domingo, 31 de julho de 2011

Ricardo Teixeira – O Ladrão do Futebol


osabetudo

Ricardo Teixeira é o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) há mais de 20 anos.

Com duas CPIs nas costas, o presidente da CBF é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro. E segundo o jornalista Juca Kfouri, o patrimônio do presidente da CBF não é compátivel com o que ele ganha.

A tv Britânica BBC acusou Ricardo Teixeira de receber 15,1 milhões de propina junto com então sogro João Havelange.

Segundo a BBC, quem pagou a propina foi a empresa de marketing ISL, para receber vantagens em contratos com a FIFA. A propina foi paga a empresa Saund que é sócia com a empresa de Ricardo Teixeira, a RLJ.

A Saund vem recebendo propina desde 1992, ano em que se tornou sócia da empresa de Ricardo Teixeira. Dinheiro esse que elevou o estilo de vida de Ricardo Teixeira e sua prole corrupta.

Agora como deputado federal o ex-jogador de futebol Romário está se empenhando em investigar a corrupção no futebol brasileiro, que fora de campo é sugado pela máfia da bola.

A briga de Ricardo Teixeira se estendeu com a tv brasileira Rede Record, que diz que o presidente tem peso na decisão de que emissora transmitirá o campeonato brasileiro, e sempre é decidido pela rede Globo.

Segundo entrevistas, Ricardo Teixeira diz que só se preocupará com acusações se sair no Jornal Nacional.

Responsável pela organização da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira ameaçou a Record, ele decide a hora, o lugar e quando os jogos acontecerão.

E ainda tem o poder de decidir quem entrevistará os jogadores, e não será a Record.

É uma vergonha para o Brasil ter um homem desse no poder do futebol, que já foi o melhor do mundo. Por a CBF ser uma instituição privada, Ricardo Teixeira se acha no direito de não prestar contas ao público, que respondeu aos jornalistas com palavras de baixo calão, impronunciáveis neste veículo.

Ricardo Teixeira não está se comportando à altura do cargo que preside.

Cartão vermelho pra ele!

Os cães farejadores de dinheiro público atacam outra vez


O provocador

Que a bola estava quicando na área até eu já havia percebido. A Globo e a Fifa querem mamar nas tetas do governo até sangrar. A novidade é o desespero com que estão indo ao pote.

Novidade pode não ser a palavra exata: a fúria com que arrancaram os R$ 30 milhões para a festa do sorteio das eliminatórias já dava uma ideia do tamanho da sede e do pote.

Então, vamos chamar de fato novo a Folha de S.Paulo denunciar que representantes de prefeituras e governos estaduais estão sendo pressionados a contratar a Geo Eventos, empresa da Globo, para realizar as Fan Fests, festas para torcedores, durante a Copa do Mundo no Brasil.

O método é típico de gângsteres, como diria o presidente do Corinthians e amigo de assaltantes de cofres públicos, Andrés Sanchez. Sempre agiram assim, mas desta vez estão sendo mais descuidados que arrogantes.

Será um longo caminho até 2014. E a hora de ficarmos preocupados é agora mesmo. O descaramento como Globo e Fifa estão agindo justifica a vigilância redobrada, bem como bater panelas e fazer tuittaços diários.

Sem pressão popular, o assalto vai continuar. O planeta está sendo alertado de como agem esses senhores de cartola e gazuas. A ganância ultrapassou os limites. O castelo de cartas marcadas está prestes a ruir.

Pelo clamor que se ouve nas ruas, a turma da pesada vai se dar mal, pela primeira vez. O constrangimento por que estão passando os dirigentes esportivos responsáveis pela Copa é só o primeiro sinal.

Vamos acuá-los, então. Eles são uma matilha que fareja onde está cada centavo do povo brasileiro. E cão bravo tem de ser tratado na paulada.

Setor elétrico - Colhendo os frutos podres de privatizações mal feitas



por Heitor Scalambrini Costa (viomundo)

A tão propalada privatização do setor elétrico nos anos 90, foi justificada como necessária para a modernização e eficientização deste setor estratégico. As promessas de que o setor privado traria a melhoria da qualidade dos serviços e a modicidade tarifaria, foram promessas enganosas. Os exemplos estão ai para mostrar que não necessariamente a gestão do setor privado é sempre superior ao do setor público.


Em São Paulo os recentes apagões e no Rio os bueiros voadores são exemplos de promessas não cumpridas, falta de matutenção e investimento e maior rigor da Aneel.

sábado, 30 de julho de 2011

Comentarista de Rede Globo adere a Campanha "Fora Ricardo Teixeira"

UOL




Mauricio Stycer
Crítico do UOL


Aos poucos, jornalistas e funcionários das Organizações Globo começam a manifestar suas opiniões sobre a administração do futebol brasileiro. Depois do narrador Milton Leite (relembre aqui), que criticou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em seu blog pessoal, agora é a vez do ex-árbitro Renato Marsiglia, comentarista de arbitragem do SporTV e da Globo.

Em uma coluna semanal que escreve, publicada em diferentes jornais do Sul do país, Marsiglia adere à campanha “Fora, Ricardo Teixeira”. Depois de falar do sucesso do site que pede a saída do presidente da CBF, Marsiglia escreveu nesta sexta-feira. (Leia aqui):

“O que leva um cidadão a ficar por mais de vinte anos na presidência da CBF? Paixão pelo esporte ou pelos negócios oportunizados pelo futebol para assuntos particulares? E o pior, com a cumplicidade das mais altas esferas desta República. Fala sério!”

Parceira comercial da CBF, a Globo detém os direitos de transmissão de partidas da seleção brasileira.

Uma dica para a subida do dólar

Humor Político

Protesto pede saída de Ricardo Teixeira da CBF

R7

Torcedores de times rivais, eu digo TORCEDORES, e não aqueles que vestem a camisa de seus times para arrumar confusão, se unem para protestar contra o presidente da CBF e por uma administração mais transparente.



O objetivo é chamar a atenção de todos com o descontentamento da administração de Teixeira. Depois, no dia 13 de agosto, será a vez de São Paulo receber a marcha, que partirá do Masp.


sexta-feira, 29 de julho de 2011

O declínio do império (financeiro) americano

 À medida em que cresce risco de calote imediato,  desgasta-se condição dos EUA como grande centro financeiro do mundo

Por Antonio Martins outraspalavras


As crises ensinam. Até ontem à noite, os políticos norte-americanos continuavam incapazes de chegar a um acordo sobre a ampliação da dívida do país — única forma de evitar, a partir de 2 de agosto, um colapso múltiplo dos serviços públicos e, talvez, um calote contra os credores do país. Por suas consequências devastadoras, sobre toda a economia mundial, tal desfecho é, ainda, improvável. Mas um texto das jornalistas Julie Creswell e Louise Story, publicado semana passada no New York Times debate as consequências de longo prazo da crise destas semanas. A leitura sugere que o papel de que os Estados Unidos se beneficiaram desde o final da II Guerra — o de grande centro financeiro global — sofrerá grande desgaste.

Julie e Louise apuraram que surgiu pela primeira vez, no universo dos mega-investidores em papéis norte-americanos — Tesouros de dezenas de países, corporações transnacionais, grandes instituições financeiras — a noção de que também os Estados Unidos podem ficar sem condições de honrar sua dívida. Tanto pelo crescimento exponencial dos débitos, quanto, como sugere o episódio atual, por decisão ou mesmo paralisia política.

Tal compreensão pode rompe uma crença e um comportamento mantidos durante décadas. Como o dólar
era a moeda aceita internacionalmente, pensou-se que seu emissor nunca se tornaria inadimplente. Comprar títulos do Tesouro norte-americano foi sempre considerado a opção mais segura, para investidores interessados em manter seus recursos protegidos. Por isso, os Estados Unidos foram, durante longos períodos, financiados pelo resto do mundo. Mantiveram comércio externo altamente deficitário porque, num certo sentido, bastava-lhes imprimir dinheiro. Como nenhuma outra moeda ameaçou, neste período, seu papel, os grandes investidores simplesmente não tinham outra opção, exceto continuar financiando os EUA.

O risco real de um calote está levando os gestores dos Tesouros, corporações e bancos credores dos EUA a rever, pela primeira vez, esta opção. No momento, é apenas uma consideração teórica, inclusive porque não há alternativas. Mas o que a matéria do New York Times revela é que, mesmo após superado o impasse entre democratas e republicanos, a situação nunca será a mesma. A ficha começou a cair.

Um calote do Tesouro dos EUA seria desastroso para todos. Ele tornaria insolventes outros bancos, empresas e países, com provável efeito-dominó em plano mundial. Lançaria dúvida generalizada sobre algo essencial na economia: a crença que cada parte precisa ter na capacidade de pagamento da outra, em qualquer operação econômica (da fusão entre duas grandes companhias à compra de um computador ou ao depósito em um banco). Por isso, não vale a pena torcer pela quebra. Mas será cada vez mais importante desmistificar o papel financeiro dos Estados Unidos, e buscar alternativas a ele…

Imperialismo: O Barack sai Caro

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Globo e sua mania de omitir a verdade, esconder o jogo


ocanal.org  Por: Breno Cunha

É interessante ver a Globo simplesmente ignorar toda e qualquer denúncia contra Ricardo Teixeira por ele ser um aliado. Ou inimigo. Sim, Teixeira deu declarações há um mês atrás dizendo que uma vez foi atacado pela Globo e deu um golpe na emissora: marcou um jogo do Brasil no horário do “Jornal Nacional”, desestabilizando a grade intocável do canal. A partir dali, a Globo jamais tocou no nome dele.

Mas o movimento contra Ricardo Teixeira, agora, assumiu proporções tão grandes que a emissora do Jardim Botânico se vê numa faca de dois gomos: se declara inimiga e tenta tirar o cartola do poder da CBF, ou continua omissa em noticiar qualquer matéria de corrupção envolvendo Teixeira. É normal ser político num momento desses, mas quando envolve a Globo, então tudo fica mais delicado.

A Rede Globo praticamente ignorou a campanha “Diretas Já”, feita por estudantes com a intenção de implantar as eleições diretas no Brasil, que parava o país, e o “Jornal Nacional”, principal telejornal da rede, omitia qualquer evento da campanha e até distorcia os fatos. Enquanto quase meio milhão de estudantes iam as praças reivindicar pelas diretas, Marcos Humell, hoje na Record, anunciava no JN: “Festa em São Paulo, a cidade comemora seus 430 anos em mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na praça da Sé”.

Desde ontem, dia 27 de julho do ano de 2011, uma das maiores redes sociais do mundo, o Twitter, tem milhões de pessoas espalhando #caiforaricardoteixeira,#foraoficial #adeusrt entre os termos mais digitados do mundo. Um povo não mais bobo quer o cartola fora da entidade máxima do futebol brasileiro. E a Globo? Vai se omitir novamente como uma Velha Senhora fazendo tricô?

Quando não conseguimos aprender com os erros do passado, então o futuro parece assustador.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Site promove Twittaço e marcha contra Ricardo Teixeira

Torcedores querem chamar a atenção para a administração do presidente da CBF
r7

A semana promete não ser das melhores para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Alvo dos torcedores, descontentes com sua administração à frente do futebol brasileiro, o cartola terá noção nos próximos dias da força de sua antipatia.



Por meio do site ForaRicardoTeixeira, lançado na última semana, está sendo organizado um MegaTwittaço contra o dirigente, das 0h desta quarta-feira (27) até a 0h de quinta-feira (28).

Durante essas 24 horas, o site pede para que todos postem em seu Twitter a hashtag #foraricardoteixeira. No momento, está sendo promovido um “esquenta” da campanha e, até o fim da tarde desta terça-feira (26), 45 mil pessoas haviam aderido.


Mas o protesto do torcedor não irá parar por aí. Neste sábado (30), dia em que será organizado o sorteio das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro, a capital carioca será palco de uma marcha contra Ricardo Teixeira.

O evento surgiu por meio de um grupo que se denomina Frente Nacional dos Torcedores e que fez parceria com o site. Além disso, conta com a colaboração de diversas comunidades de redes sociais, que prometem comparecer na marcha.

Os organizadores calculam que ao menos 2.000 pessoas estarão presentes, munidas de faixas, cartazes e camisetas, todas ilustradas com o texto #foraricardoteixeira.

A concentração acontecerá no fim da manhã do sábado, no bairro do Largo do Machado, na zona sul do Rio de Janeiro e, de lá, a marcha seguirá para a Marina da Glória, que fica no Aterro do Flamengo e será palco do sorteio das Eliminatórias.

O evento contará com enorme cobertura de jornalistas do mundo inteiro, além da alta cúpula da Fifa. O objetivo é chamar a atenção de todos com o descontentamento da administração de Teixeira. Depois, no dia 13 de agosto, será a vez de São Paulo receber a marcha, que partirá do MASP.

Selo Brasil sem Miséria: consumidor poderá contribuir para o fim da pobreza extrema

Em breve, os supermercados de todo o país comercializarão produtos da agricultura familiar com o selo Brasil sem Miséria. Ao fazer a opção por esses produtos, o consumidor brasileiro poderá contribuir para erradicar a extrema pobreza no país. A novidade foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (25/7), em Arapiraca (AL), durante encontro com os nove governadores da região Nordeste. Na ocasião, foi assinado entre o governo federal e os estados Pacto pela Erradicação da Miséria.

Durante a abertura da reunião, a presidenta convocou toda a população brasileira para o desafio e lembrou que para o fortalecimento da agricultura familiar, indispensável ao combate à miséria, será incentivada ainda a compra de produtos dos pequenos produtores rurais para a merenda escolar. Espera-se injetar na agricultura familiar “parte expressiva” dos R$ 1 bilhão destinados à compra da merenda no Nordeste brasileiro.


“Nós sabemos que a estratégia vitoriosa que permitiu que tirássemos da pobreza e elevássemos à classe média ‘uma Argentina’, a estratégia vitoriosa, tem um fundamento: só se pode desenvolver um país como o nosso se nós tivermos uma proposta de inclusão social que seja também uma proposta de inclusão produtiva, de inclusão cidadã”.

Nessa frente de atuação – informou a presidenta – a inclusão produtiva, nos serviços públicos e na renda fazem parte da estratégia de levar desenvolvimento ao Brasil. Para isso, o governo atua na desconcentração econômica, logística, de recursos hídricos, energética e na distribuição de renda. Com isso, o Plano Brasil sem Miséria tem como foco a região Nordeste, que abriga mais 9 milhões dos 16,2 milhões de brasileiros que vivem em situação de pobreza extrema.
“Não descansaremos, e assumimos esse compromisso de público, enquanto nós não conseguirmos fazer com que o povo do Nordeste, a população mais sofrida do Nordeste, tenha uma perspectiva e um horizonte de oportunidades”, informou.

Dilma Rousseff lembrou também que a questão da água “é crucial para o Nordeste crescer, crucial para que o país encare o problema do semiárido”. Com esse pressuposto – continuou a presidenta – o governo federal trabalhou para o lançamento do programa Água para Todos, cuja meta é construir 367 mil cisternas até 2012 e levar água às famílias extremamente pobres que vivem em áreas rurais no semiárido.


sábado, 23 de julho de 2011

O que é preciso regular


As mídias que operam concessões do poder público precisam de uma regulação mais efetiva. O alvo dessa regulação não pode ser a liberdade jornalística, intelectual, artística ou comercial da Rede Globo, da RBS e de grupos ou emissoras menos importantes.

Se o passado político dessas empresas fosse critério de validação de sua atividade presente, todos os jornais, revistas, emissoras de televisão e de rádio que foram instrumentos do golpe de 1964 e/ou apoiaram o regime militar, com maior ou menor entusiasmo, deveriam sofrer alguma punição ou pagar algum tributo. Não aconteceu e não faz sentido que aconteça.

O que precisa ser enfrentado pelos representantes da sociedade no executivo e no legislativo são, na presente conjuntura, três situações bem definidas:

** Propriedade cruzada de meios em determinado território, que cria um sistema de forças midiático excessivamente “espaçoso”, maior do que a soma de suas partes, tendendo ao monopólio. Um órgão do Ministério da Justiça, o Cade, acaba de impor à Brazil Foods a renúncia a marcas e operações que seriam prejudiciais, por falta de concorrência, ao bolso do consumidor. Alimento para a mente é menos importante do que para o corpo?

** Coronelismo eletrônico. Não há notícia de país sério em que os detentores de mandatos sejam eleitos e reeleitos pela influência de seus próprios meios de comunicação (ou vice-versa: em que os donos de meios de comunicação se tornem ipso facto donos de mandatos).

** Venda de horários para programas religiosos. A Rede TV! vende 46 horas por semana, a Record, 32 horas, e a Band, 31 horas. Segundo a Folha de S. Paulo (Ilustrada, 21/7), “No total, os brasileiros têm quase 140 horas semanas de ladainha religiosa. Nenhuma emissora revela quanto fatura com a prática, que é permitida pela legislação a partir de nebulosas interpretações jurídicas da já obscura legislação vigente no assunto”.

Em resumo: imprensa livre e liberdade de expressão são “cláusulas pétreas” da democracia. A necessária regulação da mídia deve ser feita para ampliar e aprofundar a democracia, jamais para retroceder.

***
[Mauro Malin é jornalista]

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A seleção brasileira da TV Globo

Por Valério Cruz e Anderson David

Já são conhecidas as barreiras estabelecidas pela Rede Globo de Televisão junto à transmissão do futebol no país, influenciando até a formatação do Campeonato Brasileiro deste esporte. Mas pouco tem sido comentado acerca do monopólio de transmissão em território nacional dos jogos da seleção brasileira de futebol, que há décadas são veiculados apenas por uma emissora, a mesma Rede Globo de Televisão, líder do oligopólio midiático nacional. 

Na melhor das hipóteses, quando não possui interesse em exibir, a Globo decide e repassa a outro operador.



Se no caso do Campeonato Brasileiro já se colocaram vários questionamentos sobre as opções do torcedor-consumidor de assistir ao seu time do coração, quando isso ocorre com a seleção do país o nível de questionamentos sobre os processos de negociação deveria aumentar, mas não é o que tem ocorrido. Afinal, alguém sabe ou ouviu falar como se dá a licitação dos direitos de transmissão desses jogos?

Para se ter uma ideia, o primeiro jogo da seleção após a Copa do Mundo de 2010 sequer foi veiculado por TV aberta porque se iniciaria às 21h, horário da principal telenovela da grade de programação da Globo. Mesmo que a transmissão da partida contra os Estados Unidos tenha sido transmitida de forma gratuita pelo portal Globo.com, com direito à mesma equipe de reportagem, a possibilidade de acesso à internet é bem menor, ainda mais se for considerado o preço do serviço com velocidade que permita assistir uma transmissão ao vivo pela rede. De evento gratuito, indiretamente virou algo que o torcedor de alguma forma teve de pagar.

Transmissão exclusiva em TV aberta

Para os amistosos e eventos da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), paira o silêncio de informações. Para se ter uma ideia, a atual edição da Copa América não pode ser transmitida pelo YouTube por conta do contrato de transmissão local. Já nos torneios oficiais da Federação Internacional de Futebol e Associados (Fifa), casos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, há um processo de licitação para todas as mídias – inclusive para o rádio, que não entra na negociação dos torneios brasileiros. Seja em TV aberta ou fechada, há muitas edições da Copa do Mundo as Organizações Globo detêm os direitos de transmissão, optando por repassá-lo ou não para outras emissoras.

Analise-se como se deu esse processo nos três Mundiais realizados neste século. A Globo transmitiu sozinha o Mundial da Coreia do Sul/Japão, em 2002, por conta até mesmo de uma falta de expectativas no time que viria a ser pentacampeão mundial e também devido aos horários dos jogos, que ocorreriam de madrugada ou pela manhã. Ao longo do torneio, e também por causa do avanço do selecionado nacional, a emissora conseguiu atingir recordes de audiência, não previstos de serem conquistados nestes horários.

Para a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, a opção da Rede Globo foi por transmitir de forma exclusiva em TV aberta, dado o sucesso do torneio anterior e do próprio escrete nacional, que contava, por exemplo, com um Ronaldinho Gaúcho duas vezes eleito o melhor jogador do mundo. Em televisão fechada, houve o repasse para o BandSports, do Grupo Bandeirantes, que naquele evento contou com a principal equipe de transmissão da Band.

Exclusividade continuará em 2014

Em 2006, houve uma denúncia por parte da Rede Record contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Fifa, já que a emissora alegara que ofereceu o dobro do que oferecera a líder do oligopólio midiático nacional e ainda assim não ficou com os direitos de exibição da edição seguinte do evento. A Fifa respondeu que a negociação ficava por conta das federações nacionais; já a CBF alegou que as “relações históricas” entre a Globo e a entidade, com sua experiência comprovada nas transmissões, foram levadas em consideração.

Seguindo a evolução da parceria no futebol em geral, retomada em 2004, após a Record recusar os limites impostos pela Rede Globo, à Band foi repassado o direito de transmissão da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, assim como da Copa das Confederações, evento preparativo para o Mundial no ano anterior. Como, em quatro anos atrás, o selecionado nacional chegava como um dos principais favoritos, apesar das críticas ao técnico Dunga – que, inclusive, criou um inédito mal-estar entre a CBF e as Organizações Globo, principalmente a partir do veto imposto por ele às benesses que só a emissora tinha, como entrevistar de forma exclusiva o próprio treinador e jogadores.

Daqui a três anos, o maior evento do futebol mundial ocorrerá no Brasil e, até o ponto que se sabe, não há uma definição clara sobre as transmissões, a não ser que a Rede Globo será uma das exibidoras. A emissora continuará com a exclusividade em veicular os amistosos da seleção – por mais que não se saiba como se dá esse acordo – e poderá repassar os demais torneios para a sua parceira, a Band, que não representa um perigo para a líder, já que em regra não disputa os primeiros lugares de audiência. Neste ano, os campeonatos sul-americanos de categorias de base – onde a Globo só transmitiu a final do sub-20 porque garantiria vaga nos Jogos Olímpicos, que ela não irá exibir – e da Copa do Mundo de Futebol Feminino são exemplos desses eventos repassados.

Jogos serão narrados pela mesma voz

Se, para os Jogos Olímpicos de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Internacional optou por dividir a transmissão entre as principais emissoras brasileiras, não é de se esperar que o bom senso prevaleça em relação ao Mundial de futebol. Basta olhar as recentes denúncias envolvendo a Fifa e a CBF, através de seus presidentes, Joseph Blatter e Ricardo Teixeira, que estarão nos cargos até lá.

Os jogos de futebol da seleção que representa o país com mais títulos mundiais deverão continuar a ser narrados pela mesma voz, a qual, inclusive, foi alvo de campanha durante a Copa da África do Sul, espalhada mundialmente por uma rede social, por mais que a responsabilidade de escutar-se somente ela (e seu ufanismo) em jogos do Brasil não seja do seu proprietário, mas de quem o paga.


*Valério Cruz Brittos é professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Facom-UFBA; e Anderson David Gomes dos Santos é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos.


Fonte: Observatório da Imprensa

Psicólogos advertem: manipulação da mídia faz mal à saúde

vermelho

Campanha do Conselho Federal de Psicologia (CFP) compara manipulação da mídia à indústria farmacêutica. "Se nós não conseguirmos convencer as pessoas de que informação muda a cognição, o aprendizado, a maneira de como você lê o mundo, nós vamos, a vida toda, pegar a receita, passar na farmácia, tomar o remédio que, às vezes, não era necessário", afirma Juliano de Carvalho, jornalista.

 

 

Rumos do Imperialismo



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Retrato do futebol brasileiro



De um lado CBF ( Confederação Brasileira de Salafrários) e Globo, ambas coms seus lucros exorbitantes. Do outro os clubes, que não recebem nenhuma fatia ou apenas farelos desse bolo e os ingênuos torcedores que cada vez mais são afastados dos estádios com o preço dos ingressos nas alturas, que não condizem com a realidade da maioria e com a diminuição dos estádios de futebol.


Eventos esportivos vindo aí e a Globo e o Ricardo Teixeira (acusado de vários envolvimentos ilícitos) continuam mandando no futebol Brasileiro. O Ministério dos Esportes têm que tomar uma atitude quanto a isso. Acabar com essa Máfia que é um câncer do futebol brasileiro. Cadê o Estatudo do Torcedor?


De um indignado e amante do futebol, João Paulo Lamberg Mello.

A reforma política começa pela mídia

outraspalavras

Fala-se muito em reforma política, mas nenhuma reforma política é mais fundamental do que a democratização da mídia. Esta a grande reforma que o país aguarda há décadas. Governos mudam, regimes mudam, séculos mudam, mas o mesmo regime excludente e oligárquico prevalece nas comunicações brasileiras. Aqui, sequer o capitalismo liberal chegou. É um oligopólio de empresas familiares. Partilham entre si as concessões de TV e rádio, de norte a sul, por meio de suas filiais e retransmissoras. E ainda controlam simultaneamente jornais, revistas, editoras, produtoras de filmes e teatro.

Esses grandes grupos se vendem como imparciais e neutros, mas estão entranhados na política nacional e global, com posições conservadoras. Apoiaram a ditadura cívico-militar e agora se opõem à busca pela verdade histórica (que os desmascara). Colocam-se como paladinos da liberdade de expressão, mas são os primeiros a censurar vozes discordantes e despedir funcionários incômodos. Apresentam-se como sacerdotes da ética pública, mas as suas campanhas moralizantes não passam de instrumentos de chantagem e intimidação. Dizem-se praticantes do bom jornalismo, mas isto só significa certa forma vertical e elitizante de produzir e circular verdade e legitimidade. A opinião pública está contra o povo.

O que fazer?

Articular mais redes, empoderar mais gente no processo de produção de verdades e narrativas, promover mais espaços dialógicos e horizontais. Seguir debatendo-se contra o gigantesco polvo das comunicações, nesta democracia mais-que-imperfeita. E continuar lutando e blogando e tuitando, em suma, devir mídia.
 


Lutar por uma Mídia mais democrática e que de voz a Todos os grupos, essa é a nossa luta, esse é o nosso dever.

terça-feira, 19 de julho de 2011

As diferenças que contam: LULA x FHC

Matéria da Carta Capital

Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) sobre “15 anos de Gasto Social Federal – de 1995 a 2009”.

O trabalho mostra como a política social praticada pelo petista na crise de 2009-2008, foi radicalmente oposta à prática dos governos tucanos nas crises de 1998-1997 e 2003-2002 (gráfico). Nos três momentos o País foi atingido por crises econômico-financeiras geradas muito além das fronteiras brasileiras.


Em 1998 e 2002, sob o governo de FHC, o Gasto Social Federal cai e acompanha a queda do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2008, O PIB despenca e o GSF acelera em sentido oposto. A decisão política é concretamente definida: não sacrificar o investimento social do governo.

Nos gastos sociais considerados pelo Ipea está incluído o dinheiro “efetivamente gasto nas políticas sociais no total de recursos mobilizados pelo governo federal” em meio à disputa dos vários interesses legítimos, de inúmeros agentes, em torno do dinheiro público.

Para alcançar esse objetivo, o Orçamento foi desmontado e remontado, e analisada ação por ação no que se refere à destinação social do dinheiro, entre 1995 e 2009.

Eis algumas constatações comparativas no período analisado:

• O GSF cresceu 3,7% do PIB e 146% em valores reais, acima da inflação (IPCA).

• De 1995 a 2002 (oito anos de FHC) o crescimento do GSF foi de 1,7% do PIB.

• De 2003 a 2009 (sete anos de Lula) o GSF foi aumentado em 2,7% do PIB.

A crise de 2008-2009 mostra a firmeza da política social lulista. Com a economia freada, o governo tomou uma parcela maior do PIB para o GSF. Um salto expressivo de 14,9% (2008) para 15,8% (2009).

Lula, se de um lado valeu-se do velho pragmatismo para governar, por outro impôs um novo modelo para reduzir, mesmo que pouco, as diferenças sociais.

Essa política socialmente generosa, no desdobramento da inacabada crise 2008-2009, fornece a munição para os corifeus do coro conservador que se manifesta internamente com ataques ao que chamam de “herança maldita de Lula” e, externamente, nas páginas do Financial Times como ocorreu na edição da quarta-feira. O jornal, pouco britanicamente, fez avaliação rápida e rasteira naquele dia 13, dia agourento para alguns, sobre o “modelo lulista” que, segundo o próprio diário, apareceu “como uma possível solução para os problemas centenários de desigualdade na América Latina (…) ao qual se atribui a retirada de 33 milhões da pobreza”.

Em certas partes do mundo há exemplos de que nos limites do próprio capitalismo é possível alcançar maior equilíbrio social. Para aqueles, claro, que não acreditam que os pobres estão condenados eternamente ao fogo do inferno material.

Impasse nos EUA revela decomposição da ordem mundial imperialista


As bolsas de valores viveram mais um dia de cão na segunda-feira, 18, com baixas generalizadas na Ásia, Europa, EUA e Brasil. O Ibovespa, que acumula perdas superiores a 14% ao longo do ano, caiu 1,08%, estacionando em críticos 58.837 pontos. O mau humor nos mercados de capitais reflete a preocupação dos investidores com a crise da dívida na Europa e, em especial, nos Estados Unidos, onde o impasse sobre uma nova elevação do teto da dívida pública pode desembocar numa moratória.

O Congresso estadunidense tem até 2 de agosto para acatar ou não o pleito da Casa Branca de aumentar o limite de endividamento, hoje em US$ 14,29 trilhões. Embora não possa ser descartado, o calote ainda não parece a perspectiva mais provável. Mas, seja lá qual for o desfecho do imbróglio, a confusão entre Obama e os republicanos serviu para evidenciar as fragilidades dos fundamentos que sustentam atual ordem econômica internacional, ancorada no padrão dólar e na hegemonia (econômica, política e militar) dos EUA.

O pensamento dominante, inclusive em muitos círculos de esquerda, alimentou durante muito tempo o falso consenso de que o mundo não devia se preocupar com a dívida crescente do império. Afinal, Tio Sam tem o privilégio de imprimir a moeda universal e isto também garante, segundo alguns economistas, o poder de determinar o ritmo e a direção do fluxo de capitais por este vasto mundo.



O recurso à impressão de dólares foi amplamente utilizado, sem prévia consulta a outras nações. Mas tudo que se conseguiu, até agora, foi o acirramento da chamada guerra cambial e o recrudescimento da inflação das commodities. Investimentos produtivos e empregos continuam em baixa nos Estados Unidos e o capital continuou fluindo em outras direções, opostas ao desejo do banco central, por um motivo simples e secular: a maximização dos lucros. A circulação do dinheiro, conforme já alertava Karl Marx, não deve ser confundida com a circulação do capital. Embora não pareça, são duas coisas distintas.

Alega-se ainda que a relação entre dívida e PIB nos EUA, hoje em torno de 100% (ou seja, a maior economia do mundo deve o equivalente a um ano de toda sua produção interna), não é lá essas coisas. O governo japonês, por exemplo, deve mais que 200% do valor anual da produção e não se fala em crise da dívida nipônica. Citava-se também a Itália, que já está apertando os cintos. A verdade é que este tipo de comparação não faz muito sentido.

A quantidade, conforme sugere a dialética, também produz qualidade. Sozinhos, os EUA devem mais que 17 nações europeias que compartilham a moeda comum (euro), os PIBs somados das 160 menores economias do planeta ou cerca de sete vezes o PIB do Brasil, dono da oitava maior economia do planeta. E isto não é tudo.

Diferentemente do que se verifica no Japão, a dívida pública norte-americana é em larga medida (cerca de 70%) uma dívida externa, o que reflete a carência de poupança interna e o crescente parasitismo do American way of life (o outrora invejado estilo de vida norte-americano). É por esta e outras que a hipótese de um calote da Casa Branca pode provocar um novo terremoto na economia mundial, de escala maior do que a crise propagada a partir de 2008.

A China, maior credor, fez questão de externar oficialmente sua preocupação com a hipótese de inadimplência na semana passada. O país acumula uma montanha de títulos emitidos pela Casa Branca, num valor estimado em US$ 1,1 trilhão. É seguido pelo Japão, com US$ 907 bilhões, e Reino Unido (US$ 333 bilhões). O Brasil é o quarto maior credor, com 63% de suas reservas (US$ 207 bilhões), aplicadas em papéis do governo estadunidense. Um risco, não?

A dívida pública, no caso impropriamente denominada de dívida interna, não é o único nem o maior problema. O endividamento total dos EUA, público e privado, é quase quatro vezes maior e não devemos esquecer que foi o pano de fundo da Grande Recessão iniciada em dezembro de 2007 e ainda não debelada. Equivalia em 2009, segundo dados do FMI, a cerca de US$ 49 trilhões, ou 4/5 do PIB mundial. Reflete, em boa medida, o passivo externo do império.

O problema é bem maior do que as aparências indicam. A montanha de débitos não é mais do que o reflexo dos desequilíbrios insustentáveis subjacentes à atual ordem econômica internacional. A dívida imperial é melhor compreendida quando associada às formas de acumulação e reprodução do capital em escala global, a reprodução imperialista do capital, característica desses nossos tempos.

O impasse no Parlamento teve o mérito de colocar o problema sob os holofotes da grande mídia. A ameaça de calote expõe ao mundo a incapacidade do governo estadunidense andar com as próprias pernas ou viver com os próprios meios. Em outras palavras, denuncia um parasitismo sem par. Um corte profundo nas despesas militares poderia ser uma solução, mas isto não é cogitado no país imperialista, que se julga dono do mundo e em conjunto mantém mais de 800 bases militares. O principal alvo dos cortes no gasto público que está sendo consesuado entre os dois poderes em litígio é a classe trabalhadora.

A crise provoca pânico generalizado e é apresentada como um sério risco para a economia mundial. Todos receiam seus efeitos e querem exorcizá-la. Mas os povos não têm muito o que temer. Trata-se de uma crise do capitalismo em sua atual etapa e tempo, a crise da ordem imperialista hegemonizada pelos EUA.   

A única solução viável, que mais dia menos dia vai acabar se impondo, é a transição para uma nova ordem mundial. A hegemonia do dólar e dos EUA está em franca decomposição, mas ainda veremos e amargaremos muitas crises e conflitos antes que se conclua o doloroso trabalho da parteira da história. A classe trabalhadora e seus representantes devem perceber no arrastar da crise uma oportunidade para apresentar a sua alternativa: o socialismo. A outra, que já se insinua com mais força na história, é a barbárie.

Vermelho


Caso Murdoch expõe a necessidade de regular a mídia

Por Venício Lima

O escândalo das escutas telefônicas no Reino Unido, envolvendo o império midiático de Rupert Murdoch, renova o debate sobre a necessidade de regular o setor no Brasil. É o que avalia o professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da UnB (Universidade de Brasília), Venício Artur de Lima, autor do livro Regulação das Comunicações — História, Poder e Direitos (Ed. Paulus, 2011).

Os repórteres do tabloide inglês News of the World, fechado após a revelação dos métodos jornalísticos de submundo, realizavam grampos contra celebridades e vítimas de crimes. Até o ex-premiê britânico Gordon Brown pode ter sido espionado pelo grupo de Murdoch, a News Corporation, numa espionagem que envolveria o acesso a sua caixa postal e sua conta bancária.


"Esse episódio revela a necessidade de um tipo de acompanhamento da atividade profissional de jornalismo, para que o jornalista e as empresas respondam a algo em termos da correção do exercício profissional", defende Venício Lima, em entrevista a Claudio Leal, do Terra Magazine.

"Grupos empresariais fortes, na área de mídia, acabam se sentindo em condições de fazer o que quiserem, se tornam tão poderosos que se sentem desobrigados de, muitas vezes, cumprir as normas éticas profissionais", completa o professor.

Venício Lima critica o atraso do Brasil no debate sobre a regulação da mídia e atribui o esvaziamento ao desinteresse dos grandes grupos de comunicação. "A nossa situação, em relação a isso, seria cômica se não fosse trágica. É uma vergonha", ataca.


Terra Magazine: Qual o debate que precisa ser feito após o escândalo dos grampos realizados pelo jornal News of the World, do grupo midiático de Rupert Murdoch, no Reino Unido?
Venício Lima: Esse episódio, na verdade, escancara um tipo de realidade que precisa ser fiscalizada de alguma forma. A existência dos códigos de ética não é uma garantia do comportamento ético em qualquer profissão. No caso, tudo indica que havia um comportamento de violação de direitos individuais. Não é uma atividade isolada de um ou outro jornalista que não cumpriu o código de ética. Era uma atividade empresarial, porque tinha o conhecimento dos proprietários do jornal. 


Isso precisa ser apurado, porque se for isso, de fato, é um comportamento criminoso e coloca em questão a credibilidade do jornalismo praticado. Esse episódio revela a necessidade de um tipo de acompanhamento da atividade profissional de jornalismo, para que o jornalista e as empresas respondam a algo em termos da correção do exercício profissional. Como existe, aliás, em várias outras profissões: Direito, Engenharia... 


Terra Magazine: Seria uma regulamentação da atividade empresarial jornalística? Qual é o termo exato?
Venício Lima: Na Inglaterra, existem órgãos de regulação da atividade do setor, de regulação do mercado, a Press Complaints Commission, uma comissão auto-regulatória. Ela é independente, mas é criada pelos próprios empresários. Recebe queixas, etc. Vi uma notícia da BBC de que o próprio primeiro-ministro inglês (David Cameron) teria dito que isso não é suficiente.

Esse episódio todo está mostrando que a existência dessas comissões auto-regulatórias não resolve. Não precisa do primeiro-ministro inglês falar isso, porque há estudos sérios, independentes, insuspeitos - por exemplo, nos Estados Unidos -, que mostram que a auto-regulação, muitas vezes, é necessária, eficiente, mas, no máximo, ela é complementar a uma regulação feita pelos mecanismos do Estado Democrático de Direito. É uma coisa democrática, um procedimento de debate, através do parlamento.



Terra Magazine: Murdoch pretendia comprar o restante das ações da BSkyB (British Sky Broadcasting), a maior provedora de TV paga do Reino Unido, e com esse escândalo houve um debate sobre a concentração midiática. No Parlamento, veio uma moção contra a compra. A concentração midiática favorece casos desse tipo, autoritários, de violação dos direitos individuais?
Venício Lima: Claro, por uma razão simples: os grupos que concentram, sobretudo através da propriedade cruzada... No caso brasileiro, não há qualquer regulamentação. Há em países como a Inglaterra e os Estados Unidos, mas houve uma certa flexibilização nos últimos anos e as cortes têm impedido que esse processo de flexibilização avance, como ocorreu recentemente nos Estados Unidos. Mas grupos empresariais fortes, na área de mídia, acabam se sentindo em condições de fazer o que quiserem, se tornam tão poderosos que se sentem desobrigados de, muitas vezes, cumprir as normas éticas profissionais.

Agora, tem um lado positivo para nós que estamos aqui de longe, num país onde a questão da regulação é absolutamente inadiável. Não dá mais para contemporizar, é preciso que ela aconteça (no Brasil). No país onde a própria ideia de liberdade expressão surgiu, a Inglaterra, no século 17, ocorre agora a renovação do debate da necessidade de regular. Isso, para nós, tem uma lição importantíssima. Você imagina o seguinte: se é necessário regular na Inglaterra, que tem a tradição que tem, e aqui?



Terra Magazine: Por que o Brasil não avança nesse debate?
Venício Lima: Rapaz, gostaria imensamente de te dar uma resposta, mas... Arrisco a dizer que não avança porque os grupos que têm interesse em que não haja qualquer tipo de regulamentação da área, porque estão muito bem do jeito que está, não permitem que isso avance. Basta ver o que acontece em relação às normas que estão na Constituição desde 1988 e que, mesmo pra estarem lá, passaram por um processo dificílimo de negociação. E não eram as normas que representavam as reivindicações dos grupos que, naquela época, lutaram pela democratização da área. É só o que foi possível.

E nem mesmo o Conselho de Comunicação Social, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, sem qualquer poder deliberativo (o artigo 224), nem isso que foi regulamentado em 1991 consegue funcionar. Foi instalado pela primeira vez em 2002, funcionou precariamente por dois anos, depois precariamente até 2006... A nossa situação, em relação a isso, seria cômica se não fosse trágica. É uma vergonha.



Terra Magazine: No debate, não existe uma confusão entre a regulamentação da área e o controle de opinião?
Venício Lima: Vejo que essa confusão é feita por aqueles que querem impedir qualquer tipo de regulação. Porque, no caso brasileiro, sobretudo se fala em regulação do mercado. Aqui não há regulação do mercado. Nunca houve, não há qualquer controle sobre propriedade cruzada.

Quando você se refere, eventualmente, a alguma coisa de conteúdo... Por exemplo, percentuais para programação regional, cultural e artística, os projetos passam numa casa do Congresso e depois ficam parados em outra, como é o caso do projeto que regula esse inciso do artigo 221. No Brasil, estamos totalmente atrasados.

Fonte: Terra Magazine
       

Promoção: Milhagem Light

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aprenda a manipular!

Curso Básico de Jornalismo Manipulativo

Dicas, lições, avisos de cursos e outras informações necessárias para a formação de um bom manipulador da opinião pública.


 
. Aprenda: liberdade de imprensa existe para a imprensa censurar a divulgação de notícias favoráveis ao “outro lado”.


. “Amnésia seletiva” é o esquecimento de fatos que comprometam o “nosso lado”. Como a relação entre Serra e Chevron.

. Acuse sem provas. O povo gosta, nossos aliados aproveitam e o “outro lado” se lasca, perdendo tempo com desmentidos.

. Aprenda: Na luta pela influência e pelo poder, a morte da verdade é um dano colateral aceitável.



LIVROS DO CURRÍCULO DO CURSO


. “The Free Press, An Essay on the Manipulation of News and Opinion”  http://bit.ly/gd3HW2

. “A História Secreta da Rede Globo” http://bit.ly/ggMMsK

. “Constructing Public Opinion” http://bit.ly/fXJ5fo

. “How Mass Media Tries to Pass Off Crap as News” http://bit.ly/fwbOiA

. “A Ditadura da Mídia, de Altamiro Borges” http://bit.ly/g03bH2

. “Images that Injure, Pictorial Stereotypes in the Media” http://amzn.to/fPCUPK

. “Media Wizards: A Behind-the-scenes Look At Media Manipulations” http://bit.ly/hlKIec

. “O Jornalismo dos Anos 90″, de Luis Nassif http://slidesha.re/9aFog2

. “The Media and the Public: ‘Them’ and ‘Us’ in Media Discourse” http://bit.ly/eDwgVP

. “The Politics of Misinformation” http://bit.ly/iaTe7L

. “You Are Being Lied To” http://www.hampapartiet.se/23.pdf

. “The Moral Media, How Journalists Reason About Ethics” http://bit.ly/icZOGN

. “Analysing Newspapers” http://bit.ly/hvbulb

. “The Media Effect: How the News Influences Politics and Government”  http://bit.ly/hnzTlm

. “Communication Power” http://bit.ly/e1AC3P

. “Media Psychology” http://bit.ly/eveTfp


CURSOS EXTRAS



. “Como Defender Golpes de Estado”, com Arnaldo Jabor e Alexandre Garcia. Inscrições somente por convite pessoal.

. “Como Editorializar as Manchetes”, na sede de “O Globo”. Exemplos de 5 décadas de atuação.


. “A Técnica das Previsões Catastróficas”, com Miriam Leitão. Bônus: caixa de antidepressivo.

. “Como Criar Capas Caluniosas”, com a equipe da “Veja”. Bônus: 150% de desconto na assinatura anual da revista.




PALESTRAS


. Aula magna no auditório Roberto Marinho: “Como Escrever Artigos Rancorosos”, com FHC.



ALGUMAS LEIS DO CBJM



. Lei Luiz Carlos Prates: Puxe o saco do patrão, mas não tanto a ponto de arrancá-lo. Há consequências.

. Lei Diogo Mainardi: Você só chegou ao topo porque nós quisemos; vale o mesmo para a sua queda.

. Lei Ali Kamel: Fazer jornalismo é testar hipóteses. Final oculto:… contra o nosso inimigo.

. Lei da Veja: Contra um inimigo, vale tudo e mais um pouquinho. Tire a moral da reta.

. Lei Boris Casoy: Perdoamos a maior barbaridade na medida da utilidade de quem a enunciou.

. Lei Soninha Francine: Sua imagem pode ir a 0, mas sua conta bancária irá a 1000.

. Lei Lucia Hippolito: Se o telefone está piscando, não fale: o “outro lado” não perdoa nossos erros.

. Lei Reinaldo Azevedo: No post, você é um só; na caixa de comentários, pode ser muitos.

. Lei da Satiagraha: O limite de seus valores é o interesse financeiro dos seus patrões.

. Lei Miriam Leitão: A notícia mais positiva esconde a semente de sua própria destruição.

. Lei Ricardo Noblat: Entrar para o PIG pode ser um programa lucrativo.

. Lei José Nêumanne: O PIG deixa cantar de galo, mesmo que você seja um pinto.

. Lei William Bonner: Trate nosso consumidor como um Homer, e ele lhe dará uma surra homérica.

. Lei Cristiana Lôbo: Fiel é aquele que revela seu verdadeiro lado até em atos falhos (ou falas falhas).

. Lei Marina Silva: Vale fingir que você é contra nós, desde que seja inimigo do nosso inimigo.

. Lei Ali Kamel: Uma bolinha de papel pode gerar uma avalanche de críticas.

AI 5 Digital: Importante impedir sua aprovação

Lei proposta pelo deputado federal Eduardo Azeredo, PSDB que ficou conhecida como AI5 Digital. É fundamental que os ativistas digitais atuem no sentido de impedir sua aprovação.


A liberdade de expressão e informação é um direito humano reconhecido. O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos tem o direito à “liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”. Hoje, a internet é o meio dominante de troca de informações.

Não ter acesso livre  é uma afronta aos direitos já conquistados e uma forma de impedir a livre troca de informações.









A liberdade e a diversidade cultural na rede deve sobreviver aos ataques das grandes corporações de dos grupos vigilantistas, inconformados com a liberdade de criação e compartilhamento.
DIGA NÃO AO AI-5 DIGITAL.

O Comando da CBF é vitalício?



Já passou da hora de uma renovação na Confederação Brasileira de Futebol. Não basta demitir técnicos, tem que sair quem escolhe a comissão técnica, quem não larga o poder a anos.

Campo Minado reativado

Tampas voltam a voar no Rio



A explosão aconteceu por volta das 9h em frente ao número 153 da rua Camuirano, próximo à esquina com a rua Voluntários da Pátria. Com o impacto da explosão, a tampa da galeria voou pelos ares, causando danos em uma motocicleta e na vitrine de uma sapataria. Pelo menos quatro apartamentos do 2º andar do prédio tiveram as janelas quebradas ou trincadas.

sábado, 16 de julho de 2011

Programas sociais da era Lula mudam perfil migratório no Brasil, diz especialista

Com emprego e renda, população prefere ficar em seu Estado natal



Pela primeira vez na história, os brasileiros pobres estão desistindo de deixar sua cidade natal em busca de qualidade de vida nos grandes centros. Estudo divulgado na última sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que São Paulo atrai cada vez menos gente e que a migração do Nordeste para o Sul e o Sudeste diminuiu nos últimos anos.

Para a especialista em migrações urbanas, Dulce Maria Tourinho Baptista, socióloga da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o motivo para essa tendência foram os programas sociais implementados no Brasil na última década pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As mudanças regionais já vinham caindo há, pelo menos, 15 anos, mas essa tendência se intensificou na última década. Entre 1995 e 2000, 3 milhões de pessoas mudaram de região; entre 1999 e 2004 foram 2,8 milhões, mas entre 2004 e 2009 esse número caiu para 2 milhões.

- O resultado já era previsível em razão da política do governo Lula. Os programas sociais retêm as pessoas em suas cidades porque ninguém sai do local de origem se lá existir condições de prover a vida. Quando elas saem, é em busca de satisfazer as necessidades de sobrevivência, o que desencadeia o processo migratório.

De fato, o fenômeno foi notado especialmente no Nordeste, onde o governo anterior concentrou seus programas sociais.

Dulce diz que essa tendência só tende a aumentar. O reajuste de 19,4% do programa Bolsa Família anunciado pela presidente Dilma Rousseff em março vai despejar R$ 1,3 bilhão na economia do Nordeste, região em que 40% das famílias dependem do benefício. Ao todo, 6,5 milhões de nordestinos recebem o dinheiro todos os meses.

É também por isso que a migração para o Sudeste diminuiu. Em 2000, quase 1 milhão de pessoas deixou o Nordeste rumo ao Sudeste. Em 2009, esse número não passou de 444 mil. Já a migração para São Paulo caiu de 1,2 milhão para 535 mil de 1995 a 2009, ainda segundo o IBGE.

- No Nordeste também se vive com menos recursos do que nas grandes cidades.
 
Emprego e salário

Também no governo Lula, o Nordeste teve o dobro do crescimento que obteve no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. De 2003 a 2008 o Nordeste cresceu 31,5%, 3,6 pontos percentuais acima da média brasileira. Já na era FHC, a região cresceu 15,5%, também segundo o IBGE.

Já o emprego formal cresceu 5,9% de 2003 a 2009, mais do que o Brasil (5,4%) e o Sudeste (5,2%). A especialista diz que os grandes centros ainda são objeto de desejo de muita gente que vive em outras regiões do Brasil.




Portal R7

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Consciência dos consumidores contra a ‘maquiagem verde’ nas empresas


Por Christina Lima, do Nós da Comunicação
1144 Consciência dos consumidores contra a ‘maquiagem verde’ nas empresasDivulgada na segunda quinzena de junho, a pesquisa ‘Grau de Consciência Verde dos Consumidores’, produzida pela consultoria Kantar Worldpanel, indicou que 36% dos brasileiros consultados não acreditam nas campanhas verdes das empresas. Na América Latina a pergunta ‘Quando uma empresa faz publicidade/comunicação de ações positivas para a sociedade e para o meio-ambiente você…’ foi respondida nos seguintes termos: ‘Não acredito’, 39%; ‘Acho difícil acreditar’, 35% (porque não vejo o resultado final), além de ‘Confio na mensagem e a valorizo’, 26%.

Outro dado do estudo realizado em São Paulo, Rio de Janeiro e em grandes cidades de 15 países da América Latina, aponta que 29% dos entrevistados declararam sequer saber da existência de empresas que realizem ações de sustentabilidade. Para transformar esse cenário, na opinião dos entrevistados, a responsabilidade de influenciar mudanças na questão ambiental é dos próprios brasileiros; 79% disseram que o poder está na mão da sociedade como um todo, 40% indicam os meios de comunicação como os maiores influenciadores e 39%, as instituições de educação. Esse descrédito no empresariado parece refletir os anos de irresponsabilidade socioambiental e greenwashing nas organizações.

Para combater a ‘maquiagem verde’ que a comunicação muitas vezes ajuda a construir, a sociedade conta a partir de agosto com um importante instrumento: as novas regras do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para normatizar peças de propaganda baseadas em apelos de sustentabilidade. A ideia é coibir a utilização do tema de forma banal a fim de não confundir os consumidores.

As mensagens agora devem obedecer princípios de concretude; veracidade; exatidão e clareza; comprovação e fontes; pertinência e relevância. Segundo o código atualizado “as alegações de benefícios socioambientais deverão corresponder a práticas concretas adotadas, evitando-se conceitos vagos que ensejem acepções equivocadas ou mais abrangentes do que as condutas apregoadas”. E segue: “A publicidade de condutas sustentáveis e ambientais deve ser antecedida pela efetiva adoção ou formalização de tal postura por parte da empresa ou instituição. Caso a publicidade apregoe ação futura, é indispensável revelar tal condição de expectativa de ato não concretizado no momento da veiculação do anúncio”. As novas normas entram em vigor em 1º de agosto e valem para todos os meios de comunicação, inclusive internet.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Bafômetro de Romário, Índio e Aécio







Humor Político

Corretora acusa Ricardo Teixeira e amigos de negócio fraudulento

Empresa diz que foi envolvida indevidamente em negócio envolvendo o cartola
 R7

Supostamente envolvida em uma negociação de R$ 45 milhões, a corretora de valores Alpes acusa o presidente da CBF, Ricardo Teixeira e seus amigos Sandro Rosell, presidente do Barcelona, e Claudio Honigman de usarem a empresa para praticar a fraude.

Em 2008, Sandro, que na verdade se chama Alexandre, era sócio de Claudio na empresa de Marketing Brasil 100%. Na época, os amigos decidiram encerrar a sociedade, e Claudio transferiu um luxuoso jatinho para a empresa de Alexandre, a Ailanto Marketing, por R$ 8 milhões . E ainda fez dois pagamentos milionários, cada um de R$ 22,5 milhões, a Ricardo Teixeira e ao homem que hoje é presidente do Barcelona para ficar com 20% da  Alpes.


Mas, segundo a Alpes, Claudio nunca foi acionista ou detentor de qualquer direito de opção de aquisição de ações da empresa. Ou seja, não poderia fazer qualquer negócio usando o nome da corretora.
A Alpes diz que Claudio só começou a trabalhar com a corretora em 17 de julho daquele ano. As transações financeiras com Alexandre (Sandro Rosell) e Teixeira foram feitas em maio anterior, quando ele não estava sequer ligado à empresa.

Apenas uma investigação poderia desvendar os nebulosos negócios de Ricardo Teixeira e seus amigos. Negócio que vem de longa data. Em 1996, a Nike, que era dirigida por Rosell no Brasil, firmou o primeiro contrato de patrocínio milionário da CBF. Assim começou a amizade entre os dois. Claudio, o amigo de Rosell, também se aproximou de Teixeira e, desde então os três passaram a fazer negócios conjuntamente.


terça-feira, 12 de julho de 2011

MPF/SC questiona oligopólio do Grupo RBS no estado

Ação quer anular aquisição do jornal "A Notícia" e reduzir o número de emissoras de televisão do grupo ao máximo permitido em lei.



O Ministério Público Federal em Santa Catarina (MPF/SC) propôs ação civil pública com o objetivo de tutelar o direito de informação e expressão dos cidadãos catarinenses. A ação tem como principal objetivo anular a aquisição do jornal "A Notícia" pelo Grupo RBS. Além disso, o MPF quer reduzir o número de emissoras de televisão do Grupo Rede Brasil Sul (RBS) ao máximo permitido por lei, que são duas.

Atualmente, o grupo detém no estado o controle de seis emissoras de televisão; os jornais Diário Catarinense, Hora de Santa Catarina, Jornal de Santa Catarina e, recentemente, o jornal A Notícia; além de três emissoras de rádio. O pool de emissoras e jornais utiliza o nome fantasia Grupo RBS. Com o conhecimento expresso do Ministério das Comunicações, as empresas são registradas em nome de diferentes pessoas da mesma família com o objetivo de não ultrapassar o limite estabelecido em lei.

Para o MPF, a situação de oligopólio é clara, em que um único grupo econômico possui quase a total hegemonia das comunicações no estado. Por isso, a ação discute questões como a necessidade de pluralidade dos meios de comunicação social para garantir o direito de informação e expressão; e a manutenção da livre concorrência e da liberdade econômica, ameaçadas por práticas oligopolistas. A fim de exemplificar, o MPF citou o caso de dumping praticado no lançamento do jornal Hora de Santa Catarina, que custava apenas R$ 0,25. Para o MPF, o objetivo era lançar o produto abaixo do custo para sabotar a concorrência, no caso o jornal Notícias do Dia. Outra questão levantada é obrigar distribuidores e vendedores de periódicos a não operarem com veículos que não sejam da RBS.

Caso a ação seja julgada procedente, a propriedade do jornal A Notícia deverá ser restabelecida aos antigos proprietários. Outra opção é a alienação do jornal para terceiros que não possuam qualquer vínculo empresarial ou pessoal com a RBS. O mesmo aconteceria com as emissoras de televisão que excedessem o máximo permitido em lei (duas), que deveriam ser alienadas a terceiros sem vínculo empresarial ou pessoal com a RBS.

Ajuizada no final de dezembro e assinada pelos procuradores da República Analúcia Hartmann, Celso Antônio Tres, Marcelo da Mota e Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, a ação aguarda o recebimento pela Justiça Federal. Para os procuradores, a situação é grave na medida em que no estado impera a chamada propriedade cruzada, onde um único grupo econômico possui a propriedade de todas as mídias: TV, rádio, jornal, internet, revista, etc.



A ação foi proposta contra a TV Coligadas de Santa Catarina (com sede em Blumenau), RBS TV Chapecó, RBS TV Criciúma, RBS TV Florianópolis, RBS TV Joaçaba, CIA Catarinense de Rádio e Televisão (com sede em Joinville), RBS - Zero Hora, além do jornal e da empresa A Notícia. São também acusadas as pessoas físicas Moacir Gervazzio Thomazi, antigo proprietário do jornal A Notícia, e Nelson Pacheco Sirotsky, controlador do grupo RBS. A ação também foi proposta contra a União e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que, ao apreciar a aquisição do jornal A Notícia pelo grupo RBS, aprovou o ato.




Ação nº 2008.72.00.014043-5


Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em Santa Catarina
(48) 2107-2466

Recapitulando a Máfia dos Sanguessugas: Estrelando Serra (o que Mídia não mostra)

O ptrem das treze

Serra era o ministro da saúde no governo FHC que apoiava e incentivava a "máfia dos sanguessugas" e "das ambulâncias" como foi declarado pelos envolvidos na ocasião. Quando os irmãos Verdoin foram pegos pela polícia federal, Serra que sempre foi especialista em montagem de dossiês, sentindo a chapa quente pro lado dele tratou logo de comprar um delegado da PF, Diógenes Curado com o único intuito de fotografar a tal "montanha de dinheiro" encontrada em um quarto de hotel nas imediações do Aeroporto de Congonhas em São Paulo e que segundo esse mesmo delegado da PF as tais malas estavam sob posse de dois "aloprados" do PT ( assim foram batizados pelo então Presidente Lula na ocasião ). Serra até hoje tenta se fazer de vítima !!! O delegado Diógenes Curado, assim que concluiu o seu "serviço" que era apenas de colocar as imagens do dinheiro no Jornal Nacional, foi afastado do caso e logo mais tarde foi nomeado Secretário de Segurança Pública de Mato Grosso. ( Blairo Maggi era o governador pelo PPS e na ocasião fazia oposição ao Governo Lula )
 
Se a revista de sacanagens publicada pela Editora Abril com o nome de "Veja" requenta o caso dos "aloprados" mas não requenta o conteúdo do tal dossiê, "nóis aqui desse trem" requentamos:
Taí o "vídeo-bomba" que os irmãos Verdoin tentaram vender para os dois "aloprados" por R$ 1,7 milhões !!!
 
Todos os envolvidos nas imagens ( deputados do PSDB ) foram presos na época e respondem por crime de superfaturamento e formação de quadrilha e tiveram as suas carreiras políticas abortadas para sempre !!!
Vejam que no vídeo tem rastro de Serra pra tudo que é lado !!!