segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais uma baixa no Desgoverno de São Paulo

Coordenador de Saúde de SP pede demissão

Na manhã desta segunda-feira, secretário de Esporte também pediu exoneração


O coordenador de Serviços da Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, pediu demissão no início da manhã desta segunda-feira (20) após ter seu nome vinculado à investigação do Ministério Público sobre fraudes nos hospitais da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo

Em nota, o coordenador afirmou que pediu demissão para garantir uma maior transparência nas investigações do caso. Tardelli nega que tenha conhecimento da existência de um esquema envolvendo fraude em plantões estaduais. Ainda segundo as informações da assessoria do coordenador, a Secretaria de Saúde já determinou uma auditoria dos plantões em todos os hospitais estaduais, além da instalação de pontos eletrônicos.

No domingo (19), o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, Jorge Pagura, também deixou o cargo após ter seu nome envolvido no esquema. Pagura é neurocirurgião e, de acordo com escutas telefônicas obtidas pela promotoria, teria recebido pagamento do Estado por plantões não trabalhados no Hospital de Sorocaba em 2009 e 2010.

Em nota, o governo de São Paulo informou que Pagura pediu ao governador Geraldo Alckmin, na última sexta-feira (17), sua demissão do cargo, em caráter voluntário, “com o objetivo de facilitar o esclarecimento dos fatos investigados pelo Ministério Público e pela Corregedoria Geral da Administração”. O pedido foi aceito pelo governador.

A polícia investiga a participação de cerca de 60 diretores, médicos, dentistas e enfermeiros em esquema de desvios.

Além dos “plantões fantasmas” em hospitais de Sorocaba e Grande São Paulo, médicos também são suspeitos de fraudar licitações e desviarem verbas.

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu uma sindicância para apurar o caso.

Fraude

O esquema, que já prendeu 13 pessoas (uma dentista está foragida), deve ter prejudicado, em média, 300 mil pessoas que precisavam de atendimento médico. Segundo as investigações da Polícia Civil, os profissionais chegavam a ganhar R$ 15 mil para dar plantões, mas não trabalhavam.

Segundo o Cremesp, a sindicância corre em sigilo e vai apurar se algum médico infringiu o Código de Ética Médico. Se a sindicância confirmar a infração, é aberto um processo ético-profissional e ele pode ter o registro de médico cassado.




R7

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