segunda-feira, 7 de abril de 2014
A Rolls-Royce anuncia fábrica no Brasil. Mas não é de carrão, é de equipamentos navais
Tijolaço
O Ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, e Francisco Itzaina, diretor da Rolls-Royce para a América Latina, anunciaram hoje, no Rio, a montagem de uma nova planta da empresa inglesa no Brasil.
Mas não é para fazer as lendárias limousine da marca, não, é para montar propulsores marítimos que vão equipar as sondas de águas ultra-profundas que estão sendo produzidas para a Petrobras.
A obra de adaptação de um galpão de 27 mil metros quadrados em Duque de Caxias, no Grande Rio, começa já e tem investimento inicial de R$ 82 milhões, para atende ao contrato firmado para fornecer motores e sistemas de propulsão para sete sondas de perfuração que serão construídas no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, que custarão R$ 335 milhões.
É o segundo investimento da Rolls-Royce no Rio, este ano. Em março, e empresa abriu Centro de Treinamento Marítimo, em Niterói, para especializar operadores de embarcações de apoio.
Por enquanto é só montagem, mas pode ser o primeiro passo para uma presença da empresa – que transferiu para a BMW a fabricação dos famosos automóveis – que investe em turbinas para aviões civis e militares, navios e plantas de geração de energia.
É o segundo projeto industrial que a construção de sondas – contratadas pela primeira vez dentro do país pela Petrobras - traz para o Rio de Janeiro. Antes, a Acker iniciou a montagem de uma nova fábrica em Macaé para produzir os conjuntos de perfuração.
Mas se eles vêm para cá, nós também estamos começando a ir para lá.
A HCI, uma empresa brasileira especializada em conexões e flanges para tubos de aço de alta resistência, usados na indústria do petróleo, anunciou , também hoje, a abertura de uma unidade na Ilha da Madeira, em Portugal, para entrar no mercado europeu de construção de navios e refinarias de petróleo. Um investimento de R$ 3 milhões com o qual pretende aumentar em até 20% o seu faturamento, que fechou 2013 em R$ 100 milhões.
Um pequeno retrato, de um único dia, do que não estaria acontecendo se a Petrobras seguisse na política de comprar fora do país navios e equipamentos de exploração.
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