sábado, 26 de março de 2011

E se a Vale comprasse aqui, como compra a Petrobras? O que Agnelli não fez, a Petrobras faz

 O que Agnelli não fez, a Petrobras faz

Ao contrário do que fez o agonizante reizinho da Vale, Roger Agnelli, a Petrobras continua comprando, a todo o vapor, os navios necessários á expansão de suas atividades com o pré-sal.
Como se sabe, Agnelli preferiu comprar na China os 12 grandes navios de transporte para exportar o ferro que extrai do Brasil.

A Petrobras, que lançou ao mar ano passado três superpetroleiros e ontem recebeu as propostas técnicas e comerciais para mais oito embarcações de de transporte de produtos derivados de petróleo. E, que bom, os concorrentes são dois estaleiros do meu Rio de Janeiro, o Eisa e o Mauá.

O programa de modernização e ampliação da Transpetro soma 49 navios e faz como que o Brasil já tenhahoje a quarta melhor posição entre as encomendas de  petroleiros. Já gerou 15 mil empregos diretos e, segundo a Petrobras, vai criar, ao final, 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos.

Tomara que a nova direção da Vale enxergue que o Brasil pode competir com qualquer país do mundo em matéria de construção naval. Pode e vai. Aliás, para a Vale, se ela investir também em siderurgia, até nisso pode ser vantajoso, fornecendo o aço necessário para as novas embarcações.
 
Basta seguir o exemplo da Petrobrás que, para baratear os custos, licitou as compra das 13 mil toneladas de chapas de aço destinadas à construção de navios modelo Panamax, que serão construídos na Ilha do Governador (RJ). E não foi de favor, não: da concorrência participaram nove siderúrgicas, do Brasil e de outros quatro países. Ganhou a Usiminas, daqui.

E se a Vale comprasse aqui, como compra a Petrobras?



Hoje comentei aqui que um dos principais desentendimentos entre o Presidente Lula e a atual direção da Vale era a política de compras da empresa, que não tinha uma orientação de preferir a produção nacional.

É o contrário do que faz a Petrobras.

Este ano, ela investirá R$ 84 bilhões em projetos no País, informou.  Nas compras e serviços contratados, a meta é que pelo menos 65% sejam de fornacedores brasileiros.

Hoje, a empresa divulgou uma lista de produtos e serviços que vai contratar e deseja que sejam fornecidos por pequenas e médias empresas brasileiras.

Para participar, as empresas interessadas devem verificar se possuem perfil para fornecer os itens apresentados pela Petrobras. A inscrição  pode ser feita até por telefone, até o dia 14 de abril.

É a ação da Petrobras queestá ressuscitando nossa indústria naval, quase morta e enterrada no Governo Fernando Henrique, quand tinha menos de dois mil empregados. Hoje, já são 56 mil empregados e, até 2014, deverá ter nada menos que 100 mil trabalhadores, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshores – Sinaval, em matéria publicada no Jornal do Commercio.

Agora, imaginem se fossem feitos aqui os 12 navios gigantes da Vale que, como este da foto, tem 330 metros de comprimento? Mas os empregos que o Agnelli cria na indústria naval, porém, são lá na China.




Brizola Neto - Tijolaço

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