segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Investimento cresce 145% de 2003 a 2010 (Era Lula), diz Ipea

Portal R7

Os investimentos das três esferas de governo - federal, estadual e municipal - aumentaram 145% entre 2003 e 2010, segundo um levantamento divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Em valores reais, os investimentos públicos caíram de R$ 49,5 bilhões em 1995 para R$ 42,6 bilhões em 2003, no início do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas depois saltaram para R$ 104,3 bilhões no final de seu governo. 

Em 2003, o valor correspondia a 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas que o país produz), enquanto em 2010 a quantia investida era correspondente a 2,9% do PIB brasileiro. 

Os pesquisadores do Ipea acreditam que o aumento dos valores diz respeito, por exemplo, à retomada de obras de infraestrutura e à flexibilização da política fiscal. 

O estudo afirma que "essa retomada do investimento pode ser parcialmente atribuída à mudança de orientação do governo, ainda embrionária, no sentido de reassumir seu papel no planejamento estratégico e promover o crescimento econômico por meio da ampliação dos investimentos públicos". 


De acordo com a pesquisa, a alteração do nível de investimento está relacionada também à aceleração da taxa de crescimento da economia. Para cada 1% de elevação do PIB, o índice de investimento público cresce 0,42%. 

O levantamento indicou, porém, que o investimento público em 2011 caiu para 2,5% do PIB. Os pesquisadores observam que esse comportamento havia se repetido em 1999, 2003 e 2007, que também sucederam um ano eleitoral. 

- Os anos subsequentes às eleições presidenciais e dos governadores estaduais normalmente coincidem com quedas muito fortes da taxa de investimento público, relacionadas a programas de ajustes ficais, que posteriormente são revertidas no decorrer do ciclo eleitoral. 

Ainda segundo a pesquisa, a execução do investimento ganha fôlego nos anos de eleições e desacelera em anos não eleitorais. 

Os autores do estudo explicam que isso acontece porque “os governos tendem a realizar reservas orçamentárias nos anos não eleitorais que somente serão de fato executadas ou ao menos terão sua execução acelerada nos anos eleitorais”.

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