Por Altamiro Borges
A força das redes sociais
A obra, que detalha os esquemas criminosos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito do processo de privatização das estatais na era FHC, não agradou os barões da mídia. Eles preferiram o silêncio para ocultar o envolvimento de tucanos de alto plumagem, principalmente para blindar José Serra.
O sucesso de vendas, segundo a Geração Editorial, tem uma única explicação. "Esse resultado foi devido ao trabalho das redes sociais, blogs e afins, já que a chamada 'grande mídia' ignorou ou simplesmente criticou A Privataria Tucana. Nestes últimos 30 dias foram 120 mil exemplares impressos".
CPI da Privataria Tucana
Esse fenômeno fez com que o livro alcançasse rapidamente o topo dos mais vendidos e desbancou grandes best-sellers, como a biografia de Steve Jobs e o novo romance do Jô Soares. Ele também "provocou o pedido de abertura da CPI da Privataria, requerida pelo deputado federal Protógenes Queiroz".
Em tempos de internet, a mídia alternativa "conseguiu mostrar sua força e mobilizou em cadeia nacional milhares de pessoas que esperavam por um livro como este. Uma obra que exibe 140 páginas de documentos oficiais e 200 de textos que mostram a promíscua relação entre o público e o privado, especialmente durante as privatizações realizadas durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e as relações dos familiares do ex-ministro José Serra".
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