quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A justiça é mesmo igual para todos?






Por quê o mensalão petista, apesar de ter acontecido depois, foi julgado antes do mensalão tucano, quando, segundo a legislação, deveria ser julgado depois? Por quê tantos pauzinhos foram mexidos para que o julgamento coincidisse com as eleições? Por quê a mídia só dá importância ao mensalão e sequer uma coluna aos diversos acontecimentos muito mais escandalosos que estão vindo à tona, todos ligados ao PSDB, como a privataria tucana, a lista de furnas e a compra de votos para a reeleição de FHC? Por quê nenhum dos ministros que votaram pela condenação argumentaram através de provas, sempre resumindo esta argumentação à subjetividades, achismos, presunções e frases que giravam sempre em torno de "não é possível que ele não tenha participado d
isto"? Por quê eles utilizaram nas argumentações de condenação o relato de um co-réu (feito antes das investigações, durante entrevistas a Veja), sendo que tudo que é feito fora dos autos não pode ser considerado no julgamento? Por quê utilizaram nas argumentações o depoimento de um co-réu como suficiente para uma condenação, algo que, além de não pode ser utilizado para condenação caso não esteja ligado a uma prova factual, é considerado insuficiente por ser de uma pessoa que não tem a obrigação de dizer a verdade? Por quê estes ministros ignoraram provas factuais em suas argumentações, principalmente no caso Genuíno e Dirceu, e deram valor a indícios que nem sequer são considerados provas para realizar a condenação? Por quê estes ministros basearam suas condenações na presunção de culpa, invertendo os valores básicos da Justiça, norteados na presunção de inocência? Respondam-me todas estas perguntas e eu posso até concordar com as suas declarações. Por enquanto, na minha opinião, se não fosse alguns réus que foram condenados de forma correta no início do julgamento, este teria sido exclusivamente político, pois não ocorreu qualquer relação com justiça ou imparcialidade, sendo que, no que se trata do caso Genuíno e Dirceu, foi, exclusiva e definitivamente, político.


Igor Patrico Manetti Benedito



Imprensa tem dois pesos e duas medidas sobre mensalões, diz Barsosa: Carta Capital

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