

Na justificativa do requerimento, o deputado diz que a intenção é "avançar em direção à discussão de uma prática que vem se constituindo em meio recorrente de alguns grupos de comunicação no Brasil, que é a utilização de mecanismos, que outrora condenavam, de modelos de censura, hoje, praticados justamente pelas mãos de quem diz viver da liberdade de expressão".


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ministro das Comunicações respode ataques da Globo


Ministério das Comunicações

NOTA DE ESCLARECIMENTO
 

Além de totalmente inverídicas, são de grande irresponsabilidade as ilações que tentam fazer sobre meu comportamento como Ministro de Estado e o uso de aeronaves particulares. Esclareço que jamais solicitei ou me foi oferecido qualquer meio de transporte privado em troca de vantagem na administração pública federal.

Em 2010, quando era Ministro do Planejamento, participei, nos fins de semana, feriados e férias, da campanha eleitoral do meu Estado, Paraná. Para isso, utilizávamos aviões fretados pela campanha, o que incluiu aeronaves de várias empresas, que receberam pagamento pelo serviço. Não tenho, porém, condições de lembrar e especificar prefixos e tipos, ou proprietários, dos aviões nas quais voei no período.

Não existe relação entre o exercício do cargo de Ministro do Planejamento e fatos decorrentes da execução de obras públicas no estado do Paraná. Como deputado federal paranaense, nos anos 2003 e 2004, e a pedido do então Prefeito de Maringá, Sílvio Barros, reconhecendo a importância da obra para o Estado, nos empenhamos para obter recursos, através de emenda de bancada.

O Contorno de Maringá foi incluído no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento porque preenchia todos os critérios, como importância do projeto para a economia local e para a população. Defendi a inclusão do Contorno de Maringá no PAC, assim como de outras obras prioritárias em outras regiões do país, por uma razão simples: eram importantes para o desenvolvimento daqueles Estados, não porque iriam beneficiar esta ou aquela construtora.

REVISTA ÉPOCA

A Revista Época fez nos últimos dois meses, quatro matérias em que cita a mim ou à Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, com insinuações indevidas, algumas de forma absolutamente gratuita, sem me ouvir, como foi o caso da publicada na edição de 20 de junho de 2011, sob o título “Do Pantanal para Campinas”.

Este fato contraria os Princípios Editoriais das Organizações Globo que diz, na seção 2: “correção é aquilo que dá credibilidade ao trabalho jornalístico: nada mais danoso para a reputação de um veículo do que uma reportagem errada ou uma análise feita a partir de dados equivocados”.

Eu fui citado ao lado de uma grande foto, numa matéria totalmente alheia a mim, apenas porque deveria ser uma testemunha a ser ouvida.

Como se não bastasse, seguiram mais três novas matérias: “Os ministros indesejados”, publicada na edição de 10 de julho de 2011 ; “Mudar para ficar tudo igual”, edição de 17 de julho de 2011 e a desta semana “Por que ele não responde?”.

Tanto na matéria “Os Ministros Indesejados” como em “Mudar para ficar tudo igual”, segue um jogo de palavras, sem uma única fonte, com insinuações, sem nenhuma comprovação, expondo um ato legítimo de lutar por recursos para uma obra importante para o Estado, com malfeitos e desvios.

Novamente a Revista contraria outro item importante dos Princípios Editoriais das Organizações Globo que diz no item w da Seção 1: “denúncia anônima não é notícia; é pauta, mesmo se a fonte for uma autoridade pública: a denúncia deve ser investigada à exaustão antes de ser publicada.”

E por fim, quando, por causa dos antecedentes e insinuações colocados pelas reportagens anteriores, julguei desnecessário atender à reportagem da Revista Época, sou surpreendido com a matéria “Por que ele não responde?”, com novas insinuações sobre o uso de aeronaves particulares durante o ano de 2010.

De novo, a Revista contraria aqui os Princípios das Organizações Globo, no item e, da Seção I de que “ninguém pode ser perseguido por se recusar a participar de uma reportagem”.

Quero destacar que estou e sempre estive à disposição do Congresso Nacional para a prestação de quaisquer esclarecimentos que se façam necessários. Defendo, como sempre defendi, o máximo de transparência na utilização do dinheiro público. Considero este o meu dever e minha responsabilidade política.

Brasília, 22 de agosto de 2011

Paulo Bernardo Silva
Ministro das Comunicações

Movimento negro protesta contra programa de TV hipócrita do DEM

O movimento UNEafro Brasil (União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os) lançou um vídeo em protesto contra o último programa eleitoral do DEM, veinculado na TV aberta neste mês de agosto, que usou da imagem e da boa fé de um jovem negro, morador da periferia de Salvador (BA), para tentar descredibilizar políticas de afirmação social, como as cotas e a bolsa família. Para o movimento, a propaganda é hipócrita e não corresponde à prática e ao histórico racista do DEM.


Na propaganda eleitoral do DEM o jovem diz que a "esquerda não é dona da juventude, nem de quem mora na periferia". O vídeo dos democratas soa como uma tentativa desastrada de tentar amenizar a crise pela qual o partido passa desde que deixou o poder em 2002, quando FHC perdeu a presidência da República para Lula.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um grito mudo

Extraido do envolverde publicado originalmente no adital

por Frei Betto*
A foto do jornal me causou horror. A criança somali lembrava um ET desnutrido. O corpo, ossinhos estufados sob a pele escura. A cabeça, enorme, desproporcional ao tronco minguado, se assemelhava ao globo terrestre. A boca –ah, a boca!– escancarada de fome emitia um grito mudo, amargura de quem não mereceu a vida como dom. Mereceu-a como dor.

Ao lado da foto, manchetes sobre a crise financeira do cassino global. Em dez dias, as bolsas de valores perderam US$ 4 trilhões. Estarrecedor! E nem um centavo para aplacar a fome da criança somali? Nem uma mísera gota de alívio para tamanho sofrimento?

Tive vergonha. Vergonha da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que reza que todos nascemos iguais, sem propor que vivamos com menos desigualdades. Vergonha de não haver uma Declaração Universal dos Deveres Humanos. Vergonha das solenes palavras de nossas Constituições e discursos políticos e humanitários. Vergonha de tantas mentiras que permeiam nossas democracias governadas pela ditadura do dinheiro.

US$ 4 trilhões derretidos na roleta da especulação! O PIB atual do Brasil ultrapassa US$ 2,1 trilhões. Dois Brasis sugados pelos desacertos dos devotos do lucro e indiferentes à criança somali.

Neste mundo injusto, uma elite privilegiada dispõe de tanto dinheiro que se dá ao luxo de aplicar o supérfluo na gangorra financeira à espera de que o movimento seja sempre ascendente. Sonha em ver sua fortuna multiplicada numa proporção que nem Jesus foi capaz de fazê-lo com os pães e os peixes. Basta dizer que o PIB mundial é, hoje, de US$ 62 trilhões. E no cassino global se negociam papéis que somam US$ 600 trilhões!

Ora, a realidade fala mais alto que os sonhos e a necessidade que o supérfluo. Toda a fortuna investida na especulação explica a dor da criança somali. Arrancaram-lhe o pão da boca na esperança de que a alquimia da ciranda financeira o transformasse em ouro.

À criança faltou o mais básicos de todos os direitos: o pão nosso de cada dia. Aos donos do dinheiro, que viram suas ações despencarem na bolsa, nenhum prejuízo. Apenas certo desapontamento. Nenhum deles se vê obrigado a abrir mão de seus luxos.

Sabemos todos que a conta da recessão, de novo, será paga pelos pobres. São eles os condenados a sofrerem com a falta de postos de trabalho, de crédito, de serviços públicos de qualidade. Eles padecerão o desemprego, os cortes nos investimentos do governo, as medidas cirúrgicas propostas pelo FMI, o recuo das ajudas humanitárias.

A miséria nutre a inércia dos miseráveis. Antevejo, porém, o inconformismo da classe média que, nos EUA e na União Europeia, acalentava o sonho de enriquecer. A periferia de Londres entra em ebulição, as praças da Espanha e da Itália são ocupadas por protestos. Tantas poupanças a se volatilizarem como fumaça nas chaminés do cassino global!

Temo que a onda de protestos dê sinal verde ao neofascismo. Em nome da recuperação do sistema financeiro (dirão: “retomada do crescimento”), nossas democracias apelarão às forças políticas que prometem mais ouro aos ricos e sonhos, meros sonhos, aos pobres.

Nos EUA, a derrota de Obama na eleição de 2012 revigorará o preconceito aos negros e o fundamentalismo do “tea party” incrementará o belicismo, a guerra como fator de recuperação econômica. A direita racista e xenófoba assumirá os governos da União Europeia, disposta a conter a insatisfação e os protestos.

Enquanto isso, a criança somali terá sua dor sanada pela morte precoce. E a Somália se multiplicará pelas periferias das grandes metrópoles e dos países periféricos afetados em suas frágeis economias.

Ora, deixemos o pessimismo para dias melhores! É hora de reacender e organizar a esperança, construir outros mundos possíveis, substituir a globocolonização pela globalização da solidariedade. Sobretudo, transformar a indignação em ação efetiva por um mundo ecologicamente sustentável, politicamente democrático e economicamente justo.

sábado, 20 de agosto de 2011

FHC apoia a faxina que ele nunca fez


Segundo o jornalista Kennedy Alencar, FHC parece que está empolgado com a alardeada operação “faxina” da presidenta Dilma Rousseff. “Nas conversas reservadas com dirigentes do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem defendido que o partido dê apoio à presidente Dilma Rousseff no combate à corrupção”, informa o repórter na Folha online de hoje (sexta).

Por Altamiro Borges, em seu blog


Ainda segundo seu relato, “o ex-presidente conversou sobre o assunto com os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Antonio Anastasia (MG). A recomendação foi transmitida ao senador mineiro Aécio Neves, hoje o primeiro da fila tucana para disputar o Palácio do Planalto em 2014. A presença de FHC no encontro de Dilma com governadores do Sudeste, na quinta (18/08), em São Paulo, foi calculada para se transformar num gesto de apoio à presidente”.

FHC nunca enfrentou a corrupção

A excitação do grão-tucano deveria gerar alguma desconfiança no Palácio do Planalto – ao menos, entre os seus ocupantes mais tarimbados, que não confundem assessoria com puxa-saquismo. Afinal, FHC nunca foi um opositor civilizado de Lula ou de Dilma. Pelo contrário. Desde que se converteu ao neoliberalismo, ele sempre articulou as forças de direita contra qualquer projeto de esquerda no país. Egocêntrico e elitista, ele nunca tolerou o êxito de um governo presidido por um peão, um operário.

Sua cruzada contra a corrupção e seu apoio entusiástico à “faxina” no governo Dilma só iludem os ingênuos e os pragmáticos que infestam a política nativa – que desprezam a luta de classes e não têm visão sobre as batalhas futuras. Quem é FHC para falar em combate à corrupção? Uma breve lembrança do que foi o seu longo reinado talvez sirva de alertar os ingênuos que não percebem a manobra do tucano para desgastar o atual governo, paralisá-lo, implodir sua base de apoio e criar fissuras entre Dilma e Lula.

Os indícios das roubalheiras tucanas

Para aliciar sua base de apoio no Congresso Nacional e manter a governabilidade, FHC sempre foi complacente com a corrupção. A aliança principal do grão-tucano foi com o ex-PFL, atual DEM – e sabe-se lá qual será o novo nome da organização fisiológica que sucumbe na crise. Um dos líderes de FHC no parlamento foi o demo José Roberto Arruda, o mesmo que foi pego com a mão na botija no esquema do mensalão do governo do Distrito Federal. A lista de indícios de roubalheira no governo FHC foi grande:

Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.

Caso Sivam. Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.

Pasta Rosa. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.

Compra de votos. A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.

Privatização da Telebras. O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC.

O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infra-estrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.

Ex-caixa de FHC. A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.

Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.


Juiz Lalau. A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso.

Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.

Farra do Proer. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

Desvalorização do real. De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.

Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.



Sudam e Sudene. De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão.

A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.

O poder da blogosfera cresce e preocupa


Por Altamiro Borges

Na sessão de ontem (19) do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Carmem Lúcia mostrou-se preocupada com o crescimento das redes sociais no país. Ela chegou a afirmar que a internet é “uma praça virtual que pode depor governos”. Vice-presidente do TSE, ela garantiu que o acompanhamento das redes sociais será um dos principais desafios do órgão nas eleições municipais de 2012.

O pronunciamento da ministra, que presidirá o TSE no próximo ano, confirma que a internet passou a incomodar as estruturas de poder. Alguns setores inclusive já pregam maiores restrições à liberdade na rede. O deputado tucano Eduardo Azeredo é autor de um projeto que aumenta o controle e a vigilância na internet – já batizado de AI-5 Digital. Na sua fala, a ministra do TSE enfatizou que nenhuma medida nesta área pode “comprometer a liberdade de expressão”. Mesmo assim, é bom ficar esperto!

21 milhões recorrem aos blogs

Os sinais do aumento da influência da internet no Brasil são patentes. Nesta semana, foram divulgados os números da sondagem CNT/Sensus sobre a popularidade do governo. Pela primeira vez, a pesquisa apurou também o peso da blogosfera como fonte de informação. Dos entrevistados, 16% disseram recorrer “sempre” aos blogs de notícias – cerca de 21 milhões de brasileiros; e 12% disseram recorrer “às vezes” – cerca de 16 milhões. Outros 19% disseram que pretendem ter acesso à internet em até 12 meses.

“Os números são muito expressivos... A blogosfera tem sido crescentemente uma fonte de informação. Vinte milhões de eleitores usando a internet para se informar sempre é muita coisa”, garantiu ao sítio Carta Maior o diretor da Sensus, Ricardo Guedes. “Eu, por exemplo, aposentei o jornal escrito”.

A pesquisa também apurou a penetração das três redes sociais mais populares no país. Entre os consultados, 27% declararam que têm Orkut; 15%, que têm Facebook; e 8%, Twitter. Ainda de acordo com a pesquisa, 25% dos brasileiros (33 milhões de eleitores) dizem usar a internet “diariamente”, enquanto 10% utilizam “alguns dias por semana”.

Terrorismo de estado dos EUA ameaça humanidade

A humanidade enfrenta a mais grave crise de civilização da sua história. Ela difere de outras, anteriores, por ser global, afetando a totalidade do planeta. É uma crise política, social, militar, financeira, econômica, energética, ambiental, cultural.


Por Miguel Urbano Rodrigues, em odiario.info
(vermelho.org)

 

O homem realizou nos últimos dois séculos conquistas prodigiosas. Se fossem colocadas a serviço da humanidade, permitiriam erradicar da Terra a fome, o analfabetismo, as guerras, abrindo portas a uma era de paz e prosperidade.

Mas não é o que acontece. Uma minoria insignificante controla e consome os recursos naturais existentes e a esmagadora maioria vive na pobreza ou na miséria.

O fim da bipolar idade, após a desagregação da URSS, permitiu aos Estados Unidos adquirir uma superioridade militar, política e econômica enorme que passou a usar como instrumento de um projeto de dominação universal. As principais potências da União Europeia, nomeadamente o Reino Unido, a Alemanha e a França, tornaram-se cúmplices dessa perigosa política.

O sistema de poder que tem o seu pólo em Washington, incapaz de encontrar solução para a crise do seu modelo, inseparável da desigualdade social, da sobrexploração do trabalho e do esgotamento gradual dos mecanismos de acumulação, concebeu e aplica uma estratégia imperial de agressão a povos do chamado Terceiro Mundo.

Em guerras ditas de baixa intensidade, promovidas pelos EUA e seus aliados, morreram nos últimos sessenta anos mais de trinta milhões de pessoas. Algumas particularmente brutais, definidas como "preventivas" visaram o saque dos recursos naturais dos povos agredidos.

Reagan criou a expressão "o império do mal" para designar a URSS no final da guerra-fria. George Bush pai vulgarizou o conceito de "estados canalhas" para satanizar países cujos governos não se submetiam às exigências imperiais. Entre eles, incluiu o Irã, a Coreia Popular, a Líbia e Cuba.

Em Setembro de 2001, após os atentados que destruíram o World Trade Center e demoliram uma ala do Pentágono, George W. Bush (o filho) utilizou o choque emocional provocado por esse trágico acontecimento para desenvolver uma estratégia que fez da "luta contra o terrorismo" a primeira prioridade da política estadunidense.

Uma gigantesca campanha midiática foi desencadeada, com o apoio do Congresso, para criar condições favoráveis à implantação da política defendida pela extrema-direita. Segundo Bush e os neocon, "a segurança dos EUA" exigia medidas excepcionais na esfera internacional e na interna.

Os grandes jornais, as cadeias de televisão, as rádios, a explorando a indignação popular e o medo, apoiaram iniciativas como o Patriot Act, que suspendeu direitos e garantias constitucionais, legalizando a prática de crimes e arbitrariedades. A irracionalidade contaminou o mundo intelectual e até em universidades tradicionais professores progressistas foram despedidos e houve proibição de livros de autores célebres.

A campanha adquiriu rapidamente um caráter de caça às bruxas, com perseguições maciças a muçulmanos. Uma vaga de anti-islamismo varreu os EUA, com a cumplicidade dos grandes media. O Congresso legalizou a tortura.

No terreno internacional, o povo do Afeganistão foi a primeira vítima da "cruzada contra o terrorismo". Os EUA, a pretexto de que o governo do mullah Omar não lhe entregava Bin Laden- declarado inimigo numero um de Washington - invadiu, bombardeou e ocupou aquele país.

Seguiu-se o Iraque, após uma campanha de desinformação de âmbito mundial. O governo de Bagdad foi acusado de acumular armas de extermínio massivo e de ameaçar portanto a segurança dos EUA e da Humanidade. A acusação era falsa, como se provou mais tarde, e os EUA não conseguiram obter o apoio do Conselho de Segurança. Mas, ignorando a posição da ONU, invadiram, vandalizaram e ocuparam o país. Inicialmente contaram somente com o apoio do Reino Unido.

Crimes monstruosos foram cometidos no Afeganistão e no Iraque pelas forças de ocupação. A tortura de prisioneiros no presídio de Abu Ghrabi assumiu proporções de escândalo mundial. Ficou provado que o alto comando do exército e o próprio secretário da Defesa, Donald Rumsfeld tinham autorizado esses atos de barbárie. Mas a Justiça norte-americana limitou-se a punir com penas leves meia dúzia de torcionários.

Simultaneamente, milhares de civis, acusados de "terroristas" -muitos nunca tinham sequer pegado numa arma - foram levados para a base de Guantânamo, em Cuba, e para cárceres da CIA instalados em países da Europa do Leste.

As Nações Unidas não somente ignoraram essas atrocidades como acabaram dando o seu aval à instalação de governos títeres em Kabul e Bagdad e ao envio para ali de tropas de muitos países. No caso do Afeganistão, a Otan, violando o seu próprio estatuto, participa ativamente, com 40 000 soldados, da agressão às populações. Dezenas de milhares de mercenários estão envolvidas nessas guerras.

Em ambos os casos, Washington sustenta que essas guerras preventivas representam uma contribuição dos EUA para a defesa da liberdade, da democracia, dos direitos humanos e da paz e foram inspiradas por princípios e valores éticos universais. O presidente Barack Obama, ao receber o Premio Nobel da Paz em Oslo, defendeu ambas, num discurso farisaico, como serviço prestado à humanidade. Isso no momento em que decidira enviar mais 30 000 soldados para a fogueira afegã.

Os fatos são esses. Apresentando-se como líder da luta mundial contra o terrorismo, o sistema de Poder dos EUA faz hoje do terrorismo de Estado um pilar da sua estratégia de dominação. A criação de um exército permanente na África - o Africom – os bombardeios da Somália e do Iêmen, a participação na agressão ao povo da Líbia inserem-se nessa politica criminosa de desrespeito pela Carta da ONU.

Mas a ambição de poder absoluto de Washington é insaciável.

O Irã, por não capitular perante as exigências do sistema de Poder hegemonizado pelos EUA, é há anos alvo permanente da hostilidade dos EUA. Washington tem saudades do governo vassalo do Xá Pahlevi e cobiça as enormes reservas de gás e petróleo iranianas.

A campanha de calúnias, apoiada pela mídia, repete incansavelmente que o Irã enriquece urânio para produzir armas atômicas. A acusação é gratuita. A Agencia Internacional de Segurança Atômica não conseguiu encontrar qualquer indício de que o país esteja a utilizar as suas instalações nucleares com fins militares. O presidente Ahmanidejah, aliás, de acordo com o Brasil e a Turquia, numa demonstração de boa fé, propôs-se a enriquecer o urânio no exterior. Mas essa proposta logo foi recusada por Washington e pelos aliados europeus.

Sobre as armas nucleares de Israel, obviamente, nem uma palavra. Para os EUA, o Estado sionista e neo fascista, responsável por monstruosos crimes contra os povos do Líbano e da Palestina, é uma democracia exemplar e o seu melhor aliado no Médio Oriente.

O agravamento das sanções que visam estrangular economicamente o Irã é acompanhado de declarações provocatórias do presidente Obama e da secretaria de Estado Clinton, segundo as quais "todas as opções continuam em aberto", incluindo a militar. Periodicamente jornais influentes divulgam planos de hipotéticos bombardeios do Irã, ou pelos EUA ou por Israel, sem excluir o recurso a armas nucleares táticas. O objetivo é manter a tensão na guerra não declarada contra um país soberano.

Lamentavelmente, uma parcela importante do povo dos EUA assimila as calúnias anti-iranianas como verdades. A maioria dos estadunidenses desconhece a gravidade e complexidade da crise interna. A recente elevação do teto da divida publica de mais de 14 biliões de dólares para 16 biliões - total superior ao PIB do pais – é, porem, reveladora da fragilidade do gigante que impõe ao mundo uma politica de terrorismo de estado.

Entretanto, o discurso oficial, invocando os "pais da Pátria", insiste em apresentar os EUA como o grande defensor da democracia e das liberdades, vocacionado para salvar a humanidade
Sem o controle pelo grande capital da esmagadora maioria dos meios de comunicação social e dos áudiovisuais pelo sistema de poder imperial, a manipulação da informação e a falsificação da História não seriam possíveis. Um instrumento importante nessa politica é a exportação da contra-cultura dos EUA, país - registe-se - onde coexiste com a cultura autêntica.

A televisão, o cinema, a imprensa escrita e, hoje, sobretudo a Internet cumprem um papel fundamental como difusores dessa contra-cultura que nos países industrializados do Ocidente alterou profundamente nos últimos anos a vida cotidiana dos povos e a sua atitude perante a existência.

A construção do homem formatado principia na infância e exige uma ruptura com a utilização tradicional dos tempos livres. O convívio familiar e com os amigos é substituído por ocupações lúdicas frente à TV e ao computador, com prioridade para jogos violentos e filmes que difundem a contra-cultura com prioridade para os que fazem a apologia das Forças Armadas dos EUA.

A contra-cultura atua intensamente no terreno da música, da canção, das artes plásticas, da sexualidade. A contra-musica que empolga hoje multidões juvenis é a de estranhas personagens que gritam e gesticulam, exibindo roupas exóticas, berrantes em gigantescos palcos luminosos, numa atmosfera ensurdecedora, em rebeldia abstrata contra o vácuo.

O jornalismo degradou-se. Transmite a imagem de uma falsa objetividade para ocultar que a mídia o serviço da engrenagem do poder insistem, com poucas excepções, em justificar as guerras americanas como "cruzada antiterrorista" em defesa da humanidade porque os EUA, nação predestinada, batalhariam por um mundo de justiça e paz.

É de justiça assinalar que um número crescente de cidadãos americanos denunciam essa estratégia de Poder, exigem o fim das guerras na Ásia e lutam em condições muito difíceis contra a estratégia criminosa do sistema de poder.

Nestes dias em que se multiplicam as ameaças ao Irã, é minha convicção de que a solidariedade atuante com o seu povo se tornou um dever humanista para os intelectuais progressistas.
Visitei o Irã há cinco anos. Percorri o país de Chiraz ao Mar Cáspio. Escrevi sobre o que vi e senti. Tive a oportunidade de verificar que é falsa e caluniosa a imagem que os governos ocidentais difundem do país e da sua gente.

Independentemente da minha discordância de aspectos da politica interna iraniana nomeadamente os referentes à situação da mulher - encontrei um povo educado, hospitaleiro, generoso, amante da paz, orgulhoso de uma cultura e uma civilização milenares que contribuíram decisivamente para o progresso da humanidade.

Para mim, o Irã encarna muito mais valores eternos da condição humana do que a sociedade norte-americana, cada vez mais robotizada.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Novas denúncias ligam Teixeira e Globo

humorpolitico



Notícias de um relacionamento não convencional entre a TV Globo e a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), divulgadas nesta quinta-feira, revelam a existência de gravações entre o presidente da instituição que comanda o futebol no país, Ricardo Teixeira, e Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. - por Mario para o LANCE

Crise: americanos tentam entrar ilegalmente no México

sensacionalista
A crise nos Estados Unidos está provocando uma situação impensável há alguns anos. Americanos estão sendo presos tentando entrar ilegalmente no México. O esquema é intrincado. Os americanos entram no país vizinho e voltam para o seu país, onde tentam se passar por mexicanos para conseguir emprego em restaurantes, hotéis ou em empresas de táxi.
A polícia mexicana reforçou a vigilância na fronteira. Segundo o chefe de polícia Steban Chevi, os americanos estão recorrendo a truques para se passar por mexicanos. “Eles ficam dias e dias se bronzeando no deserto e deixando o bigode crescer para então tentar atravessar.”.
Os mexicanos residentes nos Estados Unidos estão revoltados com a nova concorrência. O presidente do sindicato dos trabalhadores explorados, Sebastian Gutierrez protesta: “Tem muita Mary se passando por Maria”.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cegueira individualista e mesquinha


Blog do Miro

Na sua cegueira individualista e mesquinha, o ricaço quer reduzir impostos para aumentar ainda mais a sua fortuna. Dane-se que o trabalhador vai ficar sem escola, sem hospital, sem moradia, sem segurança, sem transporte, sem nada. O bilionário mora em condomínio fechado, anda de helicóptero, tem segurança privada. “O resto que se exploda”.

Para esta elitizinha abjeta e arrogante, vale a leitura do artigo de Warren Buffett, publicado no New York Times. Aos 80 anos, este estadunidense é considerado um dos homens mais ricos do planeta. Na lista da Forbes do ano passado, ele aparece em terceiro lugar, com uma fortuna de US$ 37 bilhões – o equivalente ao PIB do Uruguai. Ele enriqueceu exatamente através da especulação financeira.

A grave crise econômica que atinge os EUA, jogando na miséria milhões de trabalhadores, parece que atiçou a consciência deste ianque, que não pode ser rotulado de comunista ou populista. O texto demolidor de Buffett, traduzido e publicado no sítio Outras Palavras, deveria servir também para incomodar os impostores nativos com seus “impostômetros”. Mas eu não acredito neste milagre!



“Parem de mimar os super-ricos”

Nossos lideres falaram em “dividir o sacrifício”. Mas me pouparam. Chequei com meus colegas mega-ricos para ver o que eles esperavam. Também se sentem intocados.

Enquanto os pobres e a classe média lutam por nós no Afeganistão, e a maioria dos norte-americanos se esforça para fechar suas contas, nós mega-ricos continuamos a desfrutar de incentivos fiscais extraordinários. Alguns de nós, somos gestores de investimentos. Ganhamos bilhões com nosso trabalho, mas podemos classificar nossa renda como “participação nos resultados”, pagando uma pechincha de 15% de imposto. Outros, aplicam nos mercados futuros de ações e obtêm, em dez minutos, lucros de 60% sobre o capital aplicado. Mas seu ganho é taxado em apenas 15%, como se estivessem investindo a longo prazo.

Os legisladores de Washington nos oferecem estes privilégios e muitos outros. Sentem-se compelidos a nos proteger, como se fôssemos araras azuis ou alguma outra espécie ameaçada de extinção. É bom ter amigos no topo da pirâmide.

No ano passado, minha contribuição fiscal – o imposto de renda que pago, mais os tributos sobre os salários pagos por mim e em meu nome – foi de US$ 6.938.744. Parece um monte de dinheiro. Mas foi apenas 17,4% dos meus rendimentos tributáveis. É um porcentual menor do que o pago por qualquer uma das outras vinte pessoas em nosso escritório. Suas cargas tributárias variam de 33% a 41% – uma média de 36% – sobre os rendimentos.

Se você produz dinheiro com dinheiro, como alguns dos meus amigos mega-ricos, sua porcentagem pode ser um pouco menor que a minha. Mas se você ganha dinheiro com trabalho, sua porcentagem será certamente superior à minha – provavelmente, muito maior.

Para entender o porquê, você precisa examinar as fontes de receita do governo. No ano passado cerca de 80% veio do imposto de renda pessoal e dos encargos sociais [impostos sobre salários]. Os mega-ricos pagam impostos de renda de 15% sobre a maior parte dos seus ganhos, mas não pagam praticamente nada em impostos sobre salários. A história é diferente para a classe média: normalmente, pagam uma alíquota de 15% a 25% de imposto de renda, e são atingidos com pesadas contribuições previdenciárias sobre o salário.

Nos anos 1980 e 1990, as taxas de impostos para os ricos eram muito mais elevadas. Minha alíquota estava entre a média. Segundo uma teoria que algumas vezes ouço, eu deveria ter jogado e me recusado a investir, por causa das taxas elevadas de imposto sobre os ganhos de capital e dividendos.

Eu não recusei, nem outros. Trabalho com investidores há 60 anos. Ainda estou para ver alguém – mesmo quando o imposto sobre os ganhos de capital chegou a 39,9% entre 1976 e 1977 – amarelar diante de uma oportunidade de investimento por causa da taxa de impostos sobre o ganho potencial. As pessoas investem para ganhar dinheiro, e impostos elevados nunca os assustaram. E para aqueles que argumentam que as taxas elevadas ferem a criação de emprego, gostaria de observar que cerca de 40 milhões de empregos foram criados entre 1980 e 2000. Você sabe o que aconteceu desde então: menores impostos e a criação inferior de emprego ocupações.

Desde 1992, a I.R.S [Internal Revenue Service, agência fiscal norte-americana], compilou dados das declarações fiscais dos 400 norte-americanos classificados na faixa mais alta de maior renda. Em 1992, estes 400 mais ricos tiveram renda tributável conjunta de US$16,9 bilhões e pagaram impostos federais de 29,2% sobre esta quantia. Em 2008, a renda agregada dos 400 riquíssimos tinha aumentado para 90,9 bilhões – um enriquecimento de US$ 227,4 milhões, em média. Porém, a tributação média havia caído para 21,5%.

Estou me referindo apenas ao imposto de renda federal, mas você poder ter certeza de que qualquer imposto sobre rendimentos, para aqueles 400 é insignificante em relação à renda. Em 2088, 88 dos 400, não relataram ter auferido rendimentos relacionados a trabalho, embora todos eles declarem ganhos de capitais. Alguns da minha irmandade evitam o trabalho, mas todos gostam de investir (eu posso compreender isso).

Conheço bem muitos dos mega-ricos. Em geral, são pessoas muito decentes. Eles amam os Estados Unidos e apreciam a oportunidade que este país tem dado a eles. Muitos aderiram à Giving Pledge [filantropia], prometendo doar a maioria de sua riqueza para o bem comum. A maioria não se importaria de ter que pagar mais impostos, especialmente quando muitos de seus concidadãos estão realmente sofrendo.

Um comitê de doze membros do Congresso assumirá em breve a tarefa crucial de reorganizar as finanças de nosso país. Eles foram instruídos a elaborar um plano que reduz o déficit em pelo menos $ 1,5 trilhão, nos próximos 10 anos. É vital, entretanto, que alcancem muito mais do que isso. Os norte-americanos estão perdendo rapidamente a fé na capacidade do Congresso em lidar com os problemas ficais do nosso país. Apenas ações imediatas, reais e muito substanciais poderão impedir que a duvida se transforme em descrença. Esse sentimento pode ter conseqüências graves.

Um trabalho para os doze é dissipar algumas promessas futuras que mesmo uma América rica não pode cumprir. O Big Money tem que ser guardado aqui. Os 12 devem, então, voltar-se para a tributação das receitas. Eu deixaria inalterados os impostos que recaem sobre 99,7% dos contribuintes e manteria a redução de 2 pontos porcentuais nas contribuições do empregado para a Seguridade. Este corte ajuda os pobres e a classe média, que precisam de cada centavo que possam obter.

Mas para aqueles que ganham mais de 1 milhão de dólares anuais – eram 236.883 famílias, em 2009 – eu aumentaria imediatamente as alíquotas de imposto sobre a renda acima de $1 milhão, incluindo, é claro, os ganhos em dividendos e capital. E para aqueles que faturam acima de $10 milhões – foram 8.274, em 2009 – eu sugeriria um aumento adicional na taxa.

Eu e meus amigos já fomos mimados por tempo suficiente pelos amigos-dos-milionários no Congresso. É hora de nosso governo levar a sério a divisão do sacrifício.


CBF ameaça divulgar gravações contra diretor da Globo


f5.uol
Não vai ficar barato para a Globo sua repentina decisão de noticiar os escândalos envolvendo a CBF, Ricardo Teixeira e a Fifa. Agora surgiram indícios (ou insinuações) de que a entidade máxima do futebol brasileiro tem gravações de diálogos que comprometeriam Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes. Essas gravações não autorizadas foram feitas a partir de ligações telefônicas ou na própria sede da CBF. Elas revelariam quando e como a Globo manipulou o horário de partidas de times e da seleção, para atender a seus próprios interesses...



T de Vingança
Teixeira também teria gravações mostrando como Pinto (foto ao lado) e seus comandados globais agiram nos últimos anos, quando tinham acesso livre à CBF. Fonte desta coluna, que pede anonimato, informa que as gravações teriam diálogos permeados de arrogância, prepotência e desprezo completo de Campos Pinto e seus subordinados pela concorrência. Inclusive uma das gravações mostraria emissários da Globo usando termos chulos contra Record e até contra a Band, que hoje é parceira da Globo no futebol.

Prato pelando
A ameaça de levar as gravações a público teria por finalidade não só vingar Teixeira do que ele considera "traição", por parte da Globo, mas também colocar a emissora numa situação delicada junto à imprensa, a parceiros e anunciantes do esporte. Algo do tipo: "eu morro, mas você vai morrer! Morrer comigo! Bwahahaha! Bwahahahahahahahannn...". Tá bom, é só um jeito de dizer. Teixeira não dá risada como vilão de desenho... Vou continuar, agora sério...

Bombardeio
Campos Pinto está sob ataque de outro 'front', além do da CBF. Desafetos do diretor dentro da Globo ainda o culpam pelo fato de a emissora ter perdido a transmissão das Olimpíadas de Londres 2012 para a Record. Para esses executivos, a "soberba" do executivo o impediu de avaliar a situação corretamente. Ele subestimou a concorrente, afirmam.

Outro lado 1
Por meio da CGCom, a Globo informou que não vai se manifestar sobre o assunto, a menos que se torne um fato.

Outro lado 2
O F5 procurou o assessor de Teixeira, Rodrigo Paiva, deixou recado no telefone antecipando o assunto, mas não obteve resposta.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bolada de Ricardo Teixeira


Presidente da Confederação brasileira de Futebol (CBF) ha 22 anos, Ricardo Teixeira está sob a mira da investigação de um suposto desvio de R$ 9 milhões dos cofres públicos do Distrito Federal, em 2008, para a realização do amistoso de Brasil e Portugal, na região metropolitana de Brasília. - por Pedro H. para o HUMOR POLÍTICO .

Mais de 10.000 acessos: Continuaremos sendo o Contraponto a Mídia Convencional


Obrigado a Todos que acessam o Blog, que tenta ser um contraponto a mídia convencional. Não deixaremos de criticar os aliados, mas claro, dando ênfase ao que a mídia-tucanogolpista ou o P.I.G (Partido da Imprensa Golpista) não divulga.


Estaremos sempre a favor da Igualdade, defendendo os Direitos Humanos e os Movimentos Sociais. Somos mais uma trincheira na luta contra a máfia midiática.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Passeata e investigação policial aumentam pressão contra Ricardo Teixeira


Brasil De Fato - Presidente da CBF enfrenta no mesmo dia manifestação pedindo sua saída e investigação de um suposto desvio de R$ 9 milhões.


O presidente da Confederação brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira foi alvo de uma manifestação popular em São Paulo no último sábado (15) e sob a mira da investigação de um suposto desvio de R$ 9 milhões dos cofres públicos do Distrito Federal, em 2008, para a realização do amistoso de Brasil e Portugal no estádio do Bezerrão, em Gama, na região metropolitana de Brasília.

No último sábado, a polícia civil do Distrito Federal (DF) cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa da Ailanto Marketing, organizadora do amistoso vencido pelo Brasil por 6 a 2 contra a seleção portuguesa. Doze policiais participaram da ação na sede da empresa, no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

Na época do amistoso, a empresa tinha pouco mais de um mês de existência e possuía um capital social de R$ 800. De acordo com a polícia, a Ailanto não tinha sequer instalado telefone fixo. Os proprietários Vanessa Almeida Precht e Alexandre Russel Feliu seriam, entretanto, amigos de Ricardo Teixeira, que liberou os direitos sobre o jogo à empresa.

O contrato sem licitação com a empresa foi assinado pelo então secretário de Esportes, Aguinaldo Silva de Oliveira e o governador José Roberto Arruda, cassado em março de 2010 por infidelidade partidária, suborno e corrupção. A procuradoria do Distrito Federal havia se pronunciado contrária à liberação da verba, considerada alta demais para a realização do evento.

A CBF negou ter relação com a organização do amistoso. Segundo a assessoria de imprensa, uma empresa da Arábia Saudita é quem controla a organização dos amistosos do Brasil e somente ela é quem poderia ter vendido os direitos à Ailanto.

Em uma polêmica entrevista para a revista Piauí, Ricardo Teixeira disse que não se incomoda com as acusações de corrupção e que apenas ficaria preocupado se as críticas negativas viessem do Jornal Nacional. “Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional”. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo”, afirmou à reportagem. Neste sábado o Jornal Nacional apresentou uma reportagem de cerca de três minutos sobre as investigações que envolvem o nome do presidente da CBF.

Segundo o jornal esportivo O Lance, fontes próximas ao presidente da CBF teriam dito que a matéria veiculada no Jornal Nacional seria uma resposta a escolha do Gabão como próximo adversário da seleção brasileira, considerado fraco e de baixo apelo para audiência pela emissora.

A permanência do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, pode se tornar insustentável se aumentarem as pressões contra o presidente, que ocupa essa posição no órgão há 22 anos e tem uma gestão marcada por denúncias de corrupção, nepotismo e enriquecimento ilícito.

No sábado (15), pelo menos 500 pessoas participaram, segundo os organizadores, da Marcha “Fora Ricardo Teixeira”. A passeata partiu do Masp (Museu de Arte Moderna) e seguiu até à Praça Charles Miller, onde os ativistas queimaram um boneco que representava o mandatário.




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ricardo Teixeira contrária a Globo, que dá o troco no JN


osamigosdobrasil
A reportagem do “Jornal Nacional”, veiculada sábado, sobre os gastos públicos irregulares do governo do DF no jogo entre Brasil e Portugal, realizado em 2008, estremeceu a relação de Ricardo Teixeira com o jornalismo da Globo. A matéria irritou o presidente da CBF. Na visão da confederação, a grande motivadora da reportagem foi a mudança nos horários dos jogos do Brasileiro, que excluiu partidas às 21h aos sábados.


A reportagem foi publicada após Ricardo Teixeira ter dito recentemente à revista “piauí” que só se incomodaria com denúncias veiculadas no “Jornal Nacional”. Mesmo após o programa, as relações comerciais entre CBF e Globo permanecem vigentes. Dentro da CBF, o discurso é de que a Globo quer mostrar independência de seu jornalismo, mesmo com um de seus braços trabalhando em setores da organização da Copa do Mundo.

A Geo Eventos, empresa ligada à Globo, foi, inclusive, a responsável pela organização do sorteio das eliminatórias da Copa-2014, que ocorreu em julho, no Rio de Janeiro, e custou R$ 30 milhões aos cofres públicos do Estado e da prefeitura.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Racismo explícito em rivalidade esportiva


viomundo



Veja que belas demonstrações de civilidade de alguns catarinenses torcedores do Figueirense no blog do Flamengo (Globo.com):

150
ADOLPH RANSEM – BLUMENAU – SC:
11 agosto, 2011 as 20:57
UM MACACO, DOIS MACACOS, TRÊS MACACOS, ONZE MACACOS, 40 MILHÕES DE MACACOS

149
PAMELA KARSTEN – SÃO JOSÉ – SC:
11 agosto, 2011 as 20:53
VCS FLAMENGUISTAS NÃO PASSAM DE UM BANDO DE MULAMBO, NEGROS, A RAÇA DE VCS SÓ DÁ ATRASO A NOSSA NAÇÃO. SE NÃO FOSSEMOS NÓS DO SUL SUSTENTAR ESSES VAGABUNDOS MORRIAM TODOS DE FOME, TRÊS ESTADOS TRABALHAM PRA SUSTENTAR 24 ESTADOS DE PRETO PREGUIÇOSO.


Que gente avançada não é mesmo?


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

FAB contesta reporcagem do Fantástico



Nota Oficial - Esclarecimentos sobre reportagem do Fantástico exibida em 07/08/2011

O Comando da Aeronáutica repudia veementemente o teor da reportagem do jornalista Walmir Salaro, levada ao ar no Fantástico deste domingo, sete de agosto, e no Bom Dia Brasil desta segunda-feira, oito de agosto.

A matéria em questão parte de princípios incorretos e de denúncias infundadas para passar à população brasileira a falsa impressão de que voar no Brasil não é seguro. A reportagem contradiz os princípios editoriais da própria Rede Globo ao apresentar argumentos com falta de Correção e falta de Isenção, itens considerados pela própria emissora como sendo atributos da informação de qualidade.

O jornalista embarcou em uma aeronave de pequeno porte (aviação geral), que tem características como nível de voo, rota, classificação e regras de controle aéreo diferentes dos voos comerciais. A matéria trata os voos sob condições visuais e instrumentos como se obedecessem as mesmas regras de controle de tráfego aéreo, levando o espectador a uma percepção errada.

O piloto demonstra espanto ao avistar outras aeronaves sobre o Rio de Janeiro e São Paulo, dando um tom sensacionalista a uma situação perfeitamente normal e controlada que ocorre sobre qualquer grande cidade do mundo. Nesse sentido, causa estranheza que a reportagem tenha mostrado a proximidade dos aviões como algo perigoso para os passageiros no Brasil. As próprias imagens revelam níveis de voo diferenciados, além de rotas distintas.

Além disto, o piloto que opta por regras de voo visual, só terá seu voo autorizado se estiver em condições de observar as demais aeronaves em sua rota, de acordo com as regras de tráfego aéreo que deveriam ser de seu pleno conhecimento. Mesmo assim, o piloto receberá, ainda, avisos sobre outros voos em áreas próximas.

Foi exatamente o que ocorreu durante a reportagem, que mostra o contato constante dos controladores de tráfego aéreo com o piloto. Desde a decolagem foram passadas informações detalhadas sobre os demais tráfegos aéreos na região, sem que houvesse qualquer perigo para as aeronaves envolvidas.

A respeito da dificuldade demonstrada em conseguir contato com o serviço meteorológico, é interessante lembrar que há várias frequências disponíveis para contato com o Serviço de Informações Meteorológicas para Aeronaves em Voo (VOLMET), que está disponível 24 horas por dia em todo o país. Além destas, há frequências de ATIS (Serviço Automático de Informação em Terminal) que fornecem continuamente, por meio de mensagem gravada e constantemente atualizada, entre outros dados, as condições meteorológicas reinantes em determinada Área Terminal, bem como em seus aeroportos. Como, aliás, é o caso da Terminal de Belo Horizonte, incluindo os aeroportos da Pampulha e de Confins.

Ressalte-se que, a despeito da operação de tais serviços, todos os pilotos têm a obrigação de obter informações meteorológicas antes do voo pessoalmente nas Salas de Informações Aeronáuticas dos aeroportos, por telefone ou até pela internet.

Ao realizar o voo sem, possivelmente, ter acessado previamente informações meteorológicas, o piloto expôs a equipe de reportagem a uma situação de risco desnecessário. Tratou-se, obviamente, de mais um traço sensacionalista e sem conteúdo informativo.

A respeito do momento da reportagem em que o controle do espaço aéreo diz que não tem visualização da aeronave, cabe esclarecer que o voo realizado pela equipe do Fantástico ocorreu à baixa altitude, em regras de voos visuais, uma situação diferente dos voos comerciais regulares.

Na faixa de altitude utilizada por aeronaves como das empresas TAM e GOL, extensamente mostradas durante a reportagem, há cobertura radar sobre todo o território brasileiro. Para isso, existem hoje 170 radares de controle do espaço aéreo no país. Como dito acima, é feita uma confusão entre perfis de voos completamente diferentes. Dessa forma, o telespectador do Fantástico ficou privado de ter acesso a informações que certamente contribuem para a melhor apresentação dos fatos.

No último trecho de voo da reportagem, o órgão de controle determinou a espera para pouso no Aeroporto Santos-Dumont. O que foi retratado na matéria como algo absurdo, na realidade seguiu rigorosamente as normas em vigor para garantir a segurança e fluidez do tráfego aéreo. Os voos de linhas regulares, na maioria das vezes regidos por regras de voo por instrumentos, gozam de precedência sobre os não regulares, visando a minimizar quaisquer problemas de fluxo que possam afetar a grande massa de usuários.

A reportagem também errou ao mostrar que Traffic Collision Avoidance System (TCAS) é acionado somente em caso de acidente iminente. O fato do TCAS emitir um aviso não significa uma quase-colisão, e sim que uma aeronave invadiu a “bolha de segurança” de outra. Essa bolha é uma área que mede 8 km na horizontal (raio) e 300 metros na vertical (raio).

Cabe ressaltar ainda que a invasão da bolha de segurança não significa sequer uma rota de colisão, pois as aeronaves podem estar em rumos paralelos ou divergentes, ou ainda com separação de altitude, em ambiente tridimensional.

A situação pode ser corrigida pelo controle do espaço aéreo ou por sistemas de segurança instalados nos aviões, como o TCAS. Nem toda ocorrência, portanto, consiste em risco à operação. O TCAS, por exemplo, pode emitir avisos indesejados, pois o equipamento lê as trajetórias das aeronaves, mas não tem conhecimento das restrições impostas pelo controlador.

Todas as ocorrências, no entanto, dão início a uma investigação para apurar os seus fatores contribuintes e geram recomendações de segurança para todos os envolvidos, sejam controladores, pessoal técnico ou tripulantes. É esse o caso dos 24 relatórios citados na reportagem. A existência desses documentos não significa a ocorrência de 24 incidentes de tráfego aéreo, e sim uma consequência direta da cultura operacional de registrar todas as situações diferentes da normalidade com foco na busca da segurança.

A investigação tem como objetivo manter um elevado nível de atenção e melhorar os procedimentos de tráfego aéreo no Brasil, pois é política do Comando da Aeronáutica buscar ao máximo a segurança de todos os passageiros e tripulantes que voam sobre o país. Incidentes e acidentes não são aceitáveis em nenhum número, em qualquer escala.

Sobre a questão dos controladores de tráfego aéreo, ao contrário da informação veiculada, o Brasil tem atualmente mais de 4.100 controladores em atividade, entre civis e militares. No total, são mais de 6.900 profissionais envolvidos diretamente no tráfego aéreo, entre controladores e especialistas em comunicação, operação de estações, meteorologia e informações aeronáuticas.

Para garantir a segurança do controle do espaço aéreo no futuro, o Comando da Aeronáutica investe na formação de controladores de tráfego aéreo. A Escola de Especialistas de Aeronáutica forma anualmente 300 profissionais da área. Todos seguem depois para o Centro de Simulação do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), inaugurado em 2007 em São José dos Campos (SP). Com sistemas de última geração e tecnologia 100% nacional, o ICEA ampliou de 160 para 512 controladores-alunos por ano, triplicando a capacidade de formação e reciclagem.

Vale salientar que a ascensão operacional dos profissionais de controle de tráfego aéreo ocorre por meio de um conselho do qual fazem parte, dentre outros, os supervisores mais experientes de cada órgão de controle de tráfego aéreo. Desse modo, nenhum controlador de tráfego aéreo exerce atividades para as quais não estejam plenamente capacitados.

A qualidade desses profissionais se comprova por meio de relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). De acordo com o Panorama Estatístico da Aviação Civil Brasileira, dos 26 tipos de fatores contribuintes para ocorrência de acidentes no país entre 2000 e 2009, o controle de tráfego aéreo ocupa a 24° posição, com 0,9%. O documento está disponível no link: PANORAMA

A capacitação dos recursos humanos faz parte dos investimentos feitos pelo DECEA ao longo da década. Entre 2000 e 2010, foram R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão somente a partir de 2008. O montante também envolve compra de equipamentos e a adoção do Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITÁRIO), um novo software nacional que representou um salto tecnológico na interface dos controladores de tráfego aéreo com as estações de trabalho. O sistema tem novas funcionalidades que permitem uma melhor consciência situacional por parte dos controladores. Sua interface é mais intuitiva, facilitando o trabalho de seus usuários.

Os resultados desses investimentos foram demonstrados pela auditoria realizada em 2009 pela International Civil Aviation Organization (ICAO), organização máxima da aviação civil, ligada às Nações Unidas, com 190 países signatários. A ICAO classificou o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro entre os cinco melhores no mundo. De acordo com a ICAO, o Brasil atingiu 95% de conformidade em procedimentos operacionais e de segurança.

Sem citar quaisquer dessas informações, para realizar sua reportagem, a equipe do Fantástico exibe depoimentos sem ao menos pesquisar qual a motivação dessas fontes. O Sr. Edileuzo Cavalcante, por exemplo, apresentado como um importante dirigente de uma associação de controladores, é acusado por atentado contra a segurança do transporte aéreo, motim e incitação à indisciplina, e responde por essas acusações na Justiça Militar.

O Sr. Edileuzo Cavalcante foi afastado da função de controlador de tráfego aéreo em 2007 e recentemente excluído das fileiras da Força Aérea Brasileira. Em 2010, também teve uma candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral.

Quanto à informação sobre as tentativas de chamada por parte do controlador de tráfego aéreo, Sargento Lucivando Tibúrcio de Alencar, no caso do acidente ocorrido com a aeronave da Gol (PR-GTD) e a aeronave da empresa Excel Aire (N600XL) em 29 de setembro de 2006, cabe reforçar que elas não obtiveram sucesso devido à aeronave da Excel Aire não ter sido instruída oportunamente a trocar de frequência e não a qualquer deficiência no equipamento, conforme verificado em voo de inspeção. Durante as tentativas de contato, a última frequência que havia sido atribuída à aeronave estava fora de alcance, impossibilitando o estabelecimento das comunicações bilaterais.

Já quando foi consultar o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, a equipe de reportagem omitiu o fato que trataria de problemas de tráfego aéreo. Foi informado que se tratava unicamente sobre a evolução do tráfego aéreo de 2006 a 2011.

Por fim, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica ressalta que voar no país é seguro, que as ferramentas de prevenção do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro estão em perfeito funcionamento e que todas as ações implementadas seguem em concordância com o volume de tráfego aéreo e com as normas internacionais de segurança. No entanto, este Centro reitera que a questão da segurança do tráfego aéreo no país exige um tratamento responsável, sem emoção e desvinculado de interesses particulares, pessoais ou políticos.

Brasília, 9 de agosto de 2011.
Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ministro do Esporte peita Teixeira e promete liberdade para a imprensa na Copa de 2014



Orlando Silva rebateu cartola e afirmou que “todo mundo terá acesso ao evento” r7


O Ministro do Esporte, Orlando Silva, resolveu enfrentar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e garantiu que a imprensa terá liberdade para trabalhar na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Recentemente, Teixeira afirmou que poderia fazer a “maldade” que quisesse contra alguns veículos de comunicação, como não dar credenciais para a cobertura do Mundial. A declaração foi dada à revista Piauí.

O Ministro Orlando Silva discorda da posição de Ricardo Teixeira, e rebateu as declarações do cartola. A posição do Ministro aumenta a tensão que há entre o governo e a CBF.

- Todos os profissionais terão o direito de trabalhar. Todas as empresas que oferecem informação à sociedade terão direito de se credenciar. Não tenho a menor dúvida de que a Copa do Mundo terá uma grande cobertura no Brasil e todo mundo terá acesso ao evento.