terça-feira, 10 de setembro de 2013

O outro 11 de Setembro: a atuação da CIA na liquidação da democracia no Chile



A 11 de Setembro de 1973 a Força Aérea bombardeou o palácio presidencial e as Forças Armadas colocaram o general Augusto Pinochet no poder onde permaneceu até 1990 fazendo da República do Chile cobaia para primeira experiência prática do Neoliberalismo da Escola Económica de Chicago. Estima-se que apenas na primeira semana do putsch militar foram assassinadas mais de mil pessoas; prosseguindo depois a purga que, quatro meses depois, já tinha levado a cabo cerca de 20.000 assassinatos entre civis e militares afectos à democracia.

“E foi assim que eles fecharam o país ao mundo por uma semana, enquanto os tanques rolavam, os soldados arrombavam portas, o som das execuções estrelejavam dos estádios e os corpos se empilhavam ao longo das ruas e flutuavam nos rios, os centros de tortura iniciaram as suas atividades, os livros considerados subversivos eram atirados a fogueiras, e os soldados rasgavam as calças das mulheres aos gritos de "no Chile as mulheres usam saias"…

Em 1976 o secretário de Estado Henry Kissinger num discurso sobre direitos humanos na OEA fazia o elogio ao General Pinochet igualmente presente: “Vossa Excelência está a ser vítima de todos os grupos de esquerda do mundo e o seu maior pecado não foi outro senão derrubar um governo que se converteu ao comunismo”





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